Palavras em silêncio e mais uma melodia para surdos.

Essa é uma história que poucos contam...

É a historia de uma menina ilusória, romantica de olhos francos, ingenua e um pouco apressada. e de um menino real, monótono e enganado. existira em algum momento, em algum espaço do tempo. Faz parte dessa historia sentimentos inexplicaveis ,pessoas imprecionantes e momentos marcantes. Se foram vividos por ela ou por ele , ninguem sabe, ela apostou na ilusao ele na realidade.

E por muito tempo ela grita: VEM COMIGO! Várias vezes ela chama... Me acompanhe! Mais uma vez ela fala... o que há muito já falara, mais adiante balbucia quase que calando-se e ninguém responde. Ela então se cala... Tempos depois:

-Eu ouvia você! Ainda ouço.

-Que pena! Disse ela . O que outroa eu gritava, hoje prefiro balbuciar em baixo tom. A música que outrora eu cantara não encanta mais como antes, a melodia é outra. Tanto se passou e agora muito mais que gritar, eu sei cantar, eu sei dançar e também ouvir em silencio, As vezes até silenciar.

- O que mudou?

- Pague pra ver!

- você é provocante, desafiadora. Encanta, espanta e envolve

-Vamos! Não tenha medo! Mas lhe adianto, você também pode não gostar, aliás, no desejo intenso existe algo de desdém por si próprio ou por outrem. Serei superficial, como você, se desejar, não quero cantar para ouvidos mocos. A ilusão nunca lhe caiu bem, ela te amedronta, ela te desloca de um extremo a outro muito rápido e você não sabe se deixar levar, você se segura e perde o controle e então você corre de si mesmo como um demonio corre da cruz. É dificil! Concordo. Mas ainda mais difícil é ser tão monótono.

- Você é pura ilusão menina!

- Ilusões... o que não é uma ilusão? O que digo é uma ilusão?

- Sim.

- Evidente que sim, óbvio que não. Você não sabe ouvir, ouça o que eu não digo. Ilusões são reais, sua fuga é só mais uma ilusão e essa é a pior que conheço. Foi feita pra quem gosta de segurança, mas também não garante nada, típico das ilusões.

-Eu já acreditei um dia, fui ao paraiso e em seguida ao inferno do qual não mais saí. Ao menos me da algo de linear, esse inferno de realidade! Me salva!

Ela sustenta no pensamento um sorriso quase sarcastico, ela sabe... O medo! Sempre o medo! Medo e desejo vivem num romance astral enfemero e eterno. O medo de não saber distinguir.

Ele a indaga:

- É real ou mais uma ilusão?

- É realidade, mas dessas que não machucam.

Ele quase toca a ilusão e ela quase toca a realidade. Se confundem.

Vanessa Missena (psicopoetisaa)
Enviado por Vanessa Missena (psicopoetisaa) em 15/11/2010
Reeditado em 08/08/2011
Código do texto: T2617088
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