foto/ tela em pastel seco/hn
UM SONO MAIS VERDE
O sítio parecia vazio demais e a água da chuva caía sobre a terra como um delicado gesto do orvalho. Agora, ela dormia um sono mais verde. O farfalhar das folhas ecoava em movimentos serenos e úmidos. Favorecia o mais puro silêncio que Carol já havia respirado. A consciência da dor, lentamente fazia com que deixasse de ‘ser’ para perceber a essência do ‘estar’. Estar de fato, no processo da vida. Sua avó havia acenado para a bondade e beleza do mundo que a cercava desde menina. A partir da dolente despedida estava incumbida da árdua tarefa de descobrir a verdade escondida em cada entrelinha das histórias que ela lhe contava...