Beatrice Lengruber

Para Sagan, F. - a última existencialista.

Em guarda fica de frente a uma jovem mulher. É assim que se comporta o velho Maligrasse. Tendo agora seus cinquenta anos. Abandonado pela frança, em vista de seu enorme sucesso na américa. Lá deixou algo que nunca o espera. Que o guarda de forma como uma luz, algo leve que a leve de forma confortável a dormir durante a noite. Não compreende como pode se sentir vunerável sobre o acaso. Compreende o que tem sentido. Algo não mais correspondido pelo emigrante americano. Estará em seu posto, de pé, pronto a servir a febre de Beatrice que o comoverá, e o fará desenvolver algum tipo de espécime em extinção sobre o amor. - Amor? Seria essa ardência por fora, e por dentro da pele, que a mulher branca pode sentir? - Não compreende por que ele ainda não está lá. Tem medo. Diz que irá morrer, que Édouard voltará em alguma distinção. Sabe que nunca será o mesmo após ser arrematado de algum tipo de luxúria absoluta. Sabe que será deseja por outras mulheres, pelo seu sucesso americano, mas ainda sim, será deseja. Tem medo de que não volte. Pergunta novamente a Constance se já foi passado algum contato com Édouard. A servente tem medo de responder. Persegue os olhos da jovem branca que descobre ouma nova emoção. Beatrice mergulha em algum desespero individualista.

O médico sai de seu quarto. Édouard não está. Ela pode ver entre o espaço na porta. Chegará em duas semanas, disse Tony. O velho Tony também estará morto em duas semanas. O velho... Tony. Não sobreviverá para compartilhar da dor de Beatrice. Morrerá em uma semana e meia. Será eternizado na visão da jovem. O espaço entre a porta. Beatrice precisa dormir. Tony ficará. Bernard chegará logo. Trará o remédio recomendado. A fará dormir, e levará o velho. Constance preparará um café. No tédio de um silêncio dirá - "Pobre Beatrice. Édouard... Quem diria?". Agora o mundo diz. Diz durante a amanhã que Édouard foi visto com uma bailarina de vinte e sete anos no verão americano. Que recebeu a noticia da saúde de Beatrice, mas que não o comoveu. Que comprou uma casa, e que passará meio ano que virá nessa residência de frente para a praia. Que enterrará os pés na areia. Que não lembrará de Beatrice. Que nem ao menos virá sua posição de falência. Voltará em duas semanas.

Beatrice não morrerá, disse o médico. Pede para que não avise Édouard. Precisa de repouso, e o que por perto o mais rápido possível. O mergulhará em sua angustia. O destruirá com seu desespero que mulher que se funde com a compaixão. O amontoará com seu socorro. Ele precisa ver que quando ele desistiu, foi quando ele quase me perdeu. O pensamento apenas se constroi. Ele entrará ha qualquer momento. Pense. Dirá que nunca mais a deixe.

No dia seguinte Édouard chega sem malas. Beatrice percebe. Não estará mais nesse local. Chora. Não encontra forças para um grito. A febre aumenta em segundos. Ele resiste, diz que foram deixadas no carro, que precisava vê-la o mais rápido possível. Ela pede para que pegue as malas. Ele resiste. Ela precisa descançar. Ele segura sua mão, mas logo que ela dorme, ele não hesita em sair do quarto. Não quer sufocar num desespero. Percebe que o tempo em que esteve na américa, longe de Beatrice, se sentia mais livre. Que não havia algo para ter medo, incerteza. Vai de encontro com Bernard. Diz que não pode ficar. Que precisa se instalar, que as malas estão realmente no carro, mas que não consegueria ficar por muito tempo na casa de Beatrice, precisa de ar. Pede para que Bernard fique enquanto Beatrice está dormindo. Édouard passa por Constance, se despede, e sai pela porta.

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 01/02/2013
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