Melancolia

Andarilho vagando pelas estradas de terra,as mesmas por onde conduziu comitivas,navegante à deriva sem destino conhecido,não tem amada, não tem morada,os pés sangram, a desilusão impera,mais ainda a solidão que bate em seu peito, que embranquece dia a dia seus cabelos ralos,não tanto quanto a infelicidade,já teve amor,já teve valor,hoje como companheiras a saudade e a dor que poreja, a chuva que castiga rotas vestes que o cobrem,a estrada sem fim, a resignação,a desesperança vendo a todo instante caminhões a levantar poeira e a conduzir em suas carrocerias a razão da vida do velho vaqueiro...

Paulo de Tarso
Enviado por Paulo de Tarso em 25/05/2006
Reeditado em 15/03/2008
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