Deus camareiro de Hotel*****

A conversa desenrolava-se numa prosopopeia de ideias na cabeça do moço ainda novo e pouco experiente em lidar com as coisas do amor, principalmente quando a sua plateia manifestava a mais estúpida expressão e indiferença pela sua presença e poder oratório.

Imaginemos a história:

Dois turistas chegam a uma estância balnear e instalam-se num hotel de cinco estrelas. Um deles, pergunta logo à entrada ao recepcionista:

− Sabe-me dizer se o serviço de acompanhantes é bom?

− Aquele que é indicado pelo Hotel é "cinco estrelas", como o nosso hotel (sorriso)!

− Sim?...

− São bonecas insufladas esterilizadas e de último modelo, educadíssimas (sorriso)!…

− A mim convence-me!

− Não se pensa mais no assunto! Reserve duas, uma para cada quarto.

Na manhã do dia seguinte foi onde começámos esta redacção, encontrando um camareiro a fazer a recolha das bonecas. Ainda estão usadas e por limpar, mas esse facto nem se nota. Junta a primeira boneca à segunda, a segunda foi deixada em cima dum sofá, deposita a primeira no sofá ao lado. Não sobra nenhum sofá, o camareiro fala de pé para as bonecas deitadas ao comprido… nos sofás.

3 – (Três é o número divino, atribuído ao camareiro que é quem anima a conversa) … por isso se não forem comigo denuncio-vos à polícia!

1 − Tu não me?... Ia responder a primeira boneca, mas conteve-se!...

3 − (Ouvida no entanto pelo camareiro? Ele pergunta:) Queres?...

2 − (Imagina a resposta da segunda boneca, e já lhe pega:) Quero!

Sai o camareiro com ambas, levando-as, cada uma debaixo dum braço ou as duas debaixo dos braços.

{Ah!... Para não terem de ir ler a redacção de ontem ou, deixem para lá… É que a história começou lá, ontem portanto. Como este é um conto vivo e vivido, deixo como motivo de leitura pouca coisa, indo ao ontem publicado apenas encontram… uns comentários meus e os que me tenham feito (parece perfeito)... Ah!!, um dos comentários levou-me a alterar aumentando o(s) meu(s) comentário(s) e a mexer no próprio texto (só visto…rs)}

Francisco Coimbra
Enviado por Francisco Coimbra em 24/12/2005
Reeditado em 24/12/2005
Código do texto: T90091