AMOR E CHAMAS VIII - ININTERRUPTO FIM
O dia seguinte não amanheceu para Thor. Estava ainda no pesadelo que o visitou à noite. Para Helena, a primavera era mais bela que nunca. Antes mesmo de tomar o café costumeiro com a família já tivera ido se despedir de Fred. Quanto retornou, encontrou Thor e os pais tomando café.
- Bom dia a todos. – Cumprimentou com um sorriso que irradiava a alegria que sentia dentro de si.
Os pais a acolheram, beijando-lhe a face. Compartilhavam cada momento da filha.
- Bom dia, Helena. – Respondeu Thor, já mais recuperado do choque da noite anterior.
- Bom dia, Thor.
Thor evitou um olhar direto para Helena. Poderia fraquejar. A noite lhe trouxera um recado em seu sonho. A guerreira iria à luz. Ele ficaria nas sombras. Estava entendida a situação.
- Talvez eu viaje por uns dias – Disse Thor em meio a um trago do forte café.
D. Marlene e o Sr.Souza estranharam. Thor nunca viajava. Era sempre fechado em si. Para onde poderia ir?
Helena manteve o silêncio por um tempo. Em seu íntimo sabia o motivo da viagem. E não lhe agradava ser a causa. Gostava de Thor. Queria-o como amigo. Após comer o lanche, não resistiu ao perguntar:
- Thor, para onde vai? Você nunca viajou durante todo esse tempo que esteve aqui.
- Preciso mudar de ares um pouco, Liss. Devo procurar ser novamente dono de mim mesmo.
A resposta foi direta. Entrou em Helena como uma flecha. Mal sabia ela que Thor estava realizando o que o pesadelo da noite lhe trouxera. Deveria andar em direção contrária à da mulher que amava. A permanência de Thor por aqueles dias não seria benéfica a ninguém. Pelo contrário, quando anunciou a viagem, os pais de Helena sorriram silentemente em si. Helena começara a namorar um bom moço e não queriam que nada pudesse atrapalhar.
Helena era o contrário. O sorriso lhe havia sumido do rosto. Mal se lembrava de Fred. A expectativa agora era a viagem de Thor. Para onde iria? Por quanto tempo? E como seria sentir sua ausência?
Distante, Thor morreria com tumores lhe comendo por dentro, porém, e não mais voltaria.
P.S. Este pedaço de estória foi escrito há 4 ou 5 anos. Um pouco depois, foi decidido que não seria revisto nem termiado. A publicação se deu nos origais moldes.