Ausência...

Acostumar com sua ausência me assusta... nos últimos tempos parecia que apenas se ver de vez em quando era o suficiente para preservar o amor entre nós, mas a distância o está distanciando cada vez mais e o vazio da sua ausência vai se preenchendo com os acontecimentos diários e com pequenas doses de descoberta do mundo lá fora...

No primeiro encontro nosso, parecia amor a primeira vista, depois os encontros começaram a perder a emoção e se tornaram apenas encontros... pode ser que naufragaremos com o tempo, mas também podemos ancorar em um mar azul e não soltarmos mais as mãos, deixando que o brilho das estrelas falem por nós, mas quando o dia raiar, o calor do sol poderá não mais aquecer nossos corações já tão frios, e tudo se perderá no vazio...

No momento não posso fugir de você, e nem você consegue fugir de mim, mas sabemos que adiante tudo irá se deteriorar com a distância, temos marcas de passados que não dá para apagar e que foram pesadelos em nossas vidas e nos rodeiam no presente deixando um buraco em nossos dias... eu nunca ousei exigir amor de você porque sabia que o carinho e a ternura que tem por mim, era tão grande tanto quanto o amor, mas agora me envolvo em dúvidas, se apenas isso é o bastante para manter acesa esta chama e não tenho respostas...

Idealizei você e você também fez o mesmo, e a convivência nos mostrou o contrário, embora temos tanta coisa em comum, mas as diferenças gritam mais alto... A magia do primeiro encontro acabou, veio o segundo, o terceiro, e a cada vez mais enxergamos que a paixão que tivemos quando nos conhecemos, era muito mais abrasiva e atraente do que este sentimento sereno e morno que nos une agora...