Proposta em Vias de Fato 30(fim)

ATÉ QUE ENFIM, ACABOUUUU!!!!!

Meus amigos! desculpem ocupar espaço do RL diariamente com os trinta capítulos da minha história, um dos primeiros romances que escrevi(contém trinta capítulos), está sem correção ortográfica, certamente encontraram erros, mas acabou. Fim. O nome do romance é "Lídia e os Três Amores", Proposta em Vias de Fato foi codinome. Obrigada pela paciência de todos.

Proposta em Vias de Fato 30-A Viagem(final)

Estava terminando de abrir a porta para ir embora. A voz de Lídia pedindo para ficar fez dele vitorioso na tomada do resgate da moça. Afinal, ela pediu ajuda para começar resolver seus fracassos. Ele, nem se fala, esperava esta frase desde que a viu dançando naquele restaurante; não sabia dos motivos, mas dentro de si , aquele lado heróico do masculino, dizia que somente ele poderia auxiliá-la olhar para si mesma. E mais, ele estava perdido... mesmo com tanta fartura de escolha para se realizar no amor, continuava peregrinando, só. Com quarenta e oito anos não tinha conseguido ainda satisfazer-se nesta história, algo dentro de si dizia que a mulher que iria junto com ele pra velhice não tinha se revelado. Lídia estava ali, deitada ao sofá indicando que a hora poderia ter chegado.

Chamou toda a sua experiência nesta hora, aquele equilíbrio emocional que conquistou nos sóis da vida. Fechou a porta, e compassadamente, com uma das mãos no bolso da calça, foi em direção a Lídia até o sofá, que não esboçou qualquer reação, somente olhava-o nos olhos, sem expressão. Cortez agachou e dali mesmo começou calmamente afastar seus cabelos que estavam caídos na face. Sentou, Lídia mesmo em estado semi-letárgico, começou tocá-lo, com as mãos trêmulas, como moça inexperiente, insegura nas questões a dois; passou as mãos pelos olhos, cabelo, até que, por fim, acomodou-se sentando no colo dele. Beijaram-se como desenhando pacientemente a boca um do outro, entrelaçando as primeiras impressões das energias, não pararam mais. Dali, somente eles souberam a significação, a realização, a alimentação da completude, os ajeitamentos sem causa que permitiram fazer em reciprocidade.

Numa honestidade tamanha, além das palavras tiveram a primeira experiência além da fala, amaram-se pelo corpo. Ao final, ficaram vencidos pelo sono.

****** ***** ***** ****

Lídia acordou primeiro, ainda era de madrugada, como de costume levantou para ir higienizar-se e escovar os cabelos antes dele. Cortez sentiu movimento na cama, despertou falando em tom rouco de voz:

___Onde vai, fica aqui! Quero vê-la acordando, sorrindo! Somente assim terei forças para de hoje em diante ser completo.

Lídia voltou o rosto na direção dele, acanhada. Ele, segurando o rosto dela, disse, definitivamente:

____Renasci. Meu limite encontrei em você. Não a perderei nunca mais, a não ser que queira.

Lídia retaliou:

___Se renasceu, junto contigo tornei-me alma nova, disposta escrever contigo a nossa história. Em seus olhos e corpo fui refletida como posta em frente às águas cristalinas, tranqüilas que me relembrou minha verdadeira face. A sua naturalidade e espontaneidade aflorou o instinto feminino que havia esquecido. Os dois como que haviam combinado,disseram num mesmo instante:

__ Te amo!

Foram ver o nascer do sol no jardim dos fundos da casa. Era cinco e meia da madrugada.

Daquele dia em diante selou a fórmula alquímica entre eles no amor, que prolongou por trinta anos. Neste período viveram em casas separadas, dez anos depois resolveram casar, facilitado com o nascimento de Júlia. Lídia continuou trabalhando na área de construção civil, mas na Espanha. O marido voltou para o país de origem, passaram morar em Málaga.

Depois de trinta anos de casados, Cortez com setenta e oito anos de idade morreu por insuficiência múltipla dos órgãos, em casa, dormindo ao lado de Lídia. Que terminou seus dias, viúva. Numa tarde de sábado, na varanda de casa lendo um livro sobre a Física da Alma, desfaleceu como quem ia dormir para não acordar naquele corpo, e nem existir nunca mais, aqui.

Olhando de trás para frente a história, temos “Lídia e Três amores”, nominariam na física quântica de contexto quântico o vivido na mente da mulher e nas dos demais personagens, cujo tema foi romance, amor, e uma faceta dito no subjetivo dela e deles, interrelacionaram subjetivamente, cada um no seu tempo com ela, atuaram numa dinâmica quântica, que ultimou com a morte de Lídia, Cortez, e até mesmo com o acordar de Lídia da experiência onírica com Oziel.

Afinal, sobre todo mistério que ainda sobrevive nas mentes dos mortais sobre questões tratadas na história, depois de tudo, Ellen Wheeler Wilcox, escreveu:

Deus e eu a sós no espaço...

Ninguém mais à vista...

“E onde estão todas as pessoas,

Meu Senhor” disse eu,

“ a Terra sob nós

E o Céu acima

E os mortos da minha lista?”

“Foi um sonho”, Deus sorriu

E disse: “ O sonho que parecia

Ser real; não havia pessoas

Vivas ou mortas; não havia Terra,

E nem o Céu acima,

Havia apenas eu em você”

“Por que não sinto medo?, perguntei,

“encontrando-o aqui neste momento?

Pois pequei, sei disso muito bem

E existe céu, e inferno também,

E será este o Dia do Julgamento?”

“Não, eram apenas sonhos”

Disse o Grande Deus, “ sonhos que não existem

Mais.

Não existe isso de medo e pecado

Não existe você...nunca houve você no passado.

Nada existe, senão eu.”

Fim

Márcia Maria Anaga
Enviado por Márcia Maria Anaga em 26/08/2016
Reeditado em 26/08/2016
Código do texto: T5740641
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2016. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.