A rival

Um encontro inusitado, no meio da tarde, a fez perceber o ridículo de temer a sombra que a acompanhava desde o dia que descobriu não ser a única. O rosto de seus pesadelos não tinha traços nem voz. Vive num corpo esguio e sofrido, tatuado por flores e pecados. Vive num espelho a indagar para aonde vai. Depois de atravessar a rua, descobriu que ainda estava inteira e decidiu não olhar mais para trás.

Cláudia Sabadini
Enviado por Cláudia Sabadini em 28/07/2011
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