AMOR DEBAIXO DO LENÇOL (PRÓLOGO)

Um Romance De Adriano Ferris


Prólogo


Era para ser apenas um passeio solitário no Parque Ibirapuera. Em um final de tarde, temperatura ideal para uma caminhada, até que não estava calor, e seria divertido passear e quem sabe encontrar ali alguém para paquerar, flertar ou coisa assim.

Quem imaginará que aquela tarde iria se tornar um pesadelo na vida de Elisabeth.

“Elisa” era uma jovem empresária do ramo de panificação, uma rede de padaria e fornecedora de pães no atacado. Em seus 26 herdou dos pais o negócio, que mesmo a contra gostou seguiu em frente fazendo a firma prosperar.
Solteira, linda, loira, 1m75 de altura, por onde passava fazia os homens suspirarem. Ainda mais assediada era na academia onde pratica seus exercícios e onde torneava o seu corpo, fazendo-se uma obra de arte em forma de mulher. Quem sabe se poderia ter investido na carreira de modelo, até que poderia fazer grande sucesso nas passarelas.

Mas naquele sábado, Elisa não queria ficar presa na academia, uma ambiente frequentado pela elite jovem de São Paulo na região de Moema. Ela queria mudar o ambiente, caminhar um pouco, respirar ares novos, paquerar um pouco. Escolheu passear no Parque Ibirapuera. Um local que já completará três anos que não ia, deste seu último namorado.

Escolheu uma de suas roupas confortantes e ao mesmo tempo provocante, sensual, mas ideal para praticantes de atividades físicas. Um passeio solitário apenas...

Ao chegar ao parque, em seu Iphone, umas músicas selecionadas, adorava ouvir Beyonce, mexia com sua alma, balançava seus nervos...
Iniciou o alongamento, esticava os braços, pernas, atraindo olhares masculinos para si... Realmente Elisa, sempre um colírio para os olhos, dos homens, e para as mulheres não se podia dizer a mesma coisa.

Mergulhada na música que ouvia, Elisa caminhava pelo parque, deslizava pelas pistas reservada aos caminhantes. Em cada música ela se perdia nas letras e melodias, como se estivesse caminhando nas nuvens. Elisa não viu o tempo passar... Já era noite...
Quando se deu conta, viu que o parque estava quase deserto, restando apenas alguns jovens casais se dirigindo aos portões de saída. Ela sentou-se em um dos bancos, para descansar alguns minutos antes de se retirar. O céu estava lindo...
– Elisa?
– Sim, pois não...
– Não se lembra de mim?
– Dimas? É você? Não acredito...

Dimas era um amigo do tempo de escola, da adolescência. Alguém que Elisa era apaixonada, e que ainda em seus pensamentos mantinha uma dose de lembranças por ele. Dimas agora se tornará um jovem adulto, corpo atlético, cabelos ruivos, algumas sardas no rosto, com seus 1m 85 de altura...

– Como você mudou. Já é um homem, e que homem... –Dize Elisa, com um leve sorriso de lábios.
– Que nada, apenas cresci um pouco mais. Mas você está maravilhosamente linda. Vejo que cresceu em todos os sentidos. – Olhando para o corpo de Elisa com um olhar de cobiça.

A conversa seguiu descontraída e animadamente, até ser interrompida pela chegada do Guarda Metropolitano que fazia a sua ronda e solicitando para que se retirassem, pois já era horário dos portões serem fechados.

Sem que Elisa pudesse esboçar alguma reação, Dimas pegou em sua mão e chamando-a para se retirarem...
¬¬ Vamos? Exclamou Dimas, olhando para Elisa com um olhar de admiração...
Para onde vamos? – Perguntou Elisa, com um olhar de dúvida...
Estou hospedado aqui perto... Que tal um suco ou um vinho... Colocarmos a conversa em dia... A não ser que não possa, seja comprometida... – Dize sorrindo Dimas, com um olhar de deboche.
Claro que não. Solteiríssima. Ainda não nasceu o homem que possa me amarrar. –Gargalhou Elisa, rindo da situação de ainda ser solteira.
Então somos dois, solteiro da minha mãe. Quem sabe esse dia chegue pra nós dois. – Sorriu Dimas.

Dimas a conduziu a seu apartamento no seu automóvel esportivo, um carro de luxo, mostrando para Elisa que ele estava em boa situação financeira, e realmente assim se portava magnificamente. Ao chegar ao edifício que Dimas estava hospedado, um hotel de alto luxo, onde realmente mostrava que ali era um espaço totalmente reservado a pessoas de alto poder aquisitivo.

Ao adentrar no apartamento, Elisa ficou de boca aberta com tanto luxo. Ela por ser empresária nunca se importou com luxo. Vivia uma vida de mordomias, mas não ao ponto de se preocupar em demonstrar luxo e riquezas.

Menino, mas você trabalha com o que? –Pergunta Elisa, ainda com olhar de admiração com o ambiente de luxo...
Sou empresário no ramo de importação e exportação de objetos valiosos. – Respondeu, mas com um olhar mais sério.
O que foi? Não quer falar do seu trabalho?
Não é isso. Mas é que herdei tem pouco tempo. Sabe, perdi meus pais em um acidente de avião, então tive que assumir a empresa às pressas. Ainda não me recuperei... – Com a cabeça abaixada, Dimas evita olhar para Elisa.
Sabe, Dimas, perdi os meus pais também há uns cinco anos... Em acidente de carros... Acho que nossas histórias se cruzaram, triste destino... – Abraça a Dimas, com um gesto de carinho e conforto.

Aff! Vamos mudar de assunto. Te convidei para bebermos e conversarmos. Mas melhor deixar a tristeza lá fora. Vem, deixa-me pegar algo para você beber, o que deseja? um suco? Um vinho? Algo mais forte... – Já mais animado tentando deixar o ambiente mais alegre, liga o som, com uma suave música.

Aceito um vinho. Faz tempo que não bebo... Acho que um pouco está bom. –Dize sorrindo Elisa, já mais descontraída.

Inicia-se uma conversa descontraída entre os dois, relembrando fatos e histórias da adolescência. Relembrando os velhos amigos e tirando dúvidas da vida de cada um.

Elisa percebe que durante a conversa, Dimas não para de olhar para o seu decote, suas pernas e a região pélvica. Talvez seja o vinho a produzir uma sensação, mas ela está gostando dos olhares. Ela percebe que nos olhares, ardem desejos e cobiça. Em cada palavra de Dimas, segue-se olhares flamejantes, sedentos, cobiça e luxuria. Como ela não poderia gostar, se já se completa três anos que está sozinha, sem ninguém, sem abraços, sem beijos, sem carinho. Dimas está bem ali na sua frente, a cobiçando. Mas ela evita demonstrar que percebeu as intenções daquele semideus nórdico.
Mas o vinho é traiçoeiro, o álcool começa a trabalhar no organismo de Elisa, sua língua começa a enrolar, mostrando um leve sinal de embriagues. Elisa já está mais descontraída, sorridentes, toda solta, sem saber o que estaria por vir...

Elisa com os olhos fechados, não se dá conta quando a língua de Dimas já se remexe dentro de sua boca, seus lábios sendo mordidos, sua língua sendo sugada. Como aconteceu, ela não se lembra como iniciou... Mas ela não pode impedir, está sem forças. Será o vinho? Ou é o desejo do seu corpo, seu coração acelerado. O braço de Dimas puxa o seu corpo contra o dele. Os beijos são violentos, sugando os lábios e a língua de uma maneira que ela nunca sentirá. Mas não, ela não iria impedir... Tinha que acontecer... 

Continua...
ADRIANO FERRIS
Enviado por ADRIANO FERRIS em 24/10/2013
Código do texto: T4540098
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