POLTERGEIST
BRINCANDO NO FOGÃO

 
Em 1950 eu morava em Passo Fundo/RS. Era uma época em que televisão e internet não existiam nem em pensamentos e as conversas envolvidas, sempre tinha algo misterioso... Naquela época não precisava sair de casa para ouvir causos que envolviam algum tipo de misticismo.
 Uma noite a minha mãe levantou pé por pé e foi em direção da cozinha que ficava na parte inferior da casa, um porão transformado em cozinha.  Minha mãe não queria fazer barulho achando que poderia ser um assaltante que naquela época era incomum, apesar de ser fácil entrar numa casa onde as portas e janelas eram trancadas com tramelas ou trancas de madeira. Lá continuou a minha mãe até descer a escada de madeira e ali com cuidados redobrados porque seus degraus poderiam ranger e servir como um aviso ao desconhecido que ela supunha estar na cozinha. Desceu totalmente os degraus no escuro evitando ser vista e foi logo ao fogão (de lenha) donde ela pensava ter ouvido os barulhos, mas o fogão estava ali quieto com as coisas no lugar. Olhou se havia alguma abertura aberta onde poderia ter entrado alguém e elas estavam fechadas. Vento também não tinha. Tudo estava em ordem, acendeu seu lampião para certificar-se, o medo já o tinha abandonado e voltou para a cama e dormiu.
Eu notei os seus passos á noite e no dia seguinte perguntei a ela se foi tomar algum chá que ela tinha o habito de fazê-lo... e porque sem luz? E ela respondeu-me: Eu acordei-me com um barulho de caixa de fósforos sacudindo de uma forma insistente e ao mesmo tempo os ferros para mexer no fogo que estavam penduradas na barra de alumínio, que era o anteparo do fogão estavam andando de lado para o outro em forma de ritmo, como se alguém, os estivessem usando como um brinquedo. Fiquei com medo e fui ver aquele barulho identificado que vinha do fogão, que já tinha ouvido outras vezes.  Pelo motivo da minha presença no escuro. Os barulhos pararam.
 São histórias contadas e ouvidas... Será que a minha mãe ouviu mesmo os barulhos ou foi a sua imaginação. Não seria um caso de psicocinesia recorrente espontânea, motivado por algum poder emanado da minha mãe? Analisando qualquer uma das alternativas, Minha mãe me contou como a sua verdade... porque aconteceu.