A CHUVA DA ALMA

Essa foi a minha participação na Belíssima Ciranda A Chuva d'Alma, da grande poetisa Célia Matos.

A chuva que chora, na noite escura,

é minha procura, do sonho perdido.

Levado ao vento, se foi sem alento,

sem qualquer ternura, mas nunca esquecido.

A chuva que invade, com força e vontade...

contínua, teimosa, sentida, chorosa,

é pura saudade.

A chuva que escorre do olhar vazio,

na lágrima morre, se esconde do frio.

A lágrima quente, a chuva gelada,

a alma carente, na visão nublada.

O gelo da chuva, que molha a alma,

no choro insistente, não vai se acalmar.

Então brota o novo, vem de algum lugar,

um sonho, um renovo, que teima em voltar.

Talvez seja a chuva, que veio na noite,

no vento de açoite, cortante e tão frio,

que refaz todo brio, pra alma sonhar!

Dete Acioli
Enviado por Dete Acioli em 12/05/2009
Reeditado em 12/05/2009
Código do texto: T1590577
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