A Princesa e o Mordomo

Numa certa terra, em tempos de opressão,

Senhores provincianos extremamente perversos,

Exploravam e oprimiam belas jovens

E quando não as queriam mais, as abandonavam

Eram deixadas às margens de caminhos desertos

Sofrendo desprezo e abandono, sem esperança

Havia porém um certo Senhor bondoso e justo

Deu este Senhor ao seu fiel mordomo,uma missão

Que o mordomo fosse por caminhos e veredas

Recolhendo tais garotas caso as encontrasse

Assim fez o mordomo fiel, inúmeras vezes

Cuidava das jovens, e ajudava a refazerem suas vidas

Certa vez viu cambaleante, a mais bela de todas

Tomando-a consigo, sofreu com ela suas dores

Tratou suas feridas com o bálsamo de suas lágrimas

Dado a fragilidade com que a encontrara debilitada

Dispensou-lhe cuidados especiais, amou-a compassivo

Ao passar de cem dias, ela já estava refeita

Foi quando o mordomo soube tratar-se de uma princesa

Uma carruagem real veio buscá-la, e a conduziu ao palácio

Lugar onde aquele mordomo jamais poderia entrar

Enquanto a guarda do reino se afastava pelo caminho

Restava ao mordomo o conforto de jamais esquecer

Que sem saber, hospedou e tratou sua princesa

A saudade vai doer, pela falta de sua nobre hóspede

Mas as lembranças de modo algum se apagarão

Sempre haverá a memória de que por certo tempo

A humilde morada daquele mordomo fiel

Foi uma extensão acolhedora do palácio real

Sendo habitação do que havia de melhor naquele reino

O bem mais precioso do Rei, sua própria filha.

A Carlos Borges
Enviado por A Carlos Borges em 14/07/2013
Reeditado em 14/09/2014
Código do texto: T4385991
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