O URSO E O CORVO

Agosto/2014

Eu nasci em 1943 no tempo do rádio com válvulas e da galena, mas atualmente fui obrigado a aderir ao computador para me inteirar do mundo, e ele, o computador me trás muitas informações... As mais diversas - mas nesta crônica, eu quero falar da maravilha animal que eu vi no vídeo no computador.
Um corvo que errou na sua voada baixa, talvez para fazer alguma gracinha ou mostrar que sabia tudo sobre a ação de voar e se deu mal, pois mergulhou num lago dentro de uma jaula de um urso pardo e parecia que ali estava fadado a morrer. Mas um urso confinado para ser atrativo aos “humanos”, presenciou aquela cena de um corvo se debatendo sem poder sair daquele suplicio e o urso parando com sua refeição vegetariana e se debruçou no lago e com alguma dificuldade alcançou a ave com uma de suas patas depois abocanhou o corvo como se fosse comê-lo, mas foi uma ação com delicadeza e o colocou em terra firme, e continuou com a sua refeição. E o corvo, salvo pelo urso pardo, sacudiu as suas penas ficou um tempo olhando para o urso pardo como se fosse um agradecimento... eu acho que foi.
Mas que amizade o corvo tinha pelo urso? Nenhuma e o urso? Também nenhuma... Mas o urso tinha sentimentos... Sentimentos de animais que se sensibilizou e sentiu que o corvo estava em apuros e sabia pelo instinto animal da necessidade de ajuda... E por isso o ajudou. Um “animal” ajudando outro, e de outra espécie... E o ser humano, não respeita nem a sua própria espécie.
São coisas inacreditáveis que nós podemos assistir, e ver que o nosso mundo ainda apresenta espetáculos da vida dos animais, para acreditarmos que eles usam do seu instinto puro para preservar outras vidas, mesmo não sendo da sua própria raça, e parece entender que o mundo é feito para todos e esse direito dever ser respeitado... Mesmo por um urso ao ver um pássaro que poderia estar morto. 

Mas saiu voando errante em direção ao mundo e a vida... Para que ela se mantenha com suas belezas de animais voantes que enfeitam o mundo e que são trocadas quando morrem... Mas parece que são eternas.
Scaramouche
Enviado por Scaramouche em 11/05/2017
Reeditado em 21/12/2020
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