A nudez dos olhos  precisa ser  revestida de  Divindade. 
      Nós os vestimos ___eles nos vestem. A vida é um rio nas
      suas  múltiplas correntes... solidárias. E que o ponto  cen-
      tral se divide por todos !___ Tinham uma ideia  de  Espa-
      ço sagrado e  conjugados a um Tempo sem  tempo.  Por
      isso não viam limitação. O que enxergavam... e   ouviam...
      era as múltiplas vozes de Deus __- Eterno Futuro.  Viam,
      na verdade, tudo cercado da luminosidade nas  sombras
       ___ semelhantes às  nossas :  não  iguais.   Chamem  de
      Luz, Divindade, riquezas de Deus era  uma  fosforecência 
      que conduzia à luminescência e não tinha ponto central :
      antes se dividia a tudo iluminando como  a Rosa Perfeita 
      de uma Estrada com todas as pé talas de Rumos. Alguns
      viam isso bem claramente ___ mas como arrogâncias de
      poder não haviam ainda dominado__era um círculo ainda
      solidário __nenhum deles teve a ideia de  deixar de  ser fi-
      lhos benquistos pela Vida e se intitulares Mágicos  ou  Xa-
      mãs.
           O meteoro trouxera apenas a catalização  da  Origem.
           Pedaços verdes se sucederiam até se retornarem  em 
      jardim. Pouco ___é___intervalado que fosse ___esponja
      cheia de vida, olhar de luz , árvore em criação, teia  benig-
      na, abençoava tanto quanto consolava. Como um dócil le-
      nho, aberto, presente e promissor.
             Uma criança quase caía. salva na hora h. Ali era a ladei-
      ra do esquecimento.
            Rolavam troncos nos barros : cerâmica.
            As presas mamutinas viravam flechas.
            Pedaços balsâmicos de âmbar conservam nossas lágri-
      mas___cristalizadas ___ na floresta, tufos  esperando ba-
      tatas; da espera.
            O bando engordava a Vida.
            Algum veio com um galho ___ renovando a vida da ár-
      vore ___ em três pés colocou-o ___ ele s e contorcia ves-
      tindo o Espaço ___ ante o ar espantado dos outros __en-
      tre susto e interrogação, quase eles todos se  apalpavam.
      A fração da ramada absorvia aqueles sopros, brilhava com
      um olhar dentro do olhar, se expressava como mãos  pos-
      tas : Escultura era. Esperava o sem peso do Sol;
             E entoávamos canções, feitas de exclamções emenda-
       das. A vida coçava e se coçava em nós...
             Lá longe a flor da distãncia piscava pra nós. E chama-
       va.E atraía. 
            Um chegou de longe e falava de lendas. Aceito. A sim-
        ples nossa sobrevivência, não o derramar mas o Mar. O
        momento etreno em que luz se faz luzes ___ e luzes ?!__
        se unifica em mais Luz.            
            Acenderam o fogo. Grande imensa fogueira  queimava,
        refletia as estrelas. Um criou uma buzina ___ divertia a to-
        dos __ um longo búzio achado, turbante redomado, vol-
        tas do tempo presente e futuro. Riam. Brisa suave sopra-
        va. Assavam frutas, repartiam com as "crias". o riso da in-
        fância perdurava na noite. O Amor : uma encostou  a  ca-
        becinha ao peito, ele preparara uma folhagem,   cobria  o
        chão ___ estendidos ___um brincava com o nariz do ou-
        tro___ os olhares encontrados fecharam-se em ternura.  
        Algumas"barrigudinhas " descansavam as costas nos ve-
        lhos troncos caídos.
               Aquele grupo insólito não parecia, se uniam em  car-
        naval. Um verdadeiro adeus à carne __ embora a  histó-
        ria prosseguisse. Lá no meio, como o  fulcro   do  rio  de
        paz, o Encontro.
               Surgem , assim, os pressupostos de  uma   religião. 
         Mas uma religião total... com asas de  liberdade.   Novo 
         Sol por centro, dentro da Palanície. E há só festa... e se
         salva a humana floresta... Numa Avenida que leva a  to-
         das as ruas aberta, não é só carnaval ___  é  todos  os
         raios do Sol. Todos nós sendo olhados ___ no real,  to-
         talmente e indiscretamente... fantasiados da nossa ves-
         te original de Amor.
               E tudo se preenche sem fado : sem espelho quebra-
         do ___ e tudo é largo! ___ da Vida !... Por haver luz su-
         ficiente____ o meteoro, ___  aos   poucos...   ___  apa-
         gou !...    

Jorge Sunny
Enviado por Jorge Sunny em 11/07/2011
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