Noah Flint 
 
Capítulo 25 – O que houve?
 
Escrito por Steve William
 
Um mês depois
 
   Estou em um taxi com Barton em direção a Minnesota, chove forte e estamos com fome, pouco antes do meio-dia Margo me ligou e disse que precisava de ajuda, seu irmão Oliver havia desaparecido a dois dias.
-Você realmente se preocupa com aquela garota. – argumentou Barton.
-Você realmente se preocupa comigo. – respondi.
-Por que tem essa mania de fazer as pessoas pensarem? 
-Ora, por que é bom usar o cérebro as vezes, não? 
   Encontramos uma lanchonete a beira da rodovia e Barton foi logo pedir um hambúrguer triplo, sentei-me ao seu lado e pedi apenas um pedaço de torta.
-Pensei que também estivesse com fome.
-Estou, mas nada que me faça exagerar.
   Seguimos pela Pensilvânia e ainda faltavam pouco menos de mil milhas até Bagley, Barton já estava entediado e começou a sussurrar algumas palavras.
-O que está fazendo? – perguntei.
-Nada, só pensando.
-Sussurrando também, o que é bem fora do normal.
-O que seria normal pra você?
-Diga, afinal posso ajudar com suas questões.
-Não sei, mas tudo bem. Estava pensando na Nicole e em como estou agindo com ela.
-Você está indo bem, ela parece preocupada com o seu afastamento.
-Você acha?
-Tenho certeza e Olívia me contou que após o velório da mãe de Margo ela surtou.
-Não fazia ideia de que poderia dar certo.
-Você se esforça e no fim a pessoa não se importa com você. Mas quando você parece não demonstrar nada, tudo se transforma.
-Não acho que você esteja certo.
-Não queria estar, mas é a realidade. Quanto mais você se esforça no início, menos consegue conquistar alguém. Precisa ser constante entende? Não entregar tudo que você consegue fazer, tudo que você é ou gosta. As garotas adoram conhecer algo novo e se você não for mais interessante acabou.
-Então está me dizendo que para conseguir dar certo com Nicole preciso esconder grande parte do que realmente sou?
-Não, você precisa ir se entregando aos poucos, não adianta querer alimentar um sentimento o enchendo logo de início, o que o satisfará depois?
-O amor.
-O amor não se sustenta sozinho Barton, o amor depende de tudo que você é capaz de ser, de tudo que é capaz de fazer por quem você acredita amar.
   Já estávamos em Wisconsin, estado vizinho de Minnesota. Eram duas da manhã quando pedi para o taxista para que parássemos em algum hotel, o que levou mais trinta minutos.
-Creio que seja melhor que todos tenham uma boa noite de sono. Continuamos às onze horas, está bem? – perguntei a George, o taxista.
-Tudo bem senhor, até as onze. Boa noite.
-Não me chame de senhor George. Boa noite.
-Onde é que vou dormir? – perguntou Barton.
-Na cama, eu fico no sofá, não se preocupe. – respondi.
-Ah, não, você está pagando por tudo Steve, durma na cama. Eu cuido do sofá.
-Tem certeza?
-Sim. Boa noite Steve.
-Durma bem Barton.

 
Johan Henryque
Enviado por Johan Henryque em 18/08/2016
Reeditado em 22/09/2016
Código do texto: T5732234
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