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Era dia claro, de sol aberto, em que haviam-se poucas nuvens e um bom vento. Ela saiu de casa, desceu pelas ruas sorridente, mas não estava sozinha, conversava com Deus. Logo, passou um rapaz, ele por ela passou, e algo novo, feito um estalo, a fez reduzir os passos. No mesmo instante, ele curvou-se, observou-a à algumas passadas, e imediatamente os seus olhos se encheram, então ele chamou por ela:

-Moça!

Ela parou. Atentou-se ao chamado e sentiu um arrepio interno, era novo.

Ele chegou perto, se viu sem palavras, continuou. Eles se olharam. Os olhos se encheram na mesma proporção. Continuaram ali, emudecidos, até que ela inquiriu:

-O que houve?

A voz dela o deixou ainda mais zonzo, ele sorria, mas seus olhos começaram lacrimejar. Ele se sentiu inebriado com a novidade que brotava por dentro, sem o saber o que.

-Eu, eu não sei.

Ela, olhando-lhe fixamente, sentiu suas lágrimas escaparem continuamente. Seu peito aquecera fortemente.

-Meu Deus!- Ela disse.

-O que há?- Perguntou-a.

-Eu não sei. Não sei.

Eles sorriram. Sorriram como quem se surpreende. E sim, se surpreenderam. Permaneceram imóveis, até que ele tocou em seus cabelos... Ele tremia, chorava, chorava... E ela profundamente tocada, e totalmente embriagada... Embriagada com o que era inexplicável, o que de fato fazia todo sentido.

Laíse Costa Oliveira

Laíse Costa Oliveira
Enviado por Laíse Costa Oliveira em 25/07/2014
Código do texto: T4895488
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