Amor e vinho

Uma taça de vinho, fim de tarde fria...

Ao longe se ouvia, Je T'aime... moi non plus.

Foi o bastante, não mais necessário

para explodir nosso desejo.

Corpos queimando,

olhares procurando

mãos tateando.

Passeios de arrepios e deliciosas sensações.

Caminhos delirantes, beijos na nuca.

Propostas no ouvido,

Já quase sem som, abafado por gemidos.

Fogo que invadiu a alma, queimou a pele já toda febril.

Sua boca doce, molhada e com sabor de vinho me explorando.

Com mãos macias e ávidas segurando e lambendo meus seios com sofreguidão.

Era um misto de ternura, num ato puro e insano

Meu corpo, emoção e razão estavam a deriva dos meus princípios.

Anestesiada, dormente, louca inconsequente.

Mas, sentindo e vivendo tudo que o amor poderia dar.

Continuando a viagem, entre beijos e carícias.

Cheiro de amor, tesão e vinho exalavam nos corpos

Saiam pelos poros e nos embriagava.

Já em êxtase, meu corpo pedia mais.

Umas gotas de vinho, derramadas em meu corpo escorriam.

Sua língua sorveu tudo, entre recôncavos sensíveis.

Em grandes misturas, corpo quente, vinho gelado, boca úmida e sedenta.

Você provou meu sumo.

Já sem defesa, me entreguei...

Quebrei regras, vínculos e tabus.

Rasguei o manto, absorvi esse encanto.