Meu Mocó é um Hotel

O Mocó era movimentado. Pessoas de todas as partes chegavam pelo local, proveniente de todas as partes, do Oiapoque ao Chuí.

No intuito de disfarçar, maquiar a situação, para evitar indagações, perguntas, o proprietário do Mocó dizia que os recém chegados eram todos primos, e haja primos.

Para muitos aquele Mocó era igual coração de mãe, sempre cabia mais um. O deslocamento até o Mocó era feito de várias formas. A pé, com carroças próprias ou alugadas, de ônibus, entre outros meios.

O que mais impressionava no Mocó era a quantidade de primos. Parecia uma equação matemática, uma operação aritimética, todos eram primos entre si.

O Mocó devido a sua movimentação já estava sendo apelidado de Hotel Coração de Mãe, sempre cabe mais um.

Assim, a vida seguia. A cada dia uma nova novidade. Os habitantes do Mocó acreditavam que estavam enganando as pessoas, e que ninguém havia percebido o aumento das despesas na localidade.

Mas, ninguém era ingênuo. Aquela movimentação toda era algo incomum, e mais cedo ou mais tarde a verdade apareceria. Afinal, qual era real atividade de cada primo que chegava no motel.

Mas, enquanto isso, o Mocó, Hotel coração de mãe, estava em pleno funcionamento. Afinal, como diz o dito popular sempre cabe mais um.

Proibida a reprodução no todo ou em parte sem citar a fonte em atendimento a lei federal que cuida dos direitos autorais no Brasil.