As aventuras de Zé bebinho - Humor
As aventuras de Zé bebinho
Os marimbondos do discovery channel
Zé bebinho foi passar uns tempos no sitio de seu amigo Renato pé de cana
em Taiaçupeba. Renato era taiçupebaiano legitimo, da gema. Foram eles
pescar na represa de Taiaçupeba. Renato disse:
“ Zé eu vi num documentário do discovery que o mel silvestre é mais
gostoso que o mel de abelha, pinga com mel é muito bom...”
Zé bebinho: “ Pé de cana, tem Discovery Channel aqui em Taiaçupeba?
aqui só pega Globo e SBT...”
Renato: “ eu assisti uma reprise de 1972 nas internet, aqui tem internet via
radio”
eles então partiram pelas selvas de Taiaçupeba a procura do mel silvestre.
Encontram um grande colmeia de marimbondos, pensaram : “ deve ser o
mel silvestre, mel de marimbondo”
derrubaram a colmeia e levaram tanta ferroada, Renato ascendeu o cigarro
do capeta caipira e a fumaça espantou os bichos. Pegaram o mel dos
marimbondos e foram beber pinga com mel.
Os marimbondos saíram pelas rua do bairro dando picadura em todo
mundo. Alguns gostavam outros não. Outros eram alérgicos a picadura.
Picada de marimbondo dói muito. Depois os marimbondos foram construir
sua casa numa torre de alta tensão assim ninguém ia mexer com eles.
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Os amigos de Zé bebinho, Renato pé de cana e Pangaré andavam
montados a cavalo pela vila. As vezes iam de carroça. A lei fala de beber e
não dirigir. A lei não fala de andar de cavalo bêbado. Iam eles para
Guararema, Salesópolis, Biritiba mirim, Biritiba Ussu, Manoel Ferreira
atrás do melhor alambique da região. As vezes paravam a carroça para Zé
bebinho profetizar e dar consultas espirituais.
As vezes iam a igreja para a missa. Deixavam o cavalo em frente a matriz.
O cavalo colocava seu grande pinto para fora e urinava e ficava forte
cheiro de urina em frente a igreja. Alguns homens tem inveja dos cavalos.
Era uma blasfêmia ver tão grande pinto de cavalo mijão.
Foi Deus que criou o cavalo e seu pênis, mas gente que se veste em capa
de religião é tudo falsa, fingida e censuram os órgãos sexuais como se não
fizessem parte do corpo humano ou dos animais. A melhor religião,
“aquela da boa” é dinheiro no bolso. O resto é conversa de desocupado.
As vezes o cavalo defecava e fica um cheiro de bosta de cavalo. O padre
não gostava. Zé bebinho sempre trazia uma garrafa de vinho para o padre.
Padre: “ Zé bebinho deixe seu cavalo longe daqui, fica um odor de urina
de cavalo aqui. obrigado pelo vinho, só não é santo por causa do vicio da
bebida”
Zé bebinho dormia na missa. Era bom homem ele. Dava ofertas segundo
costume.
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O romance de Zé bebinho
Zé bebinho como bom cristão conheceu ele Doida velha na igreja.
Ela era esquizofrênica e tinha outros distúrbios mentais, tomava diazepan e
gardenal. Solteira. Andava sempre de preto devido a viuvez de seu ultimo
marido falecido há mais de vinte anos.
Zé bebinho e doida velha andavam de charrete passeando. Iam ao cinema
no shopping center. Iam na praia de Bertioga, desciam a serra do mar.
Gostavam de ir para Guararema e Salesópolis e também Biritiba Mirim.
Quando ela esquecia de tomar os remédios ficava doidona e profetizava.
Mais dois profetas na lista da hagiografia.
Os amigos do Zé bebinho ficavam com ciúmes porque agora ele não tinha
mais tempo de pescar na represa. Só andava ele com a doida velha.
Quando fazia amor relinchava ele como um cavalo selvagem. Zé bebinho
estava mudando seu comportamento. Estava ele agora trabalhando no sitio
do amigo Renato Pé de cana. Pilotava tratores embriagado. Tudo ocorria
bem.
Doida velha tinha suas tremedeiras, tipicas de doentes mentais, suas crises
de depressão, ansiedade e ataques de raiva. Ouvia as vozes e profetizava.
Era um belo casal. Um tinha a cara inchada, a outra tinha as tremedeiras de
doido. Passado um tempo Doida velha teve um surto e ficou pelada na
praça da cidade mostrando os peitos caídos. Dizem que não se depilava.
Pensava ela ser santa. Internaram a doida velha no hospício que ficava
longe dali, para os lados de Caieiras. Só familiares podiam vê-la.
Zé bebinho ficou triste e deixou de beber, porque bebum quando deixe de
beber é porque está doente. Seu romance com Doida Velha terminara. Era
o casal mais bonito da cidade. Eles andavam para lá e para cá em cima de
uma carroça felizes e apaixonados. Casal de profetas.
Os amigos de Zé bebinho foram consolá-lo. Passando um tempo seu
coração foi cicatrizando. O amor dói, machuca, mas é gostoso e safado.
Com o tempo Zé bebinho já estava no bar jogando bilhar e comendo
fígado de galinha frito e tomando conhaque. Voltou a ser o bom e velho
Zé bebinho de sempre.
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Zé bebinho ganha na loteria
Zé bebinho apostou na loteria e ganhou. Estava rico. Podia ele beber as
bebidas de todo o mundo. Experimentar diferentes tipos de bebida
alcoólica. Zé bebinho era trabalhador decidiu abrir uma cachaçaria no
bairro das oliveiras. Chamava-se “ água que passarinho não bebe” e tinha
o retrato de um sabiá na porta.
A cachaçaria do Zé bebinho se tornou famosa na cidade, na região, no
Brasil, no continente, no hemisfério, no mundo, no planeta e na galáxia.
Cachaça artesanal produzida em alambique. Apesar de rico, Zé bebinho
continuava ir na represa pescar com seus amigos Renato pé de cana e
Pangaré.
Bebidas alcoólicas no Brasil pagam muitos impostos. Zé bebinho não
concordavam com a receita federal.
Zé bebinho gastava muito andando de jet-ski em Bertioga. Gastava ele
com cavalos de raça. Bebidas e vinhos importados. Verdade que Zé
bebinho ajudou muita gente pobre da cidade. Pagou faculdade de medicina
para muito pobre que não tinha o que comer. Pagou tratamento de saúde
para muito gente. Investiu na educação dos mais pobres, na saúde dos mais
sofridos. O hospital da cidade foi Zé bebinho que mandou fazer. Ergueram
um estatua de bronze na entrada da cidade do Zé Bebinho com a cara
inchada e segurando um garrafa em uma das mãos.
Zé bebinho não era bom de contabilidade e seus gastos superavam os
ganhos. Voltou ele a mesma vida de pobreza e coma alcoólico.
Está Zé bebinho entre os profetas? Deveria ser ele canonizado. Tem a cara
inchada mas tem bom coração.
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De como conheci Zé Bebinho.
Foi durante uma pescaria. Estava eu na represa de Taiaçupeba quando vi
os três bebinhos pescando. Fui pedir lhes um pouco de água.
“ Boa tarde, teriam um pouco de água para me dar?” perguntei aos
cavalheiros.
Renato Pé de cana: “ você quer água mineral, água ardente ou da água que
o passarinho não bebe?
Respondi: “ quero água mesmo, sem álcool”
me deram um botija com água e enchi minha garrafinha.
Zé Bebinho: “ o amigo, cavalheiro bebe?”
foi ai que vi que o homem falava arrastado e um bafo forte de cachaceiro.
Respondi: “ as vezes bebo, socialmente” não sei quem inventou este
negócio de beber socialmente.
Zé bebinho: “ temos algumas garrafas de cachaça de alambique, cachaça
da boa, experimente um pouquinho, não me faça essa desfeita”
Bebi um gole. A cachaça era boa. Me deram fígado frito de galinha. Peixe frito.
Bebi outro gole. Outro gole. Duas garrafas.
Cheguei em casa bêbado como uma puta. Minha mulher sentiu o bafo de
cachaça. “ casei com homem para ser cachaceiro não” disse ela coma cara
de brava. Eu falei que a culpa é dos outros, foi um tal de Zé bebinho.
É sempre mais fácil colocar a culpa nos outros.
Minha mulher me bateu. Fui espancado por uma mulher. Fui dormir com o
cachorro. O cachorro não aguentou o bafo de cachaça e foi dormir na
grama. Acordei todo mijado. Fui na delegacia do homem que de acordo
com a lei João da penha, homem que é espancado pela mulher tem direito
a proteção da lei. O delegado me viu todo urinado com bafo de pinga.
E me disse que mulher nenhuma aguenta bafo de cachaceiro. “ sabe o que
é dormir com homem com bafo de cachaça? Dá licença vai tomar banho,
tomar café e escovar os dentes.
Foi assim que conheci o Zé bebinho.