A ESCADA DE MINHA VIDA.
Subo nesta escada desde que nasci. Encontrei degraus altos, mais baixos, bem largos ou tão estreitos. Nestes mal cabiam os meus pés. Cada um pode representar um ano que vivi como criança, adolescente e como adulta que até hoje continua subindo-os há décadas. Já parei em vários degraus para descansar, chorar e me desesperar. Quase desci degraus para tentar refazer situações. Refleti e me recuperei. O tempo de parada não foi um retrocesso, apenas um reforço para continuar a subida. Hoje, para subir cada degrau, eu sinto que preciso mais de ar e este está se rareando. Mesmo que com muita dificuldade, eu sigo, respiro fundo, subo o degrau carregando meu peso. E continuo vivendo enquanto houver degraus para subir e ar para respirar.