AMOR A DISTÂNCIA E SEUS DESAFIOS

Amor a distância. Até onde ele vai?

Existem diversas coisas que o amor é capaz de fazer, uma mistura louca de tudo um pouco. Eu como uma pessoa literalmente possuída desse sentimento posso dizer que, o amor é uma explosão dentro de nossos corações.

Há quem ame a ponto de fazer quase o impossível, a quem ame a ponto de não amar mais, como assim? Há, aqueles que se aprisionam, adoecem, já não é amor é doença. Quando isso acontece e por que? As vezes quando não se é correspondido, quando o ciúmes toma conta de tudo, ou quando se é traído ou deixado. Nossa, que amor complicado, por isso muitas pessoas preferem não se apegar, não se entregar ao amor. Tem gente que sufoca, tem gente que ama mas não está sempre ali, ou as vezes nem esta. Sufocar é, não dar um tempo, é querer ficar 24 horas perto, é ligar pelo menos umas 10 vezes quando não esta perto. Isso é ruim? É claro que é, ruim, atrapalha, tudo tem que ter seu controle, amar exageradamente não faz bem, nem a você nem a pessoa com quem você esta. Há mas eu tenho que amar menos então? Não é isso, é ter controle, amar é uma coisa, sufocar com seu amor é outra, lembre – se, cada um tem a sua forma de lidar com os sentimentos, raramente se vê casais que usam a mesma forma de transmitir o sentimento. Eu sou mais presente, mais sentimental, eu quero poder todos os dias ver meu grande amor, eu sinto falta quando não escuto aquele eu te amo ao acordar, é uma necessidade minha, já esse meu grande amor é mais travado em relação a isso, não vai fazer diferença se eu dizer bom dia sem a palavra amor a frente "Bom dia amor", eu estaria sufocando? Não, eu estou demonstrando apenas aquilo que me faz bem, sufocar seria não dar um espaço para a pessoa, querer ter auto controle de tudo que ela está fazendo no dia- dia, precisa disso? Não precisa.

Eu resolvi escrever esse texto porque é como se eu estivesse transmitindo tudo o que eu aprendi em 5 anos de relacionamento. Quando eu comecei a namorar, eu me entreguei de tal forma, que eu mesma fui vítima do meu próprio sentimento, é como se eu amasse mais a pessoa do que a mim mesma, era sempre ela, tudo era ela, eu não fazia nada sem ela, e eu sofri, sofri muito. Nos conhecemos por rede social, coisa do destino mesmo. Com quase 1 ano de namoro, num momento em que eu estava tomada, o amor estava no auge, era quase 1 ano e eu estava muito feliz por isso. E pra piorar, era um namoro a distância, eu ainda não tinha conhecido ela, e naquele momento eu nem sabia quando eu poderia vê-la, meu Deus, doí meu peito lembrando isso. Antes que chegasse o grande dia, 1 mês antes, eu recebo um torpedo no celular, era ela, e como quem ama, toda vez que aparecia um torpedo dela automaticamente eu sorria. Mas como eu podia imaginar? Eu sorri pra minha maior decepção amorosa na vida, abri o torpedo, que dizia " Dani, eu te trai ontem" ... Só isso. Meu coração tremeu, uma dor se espalhou pelo meu corpo como se eu tivesse tomado um choque, fiquei sem ação, lembro que eu não tinha como retornar, a mensagem veio de um número diferente, mas eu dei meu jeito e liguei pra ela, na esperança de que aquilo fosse só uma brincadeira dela, mas não era, eu questionei a ela, se ela em momento algum havia lembrado de mim, ela disse que não, que simplesmente aconteceu. Meu mundo desabou naquele dia, ela a quase 2 mil quilômetros de distância de mim, e o que eu podia fazer? Nada. Eu desliguei, e fiquei questionando pra mim mesma porque ela fez isso, chorei, chorei, e acabei dormindo com aquela dor imensa no peito. Mais tarde, acordei e no celular o seguinte torpedo " Não fique sofrendo por minha causa, você merece alguém que te faça feliz". Quando na verdade tudo o que eu queria ler era " Me perdoa". Mas não, na verdade ela traiu e tomou a decisão de não ficar mais comigo, eu como uma louca estava disposta a perdoar, pensei que era compreensível, um namoro a distância é mil vezes mais difícil que um namoro presente. Você vive por imagem, imaginações, vontades, saudades, desejos. Você manter a fidelidade é muito difícil, eu mantive, mas não foi fácil, e como eu disse no começo do texto, cada um tem sua forma de lidar com o sentimento.

Bem, eu fiz de tudo, eu conversei, eu tentei de todas as formas fazer com ela voltasse pra mim, que eu a amava imensamente. Mas nada deu certo, eu sofri, e não havia nada que arrancasse aquela dor de dentro de mim, eu fui levando minha vida do jeito que estava, pra baixo, ela as vezes me atendia, as vezes não. Passaram – se quase dois meses, eu e ela estávamos se falando, ela de uma forma indiferente, e eu sempre ali, tentando demonstrar o que eu sentia, até que eu parei, pensei, e vi que minhas investidas não estavam dando em nada e decidi parar e seguir minha vida. E ai começa mais um desafio em minha vida, esquecer ela. E eu tentei, cheguei a me relacionar com um colega de trabalho, a fim de que eu mudasse o rumo da minha vida, uma semana após eu ter essa relação com ele, eis que volta ela pra minha vida, querendo nos dar uma chance, não deu tempo nem que eu começasse esquecer ela. Eu, aceitei, quis tentar novamente até porque era tudo que eu mais queria. Não precisei pedir que ela voltasse como já havia feito diversas vezes, ela quis voltar.

Estava tudo bem entre nós, parecia que finalmente meu amor tinha voltado de verdade para mim, toda a dor que eu senti virou mais amor, eu amava ela cada dia mais e mais. Um mês após nossa reconciliação, eis que surge um desafio, grávida, eu estava grávida do meu colega de trabalho, ao ter a certeza absoluta disso, eu já adquiri também a certeza de que acabou, ela não ia me perdoar nunca, até porque ela ainda nem sabia que eu havia ficado com um homem, eu não podia esconder isso dela, eu tinha que falar, e não demorei muito pra falar, eu já fui falando logo a verdade para ela, claro, ela terminou comigo, era impossível que a gente continuasse depois disso. Mais uma vez o mundo desabou sobre minha cabeça, eu não acreditava que aquilo estava acontecendo comigo, a ficha demorou cair, ela dizia sentir nojo de mim, mas ao mesmo tempo estava sempre ali querendo saber como eu estava, se era certo mesmo a gravidez, até que ela se dispôs a tentar engolir isso, a ficar do meu lado. Eu não esperava ela fazer isso, mas ela fez, e aquilo de uma certa forma me aliviou, por mais que a gravidez estivesse sendo uma preocupação enorme para mim, não só por causa dela, mas porque minha mãe não aceitava, e eu estava desempregada. Mas eu acreditei que tudo iria dar certo e que toda aquela preocupação ia passar, eu passei a entender a gravidez, mas o destino nos surpreende, eu perdi o bebê, com menos de 2 meses de gestação. Para mim não foi algo tão impactante eu confesso, porque até então essa gravidez estaria sendo algo muito pesado para mim, mas eu sabia que era consequência dos meus erros e que eu tinha que enfrentar, pressão da minha mãe todos os dias dizendo que eu mesma acabei com a minha própria vida, isso me corroía por dentro. Quando eu perdi, ela sequer foi me visitar, soube que para ela eu que me virasse sozinha no hospital, não vou entrar em detalhes sobre minha mãe aqui, mas sempre vivi um drama com ela por causa da frieza com que ela me tratava.

As coisas foram se colocando no lugar, eu consegui um emprego, meu relacionamento foi ganhando força novamente, mas a vida é assim, quando você pensa que esta tudo bem, vem algo e te coloca no chão. Dezembro, início do mês, ela novamente termina comigo, dizendo que iria mudar de vida, que não tinha certeza do que realmente sentia por mim. Posso dizer que doeu muito, não tanto quanto a primeira vez, mas doeu, minha vontade era de ir até ela, mas não havia condições, eu tentei conversar, mas não deu certo. Eu tive que me contentar apenas com a amizade dela, mas no fundo eu não entendia, não queria a amizade dela. A uma semana após terminar comigo, eu soube de uma outra pessoa na vida dela, eu não aceitava isso, eu queria de todas as formas que ela caísse em si de que ela não podia fazer isso comigo depois de tudo que tínhamos superado até ali. Ela negava que estava com outra pessoa sempre, que só queria ficar sozinha, as vezes eu até me afastava, não a procurava no intuito de tentar esquecer ela, mas era tudo em vão, porque quando ela sentia que eu estava me afastando, ela vinha querendo assunto, é como se ela não quisesse ficar comigo, mas também não queria me perder, como se no fundo ela soubesse que eu era a pessoa certa que a amava de verdade e faria tudo por ela. Eu sentia que nos momentos de aflição, de ajuda, era a mim que ela recorria. Tinham pessoas que diziam que isso era interesse dela, em que? Eu era uma pobre coitada que ganhava pouco.

Isso aliviava um pouco a dor que eu carregava, pois com isso eu achava um pouco de esperança dela voltar atrás, eu tentava lidar com o fato dela se relacionar com outras pessoas, mas isso me doía profundamente, para mim ela estava livre, querendo aproveitar um pouco sua adolescência, até porque ela era muito nova. Mas, com alguns meses, eu fui percebendo que existia algo a mais nisso tudo, até que eu descobri que ela realmente estava namorando sério com outra pessoa. Mas ela negava, a gente discutiu, eu tentando fazer ela entender que aquilo não estava certo, que ela poderia ser mais clara comigo em tudo. Durante uma discursão na rua, indo pro trabalho, eu perdi minha cabeça e me joguei na frente de um carro, uma semana no hospital, esse período eu só consigo contar o que me disseram, eu perdi minha memória temporariamente, mas dela eu lembrava quando ouvia a voz, até que fui me recuperando, no momento que eu estava melhor ela quis conversar sobre nós, pediu perdão por tudo, prometeu não me decepcionar mais, eu claro, frágil e a meses esperando por aquele momento, aceitei, tentei novamente, nos marcamos de nos conhecer pessoalmente, imaginem, dois anos depois eu iria conhecer aquela que eu amava imensamente e me fazia sentir todos os tipos de emoções, raiva, ódio, revolta, mas como eu a amava, eu era capaz de superar tudo por ela.

Viajei para a cidade dela, Campina Grande, Paraíba, um lugar que nunca fui na vida nem imaginaria um dia ir, era o momento mais espetacular da minha vida, tudo que eu pensava era que finalmente o nosso dia havia chegado e que nunca mais eu iria perde – la. Eu fui na esperança de que ela olhasse para mim e tivesse ainda mais certeza de que era eu a pessoa certa, e ao mesmo tempo medo, de que não rolasse a famosa química, da minha parte eu tinha certeza que teria, pois eu tinha certeza do que sentia, mesmo que não houvesse tocado e sentido ela ao meu lado. De longe, eu a vi vindo em minha direção com sua mãe ao lado, meu coração chorava de alegria, momento único na minha vida que nunca vou esquecer, ela tão pequena, usando um short jeans, uma blusinha cor preta com uma estampa simples, veio ela a meu abraço, coração dela a mil por hora, lembro como se fosse ontem, como esquecer desse dia? Impossível. Nesse dia após algumas horas juntas, ela ao lado dizendo que foi bom tudo o que havia acontecido com a gente, pois tudo foi o que causou eu estar ali naquele momento e ela ter a certeza absoluta de que eu era a pessoa pra vida dela, de que era a mim que ela amava de verdade. Eu passei vinte dias ao lado dela, foram os dias mais felizes, daqueles que você não quer que acabe nunca. Voltei para meu Estado, Minas Gerais. E a saudade já tomou conta de mim, desde o momento em que não a tinha mais a minha frente.

Ela também foi ao meu encontro em Minas, ficou quase o mês de janeiro inteiro comigo, nosso relacionamento durou quase 2 anos num auge 99% bem. Eu voltei a ir pra cidade dela, e ela voltou comigo pra Minas Gerais, mas as coisas não deram muito certo, minha família era o oposto da dela, eu não tinha muitos amigos, trabalhava muito, ela então resolveu voltar após 4 meses ao meu lado. Com isso eu só pude ter uma certeza, a gente só ficaria juntas se eu fosse embora de Minas pra Paraíba, e viver a distância não ia dar mais certo, seria ficar sofrendo atoa, já que eu tinha um bom convívio com a família dela, enquanto eu não tinha nada a perder em Minas, anão ser meu emprego.

Fui organizando minhas coisas, os planos era partir de vez em novembro de 2016, eu estava enlouquecidamente com saudades dela, louca pra que chegasse logo o dia de partir, mas o tempo não passava, parecia andar para trás. Aos poucos aquilo foi me fazendo mal, estar longe dela me causava ansiedade, e o pior, um ciúmes incontrolável, as vezes eu não sentia ela da forma que ela era comigo, e isso muitas vezes causava uma briga entre nós, eu era muito ciumenta, e ela foi mudando o comportamento dela, a forma de me tratar, as vezes com grosseria, até chegar ao ponto que ela mais uma vez desistiu de mim, terminou mais uma vez, dizendo que não era mais isso que ela queria, que eu podia parar com os planos de ir embora, pois ela não queria isso pra vida dela. Ai sim, eu posso dizer que isso doeu mais que todas as outras vezes juntas, foi nessa vez que eu senti o quanto eu realmente a amava, o quanto eu era dependente dela na minha vida, mesmo que ela estivesse longe de mim. Mas eu ainda consegui dominar isso, não fiquei encima dela por muito tempo insistindo pra voltar, eu conversei muito, deixei claro que eu não iria sufocar ela como das outras vezes, mas que ela soubesse que eu estava ali, sempre, me propus a ser pra ela um alicerce o resto da vida, mas ela não quis, ela foi bem decisiva e pediu que eu a esquecesse e seguisse com a minha vida. E foi o que eu tentei fazer, eu realmente tinha decidido não me humilhar mais por ela, não correr atrás, devido a tudo que já havia vivido por ela e ainda sim ter a perdoado, e mais uma vez ela fazer isso comigo. Mas não foi nada fácil, uma semana de investidas pra fazer ela mudar de ideia e nada dar certo, eu resolvi me calar, ela simplesmente não queria falar mais comigo, e isso era o que mais doía, era como se eu tivesse feito algo muito grave com ela que fizesse ela não querer saber da minha existência. E doía imensamente, por mais que ela não quisesse mais ficar comigo, eu gostaria pelo menos que ela tivesse a minha admiração e carinho, respeito, por tudo que a gente havia vivido até ali, mas não, ela não me respondia, ela simplesmente me deletou da vida dela, como se eu fosse uma pessoa qualquer. Eu caí no abismo da decepção, eu consegui me segurar de não ficar atrás dela, mas aquilo estava me matando aos poucos, doía ver ela nas redes sociais e ela não me notar, não dar um oi sequer, não querer saber como eu estou. Mas eu demonstrava estar forte, pelo menos eu tentei ser forte, passei a fazer oque me fazia bem, cantar, passei a sair conhecer pessoas novas, passei a ir mais na minha mãe, ocupar minha mente, a me cuidar fisicamente, até que ela resolveu aparecer aos poucos, parece que ela começou a sentir a minha ausência e minha falta de interesse em saber da vida dela e o que ela estava fazendo, talvez porque eu estava mostrando mais o que eu estava fazendo sem querer saber dela. Mas a minha intenção no fundo era isso, chamar a atenção dela, com o que eu estava fazendo.

Talvez vocês lendo esse texto, vocês consigam aprender alguma coisa, por exemplo, tudo é questão de maturidade na vida, dessa vez eu sofri o dobro de todas as outras vezes, mas a minha forma de agir foi diferente. Não me permiti me humilhar mais por ela, no início cheguei a fazer isso mas eu cai em si rapidamente, entrei numa depressão profunda primeiro, pra começar a buscar forças, passei a falar mais com Deus, coisa que muito pouco eu fazia, todos os dias eu dobrava meu joelho e pedia forças pra conseguir superar tudo aquilo, que se não fosse pra ficar com ela que pelo menos ele arrancasse aquilo do meu coração do meu peito. As vezes de madrugada trabalhando, eu começava a pensar nela, meu peito queimava feito brasa, eu saía dali e ia pra um canto da empresa falar com Deus. Pedia que ele me curasse daquela dor, que ele me desse algo me fizesse definitivamente esquecer. E as coisas foram se ajeitando, meu coração foi ficando mais leve, Deus colocava coisas na minha frente que ocupava minha cabeça. As vezes batia uma recaída, a lágrima descia, a vontade de falar com ela batia, e as vezes até falava mas nada produtivo. Enfim, foi ficando algo automático, os dias passando, eu me curando da dor que eu sentia, mas uma coisa nunca mudou, o amor que eu sentia por ela, eu sabia que isso eu não ia conseguir tirar de dentro de mim, podia passar anos que não ia adiantar, era ela a pessoa da minha vida do meu coração.

Três meses se passaram, eu já conformada, reabilitada, consegui superar a dor de ter perdido meu grande amor, no fundo ainda doía mais era muito pouco, não sentia a necessidade mais de ter que falar com ela, meus dias ficaram ocupados com outras coisas. Ela começou a se aproximar de mim novamente, com assuntos meio termos, a gente não falava sobre a gente, tinha dias que nem nos falávamos, era como se estivesse surgindo uma amizade com mistura de respeito, aquele respeito que eu esperava dela no início. Quando ela não falava comigo, ficava por isso mesmo, eu não me arriscava demonstrar a ela interesse de falar, de voltar. Até que um dia ela veio me fazer várias perguntas sobre nós, se eu gostava de ficar com ela, se ela me satisfazia, eu respondia de forma que não fizesse ela pensar que eu estava criando uma expectativa encima daquelas perguntas, mas no fundo eu estava criando. Mas ela fez as perguntas eu respondi e ficou por isso mesmo, eu quis saber o por que ela quis perguntar, ela só disse ser por curiosidade. Por um momento pensei que ela pudesse estar fazendo uma avaliação dela mesma encima do tempo que vivi com ela, só pra saber se ela estava fazendo certo com alguém que ela estivesse. Dessa vez eu não consegui saber se ela havia me traído e por isso terminou comigo, ela só terminou porque queria ficar sozinha, curtir. E isso me aliava um pouco também, talvez se tivesse sido uma traição eu não sobreviveria a tamanha decepção depois de ter a perdoado duas vezes, sem isso minha vontade já era de morrer. Enfim, nossas conversas foram ganhando dimensões, eu dividia meu dia - dia com ela e ela dividia o dela comigo, de forma menos íntima claro. Eu mudei muito depois de ter vivido mais essa decepção, minha forma de enxergar as coisas, até porque ela só terminou comigo, e algo poderia ter causado isso, faltou algo que completasse ela, ou eu exagerei demais no meu ciúmes e faltei nos cuidados que todo relacionamento precisa ter. Eu tinha um defeito muito grande em nosso relacionamento, eu achava que por amar ela demais, por demonstrar a ela demais eu não precisava fazer mais nada. E por ser assim, eu só fazia cobrar dela, eu reclamava de tudo o que ela fazia, eu não entendia que ela era uma pessoa diferente de mim, enfim, eu pequei muito também e isso fez com ela se cansasse, não pense que porque você demonstra assim que a pessoa tem que demonstrar também, as coisas devem ser recíprocas mas da forma delas, nada forçado. Talvez ela estivesse conhecendo uma nova Dani, com outros pensamentos, com outras ideias de vida. E eu sentia que ela também estava mudada, é como se aqueles três meses sem nos falar tivesse sido um tempo de reflexão sobre nosso tempo juntas, o que faltou, onde erramos, como fazer pra que de certo? Sim, eu me perguntava isso sempre, e dizia que se ela voltasse pra mim, eu seria outra pessoa, com o mesmo sentimento, mas com forma de tratar diferente.

Ela quis tentar mais uma vez, deixando as coisas acontecerem naturalmente, fomos nos encontrando novamente no decorrer de nossas conversas. Passaram alguns meses eu resolvi selar de vez esse relacionamento, larguei tudo, sai da minha cidade e fui viver perto dela. Um desafio muito grande, largar tudo, por uma pessoa que fez tudo isso comigo, mas eu tomei a decisão de que se ela voltasse para mim, eu iria de imediato ir pra perto dela, pra que eu pudesse cuidar melhor da nossa relação.

Esta dando certo, pelo menos a nossa relação, estamos com alguns problemas, devido a falta de emprego da minha parte, eu tive que sair da cidade dela e vir morar na capital João Pessoa, e isso está mexendo um pouco com meu emocional, acaba atrapalhando um pouco, ficar longe dela não era minha intenção ao vir de Minas pra Paraíba, mas está bom, aqui eu estou mais perto . Agora basta eu achar um emprego, as coisas se estabilizarem e a gente finalmente viver juntas. Hoje estamos bem, sabemos o quantos nos amamos, temos nossos contra tempos as vezes, mas tudo aquilo que é comum em um relacionamento, até porque somos pessoas diferentes. Hoje estou feliz, falta só algumas complementações, mas isso Deus já esta providenciando, sigo meu caminho pensando que sempre vai da certo no final.

Fica ai com minha experiência amorosa, espero que vocês consigam arrancar algo positivo para vocês nessa história. Antes de querer apontar os defeitos do seu amor, tente olhar pra você mesmo, talvez você esteja cometendo erros desnecessários, tenha o auto controle do seu sentimento e da sua relação, não deixe a essência perder seu lugar. Um namoro é construído de conquistas todos os dias, coisas boas. Em uma coisa muito importante, não tenha medo de amar, nunca desista de um grande amor, se a vida está ali colocando a sua frente viva, não desista do amor por coisa tão poucas, use o diálogo, ele é muito importante, seja compreensível, respeite o espaço do outro e busque apenas o que for bom para os dois.

FIM

Daniela M Rodrigues
Enviado por Daniela M Rodrigues em 26/09/2017
Código do texto: T6125494
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