Apenas medo.

Eram dois, ele e ela, um casal aparentemente normal, com sua vida pacata ou não, vivendo entre beijos e tapas, as vezes mais beijos outras mais tapas... no inicio sorriam muito, a paixão era exarcebada, desejos a flor da pele como quaisquer duas pessoas apaixonadas, com direitos a sonhos, grandes ilusões e poesias... Num belo ou não, lindo dia... Aconteceu, suponho que, o que eles mais temiam...

Ela...

Ela apareceu, de onde e quando menos se esperava, com gestos suaves e meigos, olhar fixo e sedutor, lábios rosados como amoras silvestres, cabelos longos, olhos cor de avelã, fitaram-se por instantes, algum tipo de comunicação não verbal. As palavras refletiam um tipo de comunicação inferior nesse instante. No principio era o desejo, posteriormente ... Ah! Era algo a qual não me arrisco conceituar, engaiolar em palavras. Compara-se à uma sensação plena, absurda, utópica e maravilhosamente ilusória, elas carregavam a maior e melhor cota de ilusão já existente, dois seres que se compreendiam simultaneamente, reciprocidade extrema, duas mulheres compartilhando amor, as mulheres sabem amar como ninguém, a mulher no amor é bárbara, ama melhor que o mais romantico dos homens, sabem distiguir quantidade de qualidade. Era tudo que ela precisava, era tudo que ela esperava... era tudo que ela temia, a perfeição se anuciava.

- Era isso! Era isso que eu queria. E quando eu não tiver mais, vou suportar perder tamanha felicidade? – o medo é traiçoeiro, quer dizer, a vida é cruel, não deixa que acreditemos no infinito, a vida é mortal e nos amedronta – Isntalou-se o medo e a tendência ao escapismo.

- Ela se foi... mas porque? (nunca lhe passaria pela cabeça que tivesse sido por medo)

E então ela se foi antes mesmo que a deixassem e foi apenas por medo, medo da perfeição.

Vanessa Missena (psicopoetisaa)
Enviado por Vanessa Missena (psicopoetisaa) em 12/11/2010
Reeditado em 22/11/2010
Código do texto: T2610812
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