Uma História de Amor

Numa aconchegante tarde de verão, próximo de um belo lago, estava eu a passear com amigos quando vi uma linda mulher. Meus olhos fixaram-se nela, tamanha era a beleza e a ginga do seu corpo escultural, e cada movimento dela me chamava mais e mais a atenção.

Percebi que ela, disfarçadamente olhava em minha direção. Então falei ao amigo que estava ao meu lado, nossa, que máquina, que monumento, é a gata mais gostosa que meus olhos já viram.

De repente, ela olhou em minha direção e começou a se aproximar. Parou à minha frente e disse: Oi, como vai ? Notei que você olhava-me com certa insistência, então resolvi me achegar. Ela diz: Você não é o Wilson ? Tive o prazer de ler alguns de seus poemas, e já o estou chamando de meu poeta.

Ainda surpreso, respondi que sim, eu sou o Wilson e já a vi outras vezes, nos meus sonhos. Escrevi alguns versos e os dediquei à minha musa desconhecida. Inesperadamente me encontro diante de você, minha musa, minha fênix, cujos olhos me seduziram antes mesmo de conhecê-la.

Ela olhou pra mim, os olhos brilhando intensamente, abriu um sorriso contagiante e disse: Eu sou a Neuza, queria mesmo conhecê-lo, pois sou apaixonada pelos seus versos. Estou pensando se você não gostaria de ir comigo para o sítio da minha avó, lá podemos pescar e você pode fazer um poema pra mim, tenho certeza que vou amar, o que você acha da ideia ?

Com um sorriso meio bobo eu disse: O amor é assim, uma mistura de desejo e paixão. E fui com ela para o sítio. Ao chegarmos ao sítio, ela fez as devidas apresentações. Depois de abraços e beijinhos, fomos passear pelo pomar, pegamos uma fruta aqui outra ali, saímos a conversar passando por um belo jardim, que além de belo, mostrava o cuidado e o carinho de sua dona. Paramos, colhi uma linda rosa branca de pétalas aveludadas e lhe ofereci. Ela tomou a flor nas mãos e de olhos fechados aspirou sua fragrância, depositou em cada pétala beijos de cristal.

Como que extasiada ela se aproxima e me dá um beijo sensual, ardente, demorado, chupado, explosivo. Ainda no auge do beijo, e sem me refazer de uma surpresa tão doce, sinto que alguém toca meu ombro levemente. Me assusto e acordo, abro os olhos e descubro que foi tudo um sonho. Fico triste, pensativo, imaginando aquele beijo tão gostoso. Olho para os lados, abraço o travesseiro e sinto nele o cheiro de rosas brancas aveludadas, prenúncio de uma linda história de amor.

Wilcaro Pastor
Enviado por Wilcaro Pastor em 31/12/2006
Reeditado em 21/01/2007
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