Um amor verdadeiro

Estava fazendo uma bela noite quente de janeiro. Celina estava em seu quarto sem fazer nada além de pensar, quando mais uma vez naquele mês, se pegou pensando no rapaz do trabalho de seu irmão. Seu nome era Eduardo – era de uma beleza particular; olhos castanhos claros, cabelos curtos de mesma cor; era alto, de físico atlético sem exageros. Tinha vinte e sete anos. Ele trabalhava com seu irmão como bibliotecário, na biblioteca municipal da cidade.

Pensando em Eduardo, ela se perdeu nos pensamentos, vagando sobre fatos que ela imaginava em sua cabeça, que poderiam vir a acontecer, envolvendo os dois. Ela imaginava situações, diálogos e neles vagava por horas, vivendo na irrealidade dos seus pensamentos.

Mas ela não fazia isso o tempo todo. Celina morava com o irmão, pois o pai vivia em outro país, uma vez que era um pesquisador conceituado e a mãe havia morrido anos atrás em um acidente de carro. Em seus vinte e um anos, Celina trabalhava como ajudante em uma loja de cosméticos e fazia estágio na faculdade, que já estava quase terminando.

Porém, no dia em que conheceu Eduardo, seus pensamentos passaram a ter novo rumo, e a menina, vez por outra, se pegava pensando nele. Os dois haviam se conhecido, em termos, numa festa do trabalho do irmão. Não haviam sido apresentados direito e tudo o que disseram um para o outro fora um breve e envergonhado, pelo menos da parte de Celina, que estava encantada pelo rapaz, “oi”. Durante toda a festa ela lançou olhares para Eduardo, que nem ao menos olhava para ela, parecendo estar muito mais interessado com as crianças que queriam livros, do quem com as investidas dela.

Com isso, não era de se esperar que, com a recusa não dita do rapaz, Celina se interessasse mais ainda por ele, a ponto de chegar em casa decidida a descobrir tudo sobre ele, de forma que pudesse bolar um plano para criar contato com ele. Porém, apesar de todo o seu empenho e esforço na procura, ela não conseguiu encontrar Eduardo em nenhuma rede social ou algo do tipo que pudesse ser usado para os fins de ela tanto necessitava. Nem mesmo seu irmão tinha o colega de trabalho adicionado no facebook, e ela jamais havia comentado ou pensado em comentar sobre isso com o irmão, o que deixava fora de questão ela indaga-lo sobre Eduardo.

Depois de tanto tempo de procura ela deixou a história um pouco de lado e seguiu com a vida. Seu tempo na faculdade estava acabando e ela tinha que estudar para as provas finas que estavam cada vez mais perto, isso sem contar o trabalho que exigia sua força, além do estágio.

Mas, naquela noite em especial, ela se pegou novamente pensando no rapaz, após um bom tempo sem fazer isso. E, apesar de, geralmente, seus pensamentos criarem situações felizes e favoráveis a ela, naquela noite, isso não estava ocorrendo. Ela estava triste enquanto pensava em Eduardo.

- Que foi? – ela perguntou ao ouvir a batida na porta, àquela hora. Sabia que era seu irmão.

- Ei, é assim que você recebe sua melhor amiga? – Daiana perguntou, enquanto entrava no quarto.

- Ah, desculpe. Pensei que fosse Rodrigo. – ela falou, dando espaço para a amiga sentar-se em sua cama.

- Você está tão pra baixo minha amiga. Notei que hoje de manhã você estava feliz, mas agora... O que houve? E não ouse omitir a verdade de mim. – Daiana falou e na mesma hora Celina ficou mais triste ainda. Ela segurava ao seu lado o notebook, que estava aberto no facebook.

- Lembra daquele cara que eu disse que era interessante? Pois então – ela falou após a amiga assentir afirmativamente – ele adicionou meu irmão, finalmente.

- E você não deveria estar feliz com isso? – Daiana perguntou, sem temer o pior.

Desolada e sem conseguir se expressar, Celina apenas virou o notebook na direção da amiga, que soltou um pequeno “oh” de decepção. Ela compreendeu finalmente porque a amiga estava naquele estado tão lastimável e a abraçou com força.

- Querida, não fique assim. Ainda mais por causa de um rapaz.

- Como não Daiana? Ele está num relacionamento sério. Sabe que, tudo o que eu imaginei, tudo o que eu sonhei, tudo o que eu criei, nunca vai poder acontecer. – ela falou, e ao ver a expressão da amiga, sabia o que a mesma diria em seguida e, por isso, começou a chorar.

- Eu sei que você está assim porque sabe o que eu vou dizer, mas nem por isso deixarei de dizer. Preste atenção no que você me disse. Você imaginou e pensou e sonhou com tantas coisas, que só existiam para você. Você nunca teve sequer algo que indicasse que ele quisesse o mesmo. Ah, querida. Não fique assim, realmente não vale à pena.

- Eu sei que você tem razão Daiana, mas de vez em quando, você bem que podia apenas me consolar.

- Ooownt... Querida, deixe te dar um abraço. – Daiana falou, puxando a amiga para um abraço, que a fez chorar ainda mais.

Após Daiana ir embora, Celina se pôs a pensar nas palavras da amiga, e viu que ela realmente tinha razão quanto à mente maluca de Celina. Ela então decidiu que continuaria sua vida, independente dos desejos do seu louco coração.

Os dias desde aquela noite quente foram se passando tranquilos e de certa forma, Celina pensou menos em Eduardo, mas esquecê-lo completamente era algo impossível. Os dias do estágio acabaram e ela conseguiu um emprego na área que estudava. Logo as provas finais iriam terminar também e ela poderia começar a trabalhar naquilo que gostava.

- Olá, meu nome é Celina. Fui contratada e me disseram que eu deveria começar hoje. – ela falou com uma senhora que estava na recepção.

- Ah sim. Celina Matos. Pode me acompanhar. – a senhora falou, enquanto ia explicando no que ela trabalharia. Por enquanto ela apenas ficaria na área de revisão de respostas ao leitor. Lá trabalhavam mais três garotas, Julie, Maya, Letícia e Fernanda.

- Meninas, essa aqui é a Celina. Ela vai trabalhar aqui com vocês. – a senhora falou e levou Celina até seu novo computador, na mesa onde passaria seus dias sentada, fazendo as revisões e outros pequenos trabalhos, envolvidos na revista.

Celina sentiu-se deslocada no novo emprego. As meninas não foram muito simpáticas, pois não deram muita atenção a ela, nem mesmo se levantaram para dar as costumeiras boas vindas. Porém, na hora do almoço, Fernanda chegou perto dela.

- Oi. Eu sou a Fernanda. Eu também tenho a mesma função que você. E aí, você quer ir almoçar?

- Claro. Vai ser legal conhecer alguém do trabalho. – ela falou e, pegando seu casaco, saiu com Fernanda rumo ao restaurante do outro lado da rua.

O restaurante era pequeno, mas confortavelmente aconchegante. Elas pediram o menu e após fazerem o pedido, Fernanda iniciou a conversa.

- Acho que você vai gostar de trabalhar na revista. É bem interessante, principalmente para nós, que queremos ser jornalistas. Bom mesmo é quando nos mandam para a área de pesquisa de campo. É ótimo.

- Realmente me pareceu a melhor oferta que o estágio propôs. – Celina falou.

- Eu vi que você estranhou que Julie e Maya não tenham falado com você. Mas não se importe, elas são assim mesmo. São irmãs, e nem um pouco simpáticas. – Fernanda riu. O almoço chegou e as duas ficaram de papo furado até dar a hora de voltarem para o trabalho.

Naquele dia, Celina não podia imaginar que, entre todas as pessoas do mundo, justamente Fernanda iria ser sua amiga. Mas com o passar dos dias e meses no trabalho, as duas se tornaram quase inseparáveis, fazendo com que Celina esquecesse quase que totalmente o rapaz Eduardo.

Não pensar em Eduardo era muito fácil, mas toda a vez que Celina ia ao trabalho do irmão, era impossível não encontrar com o rapaz, que vez por outra também frequentava sua casa. Mas o pior era ter lidar com a total indiferença do rapaz. Ela podia contar nos dedos quantas palavras ele já havia dito a ela, apenas por educação. Apesar de lutar contra o que temia poder sentir por ele, ela sempre se irritava quando ele a ignorava ou nem ao menos falava um “tchau”, quando ia embora, por, pelo menos, educação.

Porém, por mais que Celina fosse amiga de Fernanda, nunca chegou a comentar sobre Eduardo com ela. Não por vergonha, mas por saber que não adiantaria nada falar sobre algo que nunca iria acontecer. Para que envolver Fernanda nessa louca história da minha vida? – era a justificativa dela por não contar nada a Fernanda.

Os dias estavam passando com tamanha rapidez e logo Celina se viu fazendo as provas finais da faculdade, em março e logo se viu formada. Nada poderia deixa-la mais feliz, a não ser conseguir um mínimo de atenção de Eduardo. Mas como ela sabia que isso era impossível, partiu com Daiana e um grupo de amigas para a festa de comemoração particular que elas haviam preparado. Celina havia chamado Fernanda, mas nem podia imaginar que seu irmão levaria Eduardo com ele. E, muito menos, podia imaginar o que aconteceria na festa.

Celina não podia se sentir mais bonita do que com aquele lindo vestido azul prateado de tamanho médio e as sandálias prateadas de salto agulha Louboutin. E estava formada! Nossa, aquilo era o maior sonho dela. Poder ter a graduação que a permitiria seguir no jornalismo e se tornar uma grande jornalista, editora da própria revista.

A festa estava super agitada quando elas chegaram lá. Fernanda já esperava a amiga com um presente nas mãos.

- Parabéns! Você agora oficialmente é uma de nós! Haha. Estou tão feliz por você amiga. – falou, abraçando Celina, enquanto a mesma tentava desembrulhar o presente.

- Uau! Obrigada! – Celina falou, ao ler a primeira página da revista daquele mês. A editora havia mandado fazer uma homenagem a ela. – Não sei nem o que falar. Isso é incrível! Venha, vamos curtir. – Celina falou e partiu com as amigas para a pista de danças. Alguns momentos mais tarde, Rodrigo chegou. Ele estava acompanhado de Eduardo. Celina não pôde acreditar quando viu. Seu irmão foi até ela, enquanto Eduardo se dirigia ao banheiro.

- Parabéns mocinha! Você merece! – ele falou dando um abraço de urso na irmã.

- Obrigada mano. O que Eduardo está fazendo aqui.

- Vim te dar os parabéns. – a voz de Eduardo falou detrás de Celina.

- Você? O-obrigada. – ela gaguejou, enquanto ele apertava a mão dela. O ato mais íntimo que os dois já haviam tido.

Depois disso, Celina voltou nas nuvens para a pista de dança. Queria conversar cm alguém.

- Que cara é essa? Viu alguma coisa? – Fernanda perguntou.

- Apenas estou feliz.

- Ei! Veja aquilo! – Fernanda falou de repente. Ela apontava para onde estavam Rodrigo e Eduardo.

- É meu irmão. Gostou dele? – Celina falou bobamente.

- Ahn... Não. Eduardo. Meu namorado. Ele conhece seu irmão! Venha, vou te apresentar a ele. – Fernanda falou, empolgada que a amiga fosse conhecer seu namorado.

O que Fernanda não podia imaginar era que, com aquela frase, ela estaria destruindo o mundo de Celina. Então a namorada de Eduardo era ela, Fernanda, sua amiga. Como ela, Celina Matos, fora burra ao ponto de não perceber isso? Como Fernanda podia ser namorada do homem que ela, sim, do homem que ela amava. Ela não quis por todo aquele tempo, admitir que amava Eduardo, mas sim. Ela o amava. Independente de ele ter uma namorada, ela o amava. Mas isso não bastava. Nem para ela, nem para ele.

Celina não sentiu seus pés se mexendo na direção onde estavam seu irmão e Eduardo. Apenas sentia a mão de Fernanda em seu pulso, ansiosa por fazer a apresentação. Celina queria fugir dali, gritar que já o conhecia e que aliás, o amava. Mas ela era incapaz de falar qualquer coisa, tamanha era sua decepção, seu desapontamento, seu nervoso. Quando ela se deu por conta, já estava na frente dos dois rapazes.

- Querido, você aqui. – Fernanda falou dando um beijo no namorado, que parecia tão surpreso quanto Celina, de que ela e Fernanda se conhecessem.

- É, Rodrigo me chamou. Eu não sabia que vocês era, amigas.

- Você conhece Celina? – agora quem estava surpresa era Fernanda.

- Sim. Nos conhecemos.

- Por que você nunca me disse Celina?

- Eu não sabia que vocês eram namorados. – Celina conseguiu falar, quase cuspindo as palavras. Os olhares de surpresa era notados com facilidade por quem quisesse ver e o clima do nada havia ficado mais quente. Decepção era o que havia em cada um ali.

- Alguém me explica o que está acontecendo? – Rodrigo pediu.

- Eu também gostaria de saber. – Fernanda falou. Aquilo não era para ser tão constrangedor quanto estava sendo. Mas os olhares de Eduardo e Celina, um para o outro, entregavam muita coisa implícita. – Eduardo, você sabia que eu tinha uma amiga chamada Celina. Por que não me disse que a conhecia?

- Como eu poderia saber que era a mesma?

- Como? Celina não é um nome comum. Vocês... Vocês... Não... Aconteceu alguma coisa entre vocês? Já, já sim... – Fernanda estava incrédula. Agora sua mente criava cada coisa, que nem era verdade, mas que ela cria piamente.

- Fernanda, nunca houve... – Eduardo tentou falar, mas Fernanda deu um berro, que chamou a atenção de todos, mandando ele calar a boca.

- Nanda, é verdade. Nunca houve nada entre nós.

- Eu pensei que você fosse minha amiga. Nunca houve nada por falta de oportunidade, só pode.

- Querida...

- Não me chame assim. Está tudo acabado. – Fernanda falou e saiu correndo, porta afora. Celina fez menção de ir atrás dela, mas Eduardo a impediu e foi atrás dela.

Celina saiu dali aos prantos, sem poder imaginar como aquilo tinha acontecido. Como ela havia sido vítima de uma triste coincidência. E Fernanda, sua amiga... A amizade delas era boa, mas nunca mais seria. Elas nunca mais seriam amigas. Se ela pelo menos tivesse contado sobre Eduardo, Fernanda saberia que ele sempre a ignorou. Por palavras perdidas, elas nunca mais seriam amigas.

Celina soluçava, quando sentiu alguém por a mão em seu ombro e se sentar ao seu lado, no banco de frente para a praia.

- Ela não quis me ouvir. – Eduardo falou.

- Se eu tivesse contado a ela, que você nunca quis saber de mim...

- Espere. Ela foi exagerada. Ei, você gostava de mim? – ele perguntou, com evidente surpresa.

- Você não percebeu? – ela perguntou com ironia.

- Eu... Não.

- Tantas vezes eu tentei puxar assunto com você, mas você sempre me ignorou, sempre fingiu que eu não existia. Eu não gostava de você. Eu amo você. – Celina admitiu, com vergonha. Vários momentos de silêncio se seguiram após a confissão de Celina. Até que Eduardo falou.

- Eu quis te beijar desde o momento em que fomos apresentados naquela festa da biblioteca. Eu não consegui parar de pensar em você desde então. E eu sabia que estava errado, e por isso eu te evitei desde, hum, desde sempre. – com aquelas palavras, o coração de Celina quase pulou para fora de seu corpo. Então ela sentiu as lágrimas descendo e molhando suas bochechas. Ela não podia crer naquilo, ela esperou aquilo por tanto tempo, mas era tão lindas aquelas palavras e o olhar dele para ela.

Foi involuntário quando suas bocas foram chegando perto uma da outra. Mas Celina não o beijou. Apenas encostou os lábios nos de Eduardo. Ela sabia, que por mais que seu sonho estivesse se realizando, aquilo, do jeito que acontecera, não era certo. Com os lábios ainda colados, ela falou:

- Eu te amo Eduardo, mas as coisas não podem ser assim. Fernanda te ama e tenho certeza que você também a ama. Que o que está havendo aqui e agora é culpa de uma simples atração de sua parte. Não pode ser assim. – ela falou e se levantou, ainda chorando.

- Você não pode me deixar aqui.

- Nunca aconteceu e não vai ser agora. Vá procurar Fernanda. – Celina falou e saiu, sem olhar para trás, pois sabia que, se olhasse, não seria nunca mais capaz de ir embora novamente.

Os dias que se seguiram foram de tamanha depressão para Celina. A editora da revista, vendo-a triste, ofereceu uma vaga pra ela em outro país, onde ela poderia reconstruir sua vida e voltar a ser feliz. Ela aceitou sem pensar. Mas, por mais feliz que ela tenha voltado a estar, nunca teve um relacionamento, pois seu coração sempre pertenceria a Eduardo. Ele, por sua vez, convenceu Fernanda de que nada havia acontecido e eles acabaram se casando e tendo uma filha, na qual puseram o nome de Cecília.

Depois de doze anos fora, Celina voltou para seu país a fim de abrir a filial de sua revista. Ela fazia sucesso, mas sempre faltava algo em sua vida. Doze anos e ela sempre amou Eduardo e apenas a Eduardo.

Certo dia, voltou ao lugar onde ele havia confessado o interesse nela, e não podia esperar que, ninguém mais ninguém menos, pudesse ali estar, do que Eduardo. Ele estava sentado no banco deles, com uma criança ao lado.

- Quem diria... – ela falou, assustando-o.

- Celina?

- Em carne e osso. Olá menina.

- Ah, esta é Cecília, minha filha.

- Com Fernanda? Como ela vai? Sinto tanto a falta dela. – ela falou com sinceridade.

- Você não soube?

- O quê?

- Fernanda morreu há quatro anos. Câncer. Ela sentia muito a sua falta. Ela pediu que eu te contasse, mas eu não tive coragem de te procurar. E, quando o fiz, fiquei sabendo que você tinha viajado há tempos.

- Sinto muito. – ela falou com lágrimas nos olhos.

- Você é bonita. – Ciça falou.

- Você é mais. Eu vim aqui – falou a Eduardo – para pensar antes de voltar para a França. Eu queria um motivo, um sinal para...

- Para? – ele perguntou ansioso.

- Para ficar. – ela respondeu olhando nos olhos dele. Então não mais aguentou e saiu dali.

Eduardo ficou surpreso com a reação dela.

- Espere aqui Ciça, o pai já volta. – ele disse indo atrás da mulher que amava.

- Celina! Eu te amo. Eu tenho te amado por toda minha vida. Você é tudo para mim. Você queria um motivo. Fique, por mim. – ele falou. Celina ouviu aquelas palavras com paixão e chorou. Ela também o amava. Ela sempre o amaria. Eles se juntaram, e se beijaram ali, na frente de todos, num beijo apaixonado, que os esperava por anos incontáveis.

Eles saíram dali para jantar. Mas uma tragédia iria acontecer. Celina não viu quando um carro atravessou o sinal vermelho, bem na hora que ela estava atravessando a rua. O grito de Eduardo foi ensurdecedor e de um desespero incontrolável. Ele caiu aos pés dela, enquanto uma multidão se formava ao redor, ligando para a ambulância e parando o trânsito. Mas ele não podia fazer nada. Ela estava morta. E a única lembrança que ela deixara para ele fora daquele beijo apaixonado e querido que haviam dado instantes antes. Lembrança a qual, Eduardo carregaria até o dia de sua morte, quando finalmente poderia se juntar a sua amada. Mas ninguém pode dizer, que o que havia entre eles não era amor, amor verdadeiro, capaz de sobreviver aos anos e até mesmo à morte. O amor de Celina e Eduardo durou e foi verdadeiro.

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espero que gostem, por favor, não deixem de comentar ;))

Camilla T
Enviado por Camilla T em 12/01/2013
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