Ela trabalha de caixa nas Lojas Renner e ele é motoboy freelancer

Primeiro capítulo

Lizete Maria conheceu Romão Rodrigo no dia do seu aniversário. O encontro se deu no Barzinho da galera do curso de artes cênicas. Quem fêz as apresentações fôra Dinalva, sua prima mais velha. Lizete estava completando 32 anos e estava algum tempo sem namorar, pois tinha se decepcionado com o último, um senhor de 53 anos, que no fim das contas era casado e tinha 3 filhos. Ela ficou arrasada e decidiu dar um tempo.

Dinalva chegou no Barzinho na garupa da moto de Romão, uma moto de poucas cilindradas, no caso 125 CC, mas toda inteirinha e enfeitada.

Ele um cara de cabelos longos, presos num rabo de cavalo, uma jaqueta de couro surrada, botas cano longo, e um capacete muito colorido. Aparentava mais idade do que seus 19 anos. A barba o envelhecia um pouco.

Quando Dinalva fêz as apresentações de ambos, e Romão tirou o capacete e desceu da moto, os olhos verdes dele fintaram os de Lizete, o cupido flechou seus corações e de lá em em diante iniciaram um relacionamento.

Três meses depois moravam juntos num apartamento conjugado.

Ela trabalhava de caixa nas lojas Renner de segunda a sábado e aos domingos ajudava uma vizinha no salão que mantinha em casa.

Romão era motoboy fazendo entrega de inúmeras lojas.

Dava gosto ver aquele casal, se amando, trabalhando, fazendo projetos e também se divertindo.

Uma vez por mê faziam uma feijoada no conjugadão e chamavam os mais chegados. Claro que a vizinha cabeleireira abria o seu cafofo e todos circulavam por ali.

Passado seis meses a coisa começa tomar rumos diferentes.

Romão some certos dias da semana.

Retorna dois dias depois, com desculpa de entregas em outras cidades, e apresenta a grana do serviço prestado.

Lizete meia desconfiada, vai fazendo vista grossa.

Contudo, ela estava muito feliz no trabalho pois uma nova equipe que fora contratada para auxiliar nas vendas da empresa, era super alegre, competente e festeira, e o Sérgio Luiz um carioca de Mesquita vivia lhe fazendo elogios, paparicando com bombons e poesias. Até um pagode ele fêz pra ela.

Num domingo desses, Romão não apareceu em casa. Lizete decidiu que não ia trabalhar no salão da vizinha ao lado.

Botou seu biquini e foi para praia.

A vizinha, ficou puta da vida, com a falta que a Lizete fêz, lhe acarretou um prejuízo, e resolveu contabilizar na pobre coitada.

Romão chega em casa não encontra Lizete.

Bate na porta da vizinha, onde supunha que estaria trabalhando.

A vizinha, filha da puta, vê que é hora de se vingar da falta de Lizete.

Diz a Romão que ela pôs um biquíni minúsculo e se mandou para praia.

Que estava de saco cheio de ficar esperando por ele que nem se indignava de mandar notícias, que ia tocar sua vida.

Romão sai correndo pelas escadas, monta na moto e se manda para praia.

O destino prega peça mesmo.

Lizete não havia marcado nada com Sérgio.

Mas por ironia não é que acabam se encontrando quando Lizete ia voltando pra casa.

Sérgio toca no cavaquinho um pagode acompanhado de amigos.

Lizete se contagia e samba.

Romão vem chegando com sua moto.

O ônibus vem. Lizete entra e vai embora. Sérgio continua o pagode com os amigos tentando recolher alguns trocados.

Romão roda, roda em sua moto não vê Lizete.

Para num quiosque pede uma cerveja e a garçonete se engraça com ele.

Ambos ficam de namorico.

Romão esquece da hora.

Lizete chega em casa, e a vizinha fica perplexa por não ter acontecido nada com o casal.

Fim do primeiro capítulo

continua

Mateus Ambra
Enviado por Mateus Ambra em 06/10/2017
Reeditado em 11/03/2018
Código do texto: T6135192
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2017. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.