Obstáculo um - Obstáculo dois e Fim do Obstáculo. (Traços de Rebeca)

... Acordo. Ainda estou só. Outro dia irá se passar e não comerei nada. Me sinto inútil. Estou vazia. Queria poder levantar da cama, mas é Domingo novamente. Sempre é Domingo. A cama ainda tem o cheiro de Julian. Tenho vontade de queimar a cama, queimar minhas roupas, meu corpo. Tudo ainda possui seu cheiro. OS vizinhos acham que estou ficando louca. A cada cinco minutos eu não me canso de gritar. Grito, grito por horas. Gostaria de te tirar do meu corpo, deixá-lo completamente sozinho. Odeio quando as pessoas comentam. Rachel me liga. Ela acha que é hora de começar a falar. Ela diz que no dia que você dormiu na casa de Cloudes, encontraram você se masturbando na varanda. Você estava se masturbando ao telefone com sua amante. Ela costuma se tocar quando ouve sua voz. Mais uma vez sinto nojo, você é nojento. Há dois dias atrás nós quase fizemos amor quando você disse que toda vez que me tocava se sentia excitado. Mas você estava drogado. Você sempre está drogado para dizer que me ama, para dizer coisas rudes, mas que sempre me fazer achar que você está dizendo que me ama. Você adormeceu sem as calças. Eu tirei o cabelo de sua testa suada, e mais uma vez te consolei. Te abracei, porque era isso que você queria. Então adormecido eu te vi dormir por horas. Mas então dois dias antes você se masturbava com sua nova amante. Você é nojento. Beijei sua testa enquanto você dormia. Você puxou minha nuca e pediu que fizéssemos amor, então você adormeceu. Drogado. Nojento. Você sempre será um porco. Um objeto suicida. Tenho pena dos seus pais, da sua vida, de você.

Não sinto ódio de você, sinto nojo. Você é ridículo e as pessoas nunca saberão. Todos admiram seus olhos verdes, seus cabelos loiros, sua pele branca e fina. Mas seu corpo é nojento. Dentro de você habitam vermes. É repugnante. Eu amei esses vermes. É domingo e ainda existem vermes dentro de você. É domingo e ainda estou na cama. Está anoitecendo, e ainda estou na cama. Logo tacarei fogo nessa cama. Vou deixar com cheiro de cinzas, porque isso será verdadeiro. Desço e preparo o chá. O chá sempre está lá. Sinto o cheiro do frango apodrecendo na geladeira, então pego todos os alimentos e jogo no lixo. O mesmo deveria ser assim contigo. Fácil. As pessoas me vêem. Me miram com olhares de espanto. Estou só, todos sabem. Querem me perguntar o que vou fazer, de onde vem os gritos, se estou só, se existe outra pessoa na minha vida. Me miram com olhar de espanto e interrogação. Gostaria de dizer que não estou só, e pouco me importaria se me chamassem de vagabunda. Julian nunca esteve errado. Finjo. Sempre finjo que não os vejo. Dou boa noite, então me retribuem. Querem me dizer algo, mas não possuem coragem. Antes de eu entrar vão mudar seus rosto, e eu vou mais uma vez fingir. Vou fingir que não vejo que sentem pena de mim. Não estou só, mas ninguém nunca vai entender isso. Rachel se preocupa comigo. Rachel, Bianca, Maraysa... Todos se preocupam comigo. Gostariam que eu saísse um pouco. Sinto minha testa quente, meus olhos cansando, sede, muita sede. Tenho febre e enjôo. Tenho ódio de doença. Logo saberia que estaria assim. Corro para o banheiro e ponho todo o chá para fora. Choro, vomito, choro. Limpo meus lábios que estão muito vermelhos. Vou até a sala e ligo a tevê. Aumento todo o volume, pois não quero que me escutem. Vomito mais um pouco, e paro de chorar. Não há motivos. Grito comigo mesma, porque sei que estou dramatizando as coisas. Meu corpo já se acostumou com isso, com essa ficção de se sentir solitária. Dramatizo então grito comigo mesma. Ninguém me ouve, a tevê está no último volume. Meus olhos estão inchados, minha boca vermelha. Não posso sentir sede, não quero essa sede. Ouço a campanhia. É Leonard, não posso abrir. Não quero falar com ninguém, ele sabe, mas insiste. Não quero abrir a porta. Ele desiste, sabe que preciso disso. Ele sobre pela escadaria de emergência. Está na janela, quer me matar, me vê caída na sala, chorando, gritando, querendo ficar sozinha. Me odeio por dramatizar. Peço que se vá, não quero ver ninguém, não quero que me vejam. Ele pergunta se estou bem. Digo que sim, que só quero ficar sozinha, ele diz que estou muito corada, que devo estar com febre. Digo que estava com a cara no forno, que preciso cozinhar, que receberei visitas. Ele pergunta novamente se estou bem. Estou bem, digo. Pede para entrar, digo que não, então ele se vai. Vou me deitar. Tomo analgésicos, porque estarei bem pela manhã. Preciso ficar sozinha para sempre. Me cubro e adormeço.

Acordo, mas não parece que dormi. Sinto meus ossos gritarem. Me calço e vou até o banheiro. Faço minhas necessidades, mas... Preciso de água, sinto sede. Estou envergonhada. Me sinto envenenada. Tenho vergonha de ser fraca. Sinto tanta vontade de morrer, mas não sei como fazer. Gostaria de poder arrancar todas essas dores. Mas não sei como o fazer. Estou fraca. Não posso comer sozinha. Meus ossos doem. Adormeço novamente.

Levanto duas horas depois. Preciso de mais analgésicos, não tenho mais cigarros, tenho sede. Preciso me levantar. Julian nunca virá. Não se importa, nunca se importará. Gostaria de morrer. Não sei ser forte. Visto o casaco, faz muito frio. Peço o elevador. Não consigo parar de chorar. Os vizinhos sentem pena de mim. Me sento, porque o térreo nunca chega. Limpo o rosto, prendo o cabelo, fico de pé. Não há ninguém no predito. Todos estão de contenção. Sentem pena de mim. Eu sinto pena de mim. Vou à farmácia do outro lado da rua e compro analgésicos. Depois volto e vou até a esquina e compro os cigarros. Não há sol, está muito frio e as nuvens estão o cobrindo. Compro dois maços, porque não quero nunca mais ter que descer. Encontro Maraysa Baldez na portaria, estava indo me ver. Diz que não tem noticias de mim. Ninguém nunca tem. Diz que estou queimando e que preciso de um banho, que preciso me alimentar. Insiste para que eu vá ver um médico. Sinto meus ossos cortando a pele. Vejo nos olhos dela que sente vontade de me abraçar e chorar junto de mim. Ela me protege, sempre quis me proteger. Diz que me ama, que Julian nunca deve voltar, que a inocência morreu, que não devo morrer junto dela. Sinto tanta saudades de Maraysa que choro quando ouço sua voz. Todos nos olham então ela me leva até meu apartamento, senta ao meu lado e me implora para que eu vá ver um médico. Não pode me dar de comer, porque não sabe se estou mentido. Não como há três dias. Ela tem medo. Tem medo pensando que como uma vez ao dia. É preciso mentir. Diz que isso tudo é desnecessário. Digo que não estou fazendo nada, que estou bem, que não penso em Julian. Digo que nada do que está acontecendo tem a ver com ele, que sua própria existência não paira na minha. Não há mais Julian dentro desse apartamento. Maraysa sabe disso. Pede repetidamente para que eu vá ver um médico. Digo que não preciso, que já me sinto melhor. É apenas uma virose. Pede para que eu vá passar uns dias em sua casa. Pergunto se Leonard foi procurá-la. Não nega. Sinto a cólera me subir o rosto de duas formas: Quando fico sabendo que Leonard a foi procurar para dar parte de mim, e quando é pronunciado o nome de Julian. Maraysa nunca me dirá que Diane encontrou com Julian na ultima noite, que o vira feliz, que estava bebendo, que não se importava mais comigo. Ela espera, mas posso ver essa noticia em seus olhos. Peço para que nunca mais pronuncie o nome de Julian. Ela não insiste, sabe que estou a beira de uma morte. Ela o culpará por toda a vida. Ela me ama. Sei que me ama, porque insiste em dizer isso para me ver bem. Maraysa quer cuidar de mim. Não posso pedir que não o faça. Me sinto melhor por ela ter vindo, por ter visto um rosto saudável de amor, de alguém que me ame. Ela diz que ficará até que o médico chegue, e depois, e depois, e depois mais um tempo. Eu a amo então choro porque sei que me ama também. Maraysa me agasalha adequadamente, e Poe um pano úmido na minha testa. Acordo. É terça-feira. Maraysa não está aqui. Vou até a sala, e procuro-a. Não está. Os ossos não cortam mais minha pele, estou ligeiramente bem. Melhor do que estava. Ninguém sabe dizer o motivo. Vou até a cozinha e descasco uma laranja, corto sua metade e começo a sugar seu suco. Tomo uma xícara de café. Não há ninguém. Sento na poltrona e miro a porta por vezes, esperando Maraysa entrar. Não entra. Sinto fome. É um bom sinal.

Tenho sido uma péssima pessoa, reconheço. Está bastante frio e eu não deveria ter saído do apartamento, mas preciso ver as ruas, os carros. Peguei um casaco grosso, onde o vento não penetra, e não me faz mal. Compro alguns legumes e verduras. Penso que se estar só é uma ótima hora para se começar uma dieta, e por outro lado, é uma comida rápida e boa para se fazer e comer só. Em nenhum momento Julian passa com intensidade em minha cabeça. Não me sinto infeliz. Assim ele não existe. Penso em visitar algumas pessoas, mas desisto. Não quero recomeçar uma guerra. Penso que talvez Maraysa volte hoje, que tenha resolvido algum problema em seu curso de cinema. Estou feliz, hoje.

Obstáculo dois, quando a violência se vai.

Ouço a porta. Vou até a sala, ninguém entra, nunca entrará ninguém, nunca. Ninguém nunca entrará, ninguém que não seja Maraysa. Vou até a sala em passos lentos. Receio. Julian entra. Seu rosto diz que precisa de mim, que está ferido. Peço que se vá, que nunca retorne. Fecho os olhos. Nunca mais poderei vê-lo. Não quero jamais o ver novamente. Sofro. Ele diz que consegui o que queria e me agradece pelo presente. Não entendo. Morro aos poucos, não quero abrir os olhos. Ele rir. Não acho graça. Ele diz que está infeliz. Que nunca precisou de mim, que nunca o deixarei ser Feliz com outra pessoa. Digo que está louco. Não compreendo. Grito para que se vá. Quero arrancar sua cara com minhas mãos, quero o beijar. Grito para que vá. Peço para que nunca mais retorne. Não quero vê-lo. Se ficar por mais alguns segundo sinto que vou desabar. Ele grita que está infeliz, que nunca será feliz, que não o deixo ser feliz. Não compreendo. Penso que se ele não for vou desabar. Não quero chorar, não quero suplicar. Não quero que fique, mas se ele não for suplicarei para que fique. Se ele se for morrerei. Não! Grito, peço para que se vá. O trabalho está feito. Ele sorri. Sorri novamente. Está sempre sorrindo. Vê meu desespero. Meu desespero o diverti. Quero morrer. Ele se vai e peço para que nunca volte. Todos o olham, vêem dentro de suas mentes. Todos querem o matar. Retenho o choro. Esqueceu de dizer as palavras certas. Nunca dirá. Julian fazia parte de minha ficção. Quero o destruir. Me sinto consumida de destruição. Olho pela janela e ele está do outro lado da rua. Grito para que vá. Grito com toda a minha força. Sinto o gosto do sangue na garganta. Todos sentem pena de mim. Não quero que volte. Quero que morra. Algumas lágrimas não foram retidas. Grito e choro. Do outro lado da rua ele sorri, apenas sorri, retomou sua felicidade. Estou crua. Jogo suas roupas pelas janelas. Tudo se quebra. Deixo de ser civilizada. Quero me atirar pela janela. Quero suportar tudo isso, então grito. Mas as lágrimas continuam caindo. Grito. Grito para sempre. As pernas tremem. Ele deixa a porta aberta. Há muita gente no corredor. Todo meu corpo treme. Todos querem o matar. Me olham. Tremo. Não mais grito. Não consigo mais reter o choro. Tremo e choro. Não consigo mais gritar. Uma senhora do segundo andar entra no apartamento, fecha a porta e me segura, me aperta, diz que não há necessidades. Uma segunda senhora diz que para a primeira senhora que ela não me conhece, que não conhece Julian, que precisa ser preso, ser internado. Tenho vergonha. Tenho medo. Quero que volte. A segunda senhora me apanha um copo de água. A primeira senhora me segura com muita força, me abraça. Sinto seu corpo me segurar. Tremo se quase estivesse morrendo. Todos sabem que vejo meu pior pesadelo. Nunca terei quarenta anos. Penso que preciso me mudar, ou comprar um cachorro. Não consigo mais gritar. Mais tarde a primeira senhora comentará que estou doente, que preciso de tratamento, que meu emocional é desestruturado. E logo alguém me virá dizer isso. Do outro lado da porta todos me vêem. Com a porta fechada ouço os olhos das pessoas passarem pela matéria. Querem saber. Querem riem. Vão dizer que estou louca. A primeira senhora pede para que eu vá ver minha família. A segunda senhora pede para que ela se cale. Acho que são irmãs. Não consigo pensar. Bebo a água com gosto de sangue. Não consigo falar, porque penso que deveria ter matado Julian. A segunda senhora mais tarde comentará que o viu subir já sorridente na portaria, e que se soubesse do que se tratava nunca o teria deixado subir. Todos sempre pensam na minha felicidade. Peço que se vá às duas. Insisto em estar bem. Quero me banhar. Não querem me deixar só até que alguém chegue. A segunda senhora pergunta que horas Maraysa virá. Digo que não sei, que já deve estar para chegar. Digo que Maraysa nunca me deixará só. Não compreendo o que aconteceu. Elas se vão. Tranco a porta e empurro o sofá. Limpo o rosto. Entro no chuveiro: Lavo os cabelos, as mãos, os pés. Torno a chorar. Soluço. Pego o roupão. Está frio. Frio o bastante para alguém querer arrancar sua própria pele. Vou até o quarto. Há roupas pela sala, por todo o quarto. Roupas minhas, de Julian... Roupas que não conheço, que já deveria ter me desfeito. Não consigo dizer uma se quer palavra.

Estou sentada na poltrona. O aquecedor queimou, mas não me importo com o frio. Por alguns momentos retomo o soluço, mas depois me contenho. Fico apreensiva quando ouça a porta. É Maraysa. Está sem fôlego. Me pede perdão. Não sinto nada. Digo que não se preocupe. Ela quer falar sobre o assunto. A detenho. Digo que estou com fome, que quero comer macarrão. Ela rir. Tento forçar um sorriso. Meus olhos estão inchados. Então o mundo se esvai e tudo se recomeça enganar na minha mente. Começo a acreditar que Julian apenas existe dentro da minha cabeça, realmente nunca existirá. Não parte de um fruto.

Me sinto mais forte durante um tempo. Penso em me mudar, ter certeza que nunca o verei novamente. Meu coração está morto. Nada feito. Não preciso mais de Maraysa, a amo. Começo querer distante tudo o que amo.

Fim dos obstáculos, e como o ar se torna natural.

Estou preparada para sai, porque sei que encontrarei Julian. Não há fardos. Hoje recebi seu bilhete. Sei que vai jogar. Não terei medo. Queria poder dizer que não o amo, mas não o farei. Direi quando me perguntar, que estou bem. Que tudo sempre esteve bem. Não, não direi. Direi apenas que estou bem. Não descerei de escada, irei de elevador, porque ele precisa saber que estou bem. Não o direi. Hesito. Estou bem. Vou de encontro ao carro, não levo nada em mãos. Não estou de vestido. Não está frio. Dirijo. A garagem se abre e há muitas pessoas nas ruas. Sorrio um pouco, porque aparento estar bem, do contrário não iria encontrar Julian. Fiquei de encontrá-lo alguns quilômetros. Penso em desistir. Tenho a sensação de que devo estar cometendo um erro. Penso que preciso de minhas coisas que estão com ele. Ele me dirá muitas coisas. Dirá que se arrepende, que se precipita. Que não me ama, mas que quer estar comigo. Sempre soube como me torturar. Talvez eu hesite, mas no fim sentirei medo de perdê-lo. Começo a pensar que não devo ir. Dentro de mim não o amo mais, mas nunca saberá. Tenho medo de perdê-lo. Compreendo. O Sorriso da moça que dirige se desfaz. Nunca terei quarenta anos. Vou vagar como um verme. Nunca estarei sozinha. Tenho novamente a sensação de que deveria voltar e não ir de encontro a ele. O sorriso se desfaz. Ele compreenderá e me procurará. Preciso não estar mais decidida. Me rendo. Me renderei. Começo a compreender que não sou forte o bastante. Estaciono. De longe Julian sorri com sua aparência suja. Hesito em descer. Sinto enjôo.

Não quero sorrir. Não sorrirei. Aprendi com minha mãe desde muito moça que devemos viver aparentemente felizes, porque o mundo não tem culpa de nossa infelicidade. Não sou infeliz. Não o cumprimento. Sou infeliz. Começo a me sentir distante enquanto Julian argumenta. Sinto vontade de correr quando digo que o amo. Maquinalmente, disse: “Eu te amo com todas as forças”. Estou completa de minha derrota. Sou fraca. Não choro. Não faço perguntas. Ele não retribui que me ama. Sou fraca o bastante para não hesitar nas palavras. Ele se sente seguro para jogar. Sou fácil de ser vencida, ele sabe. Novamente a sensação corre dentro de mim. Sinto vontade de arrancar meu rosto. Estou maquilada. Sinto vontade de organizar minhas feições. O sangue me sobe a face. Ele nunca dirá que me ama, nem nunca me amará. Compreendo a infelicidade de minha mãe. Ela nunca me protegerá. Julian diz que sou forte o bastante para amá-lo, diz que não o mereço, pede para que nos resguardemos. Digo que preciso permanecer só. Diz que gosta de mim, ou compreendo em suas palavras isso. Me sinto confusa por não saber interpretá-lo. Sinto que sou cruel comigo mesma. Me envergonho de dizer qualquer coisa, porque falaria por meus sentimentos. Tenho desejo de jamais o vê-lo novamente. Por alguns momentos estou sendo usada novamente. Tudo no mundo se torna confuso, porque não sei em que ponto estou. Ele pede para que possamos reatar. Digo mais uma vez que o amo e que voltaria sim, se ele fizesse por mim o que por ele faria. Ele diz que apenas o tempo poderá me provar e fazê-lo me amar. Não me ama, nunca me amará. Penso que devo desistir. Estou certa. Junto às pernas quando me olha, tenho vontade de passar a mão no rosto. Peço para que seja criativo. Tenho vontade de correr. Nunca mais gritarei. Estou confusa. Ele sorri e pede para que eu não conte a ninguém que estamos juntos. Penso que não estamos juntos, que devo correr, permanecer só. Pede para que eu compreenda que um dia me amará, que nos casaremos, que teremos o plano de nossa filha. Compreendo.

Estou só...

Yuri Santos
Enviado por Yuri Santos em 17/05/2012
Código do texto: T3671971
Classificação de conteúdo: seguro