O ESPINHO
E logo ali...
estava ele de cabeça baixa a rabiscar o chão com um espinho de uma rosa,
me aproximei.
Peguntei o porque da tristeza
Ele me falou de sua dor
da perda de um amor
Calada fiquei...
Falou-me dela como se falasse de uma rosa
meiga, suave e bela.
Perguntei o porque de estar ali
E ele me respondeu que seu amor acabara de ir embora
vi ao lado um lindo buquê de rosas vermelhas-algo que sempre desejei-
e perguntei-lhe sobre as rosas, me disse tristonho que eram para ela, mas ela se recusou a levar e até mesmo receber.
Vi uma pequena lágrima lutando para cair dos seus olhos, quando ele levou as mãos ao rosto.
Me coloquei em sua frente e falei que o amor é assim mesmo e que as vezes nos apaixonamos por pessoas que não estão preparadas para viver esse sentimento, mas que se abrirmos nossos olhos poderemos vê que a felicidade pode estar na nossa frente.
Ele se levantou olhou em meus olhos e disse... que dessa felicidade, desse amor ele só conhecia os espinhos e que o mar de rosas que os apaixonados tanto falam ele não conhecia, que sua vida sempre foi dor, que ninguém nunca lhe amou de verdade, e que ele mesmo não sabia nada sobre este sentimento.
Pegou o espinho que havia caido no chão e colocou em minha mão e disse mais uma vez que de espinhos estava cansado e foi embora.
Sentei-me onde ele estava, olhei mais uma vez para as rosas e fiquei horas a pensar...
De repente alguém se aproxima e me pergunta o que eu tinha,
Respondi que apenas um lindo espinho deixado pelo meu amor.