Reminiscência...

Oh! Minh’alma vagueia sem destino!

De roldão sou levado como o vento...

Gemendo e pranteando a saudade de Binah, amor que me foi roubado.

Oh! Exílio... Martírio...

Vejo o mundo por uma fresta.

A lua como borboleta me segue entristecida, aflita como quem perdeu um filho. Os raios solares errantes despencam do firmamento e me tocam piedosamente, por pequenas brechas.

Sou um farrapo! Nada sei! Nada sei!

Dajan, com seu corpo lânguido e olhar hebetado fazia sua amarga travessia no oceano.

Cá estou num navio negreiro, pois perdi minha identidade e sou apenas mercadoria. Já não mais me pertenço...

Vejo corpos sendo lançados neste imenso oceano azulado, submergindo num mundo abissal.

A morte seria um oásis, pois meu espírito iria ao encontro de Binah. Vez por outra, Dajan se lembrava que era filho de um rei de uma tribo. Sendo um vencido de guerra, pela outra tribo foi vendido como um mísero escravo.

No seu monólogo longo e doloroso, o amor e a liberdade se tornaram tesouros perdidos.

magda crovador
Enviado por magda crovador em 19/05/2013
Reeditado em 17/08/2013
Código do texto: T4298288
Classificação de conteúdo: seguro