Meu Mocó é um Hotel - Parte 02

O Mocó estava bombando. Havia mocoseiro de tudo que é lugar, do oiapoque ao chuí, e até mesmo de outras legações.

Segundo informações todos se conheciam, eram primos entre si, todos se relacionavam e se sentiam parte da irmandade.

O número de mocoseiros havia aumentando tanto, que já havia mocoseiro que não conhecia o outro, mas mesmos assim todos tinham a senha para entrar no Hotel.

Apesar deste aumento de mocoseiros, o gestor do sistema de esgosto do local não conhecia entender o motivo pelo qual o consumo havia aumentado.

Por estar em conchavo com outros mocoseiros o gestor tentava encontrar um bode para o qual pudesse transferir o aumento do esgoto. Mas, como diz o dito popular, nem todo dia é dia de festa.

A verdade estava na frente do gestor. A falta de controle fez com que o número de mocoseiros aumentasse em uma PG, progressão, enquanto que o valor do esgoto ainda continuava o mesmo.

Mas, não precisava ser diferente. Bastava aumentar o número de habitantes do Mocó Hotel sem que houvesse a contrapartida nas despesas do esgoto.

Por isso, o Mocó Hotel estava bombando e não podia ser melhor. Afinal, no país do carnaval nada melhor do que curtir um bom ritimado, seguindo o ensinamento da letra, "deixa a vida me levar, vida leva eu", ou fazendo uma paródia, "deixa o mocó me levar, mocó leva eu".

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