Sobre não querer sobreviver

Há muitas coisas para falar dele, mas talvez tudo o que há para falar não possa ser encoberto por esse sentimento de subversividade. Além do mais, sobreviver a esse ódio não me torna mais feliz, ou comum. Eu só não sei dizer o quanto os sentimentos se encaixam foram desses padrões de sentimento semi-confusões de alegri e dor. Eu fico me perguntando às vezes quando a gente sabe que é amor. Eu o vi descer do ônibus, e eu acho que já contei essa história algumas centanas de vezes, mas... Cada vez contade é um sentimento de confusão, como na fantasia que criei sobre suas características. Então ele desceu e sorriu. Antes nada era verdade, porque até então, tudo o que ele me disse era o que eu queria sentir. Ele veio com sua mala que parecia ter passado como uma herança de família. Suas mãos não aguentaram por muito tempo segurar aquele peso que ele dividia com o coração. Ele jogou a mala no chão e nós nos abraçamos tão forte, que eu não pude ter vergonha de ser egoísta com o mundo e não querer dividir aquele tempo só nosso.

Enquanto estávamos no carro, e Louis dirigia, eu não conseguia parar de olhá-lo. Algumas vezes ele se sentia envergonhado, mas o seu sorriso de menino-com-máscara-de-plástico me hipnotizava como uma beleza nostálgica. Então depois de um tempo, aquilo que você escreveu no Eu começo a ler todo aquele nosso começo. As coisas parecem estar normais dentro de mim. Você sorri um pouco, mas parece tão calmo. Eu seiq ue dentro de você não há deserto. Então ele apenas se vai. Sinto vontade de arrancar muita coisa dentro de mim, porque ser assim não me conforta. Eu digo que o amo.

Nós dizemos para algumas pessoas que o nosso mundo acaba quando estamos separados, e dizemos para nós mesmo que nosso mundo sem 'nós', não é um mundo que possamos existir. Então você e diz que precisa voltar. Você volta, mas agora não existe mais 'nós', apenas você. Sempre foi apenas você. Porque é dessa maneira que sempre o 'nós', vai funcionar. Sem mim. Você se torna vazio, mas me defende do medo. Me defende do mal, porque muitas pessoas querem me atacar, e eu não entendo por que esse mal está direcionado para mim. Eu só quero você e você diz que me ama. Então eu digo para todos que o 'nós' ainda existe, mas que é um fardo pesado demais para que eu possa carregar. Eu vou empurrando todas as minhas respostas, porque eu sempre fui sozinho, e você também, apesar de todos os caras que você sempre esteve porque precisava dizer para si mesmo que você sempre terá alguém com quem transar. Apesar de eu ter dado o meu lugar para você, ainda sim, você quer tomar o meu corpo. Eu começo a me sentir alguém familiar, alguém que você possa controlar, e você quer isso, você percebe e toda o controle do que é o amor. Nós estamos na casa dos meus pais, por que eles me amam. Não é algo como se fosse prioridade única a sua vida. Se não fosse a minha vida, a sua vida estaria longe de tudo o que eles planejaram. Então mais uma vez você se vai, mas eu vou contigo.

Problemas, sempre virão - Complicações, decepções, e os problemas.. Sempre virão. Você ainda estará lá, completamente desconsertado, mas lá. Porque viajar quinze horas, significam ficar quinze horas ao seu lado sem destino. Apenas seguindo e seguindo. Criando os problemas e deixando-os que se resolvam. Nós vimos todos os tipos de gramas, de pedras, de animais de fazenda, de bancos, de postos de conveniências. Mas ainda não vimos onde você queria chegar. Você passa duas horas vomitando no banheiro do ônibus. Sente enjoo por toda a viagem. Então chegamos em sua pacata cidade do interior onde quase toda população é possuída por germes. Desses germes que confundem homossexualidade e sinonimo de orgia-igualitária. E você toma posse disso. Você está junto deles. Toma seu lugar nessa nojeira. Você me confunde com sua mente e pede para que eu não vá. Será muito difícil encontrar outro babaca que depois que vocês transarem, não te ponha porta fora. Ou que diga que você precisa aguentar todo o pau dele dentro de você.

Então você está longe. Eu volto e me sinto calmo. Arrancaram parte das minhas pernas, dos meus braços, da minha mente. Eu venho apenas com o que me resta do corpo. Não há mais ar em meus pulmões. Eu apenas consituo pensando em como eu seria se ainda estivesse por ai. E eu apenas agora estou por ai, procurando um novo 'round', escutando o mesmo som. Você me deixou afogar no grande rio que seu pai pesca. Sua família se envergonha de você ter amado alguém que valhece apena, então ela pede para que eu te deixe. Seu pai cria o habito de dizer que você não presta e que eu devo me afastar se quiser ser feliz. Eu começo a criar respostas para coisas que por mim, passam em sua cabeça. Você sabe como se aproveitar. Você sabe que o sentimento que tenho por você passa por estágios maiores do que a palavra amor pode significar. Eu nunca vou te deixar, porque eu vou te amar para sempre. Longe de mim, fora de mim. Eu apenas vou te amar e continuar te amando por algum motivo que desconheço. Você quer tomar meu lugar. Jozie não se conforma o quanto você é perverso. O mundo costuma dizer que você é o tipo de criatura que nasceu de uma proposta do mal. Você começa a se tornar covarde por vários motivos. Eu tento compreender alguns porque sou egoísta. Eu sempre atribuo a culpa a você, porque sempre fui fraco demais.

Estou só, aqui. Se tornou um hábito estar frio quando não estamos juntos. Eu tomo meu lugar fora da existência e começo a engolir o tempo como se estivesse agonizando eternamente. Eu queria poder escrever coisas bonitas que te deixariam felizes, mas quando toco a caneta, tudo o que posso dizer é o quanto estou infeliz longe de você. Depois de alguns momentos, depois desses anos, algumas coisas pararam de fazer diferença. Queria poder dizer que quero me casar com você, e dizer que acredito em você, sempre. Mas você só está longe, sempre. Você me disse sobre nossa morte, mas a nossa morte é aqui e agora. eu seria covarde de dizer que você foi idiota e oportunista. Mas eu não... Eu só seria capaz de dizer isso se te odiasse. Não te odeio.

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 09/07/2012
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