A Mulher

Não posso compreender todas as teorias da vida. Elas são complexas demais. Não posso me ater à simetria do rosto, ao formato dos lábios, à surpreendente fisionomia do corpo de uma mulher.

Às vezes me vêm algumas teorias que conseguem explanar o porquê da formosura feminina, caída em seda, aos tópicos e pontos cardeais. Elas são seres mitológicos, contudo.

E não é apenas a beleza que me surpreende numa mulher, mas o seu engenho regado a mistérios e descerramentos. Uma mulher consegue apreender dados matemáticos e aqueles inclinados à medicina, pois curam qualquer moléstia baseando-se no princípio da afetuosidade.

Não há seres mais ditosos em toda a Terra. Elas lutaram pelos direitos feminis, elas venceram a imperfeição máscula, elas engendraram o homem!

À luz da minha intelectualidade, dos festivais e regressos, eis a mulher: faceira, astuta e companheira. Elas fingem menos argutas a fim de preservar a masculinidade; “entretanto são elas o pai de tudo”.

A figura feminina me surpreende também pela docilidade dos formatos ímpares. Elas foram moldadas por mérito da astúcia e bom apreço, a base de Afrodite.

Não vale questioná-las em relação à primazia: amam porque se sentem bem amadas, sorriam por se sentirem felizes, choram para derramar as afetuosas lágrimas que um dia hão de me fazer refletir.

Uma mulher vale por mil homens, à luz do caráter e da finura.

Diria mais se pudesse, mas é hora de me dispersar em desejos memoráveis que me vêm. Mas fica-lhe o seguinte poema:

A mulher,

Do ventre o homem

para que seja consolado,

para que seja enamorado.

Da beleza que trazes

dos encantos, afazeres

Reinarás para sempre

E de sempre serás

MULHER.