OS CAÇADORES DE TESOURO



CAÇADORES DE TESOURO

Meu avô paterno foi um grande líder no seu tempo. Autodidata em conhecimentos gerais gostava de encontrar respostas para os fatos imprevisíveis, como por exemplo; as fantasia e lendas, legadas pela tradição histórica, que permeava o imaginário popular provocando a cobiça e sonhos de enriquecimento fácil. Os lendários tesouros enterrados por ancestrais nas remotas épocas dos coronéis e barões do café, ou até mesmo pelos silvícolas, que foram os verdadeiros donos desta terra de Santa Cruz.
Certa ocasião em que ele, meu avô residia à Rua Floriano Peixoto, esquina com a Rua Vigário Nicolau em Bom Despacho, ao perfurar uma vala na construção de um muro, o servente do pedreiro responsável pelo trabalho, deparou-se com um objeto estranho enterrado. Ao perceberem que se tratava de uma pequena panela de barro,removeram-na cuidadosamente intacta. No seu conteúdo misturado com a terra uma porção de moedas de réis, do tempo da pataca. Pataca se tratava de certo numero de moedas de réis. Alguem o enterrou, talvez tivesse um grande valor na remota época que a enterram, mas vai se souber. O autor dessa façanha deve ter esquecido ou até mesmo falecido o tempo passou e seu valor monetário perdeu a validade. Servindo apenas como objeto de museu. Nem sei que destino tomou esse tesouro do vovô. Lembro-me apenas que tinha moeda de cem até um mil réis.
Esse achado foi um prato cheio a ele. Como analista filosófico. Afirmando que assim nascem as lendas. O autor confidenciava seu segredo com um amigo, esse sigilosamente passava a outro e tempos depois la estava um aventureiro emburacando a terra a caça do tesouro. Mas no seu caso seria melhor guardá-lo em silencio. Se tornasse publico logo alguém diria:
--Soube da ultima, um velho encontrou um tesouro no quintal de sua residência no centro da cidade. Outro passava à frente afirmando ser ela, uma panela cheia de moedas de ouro. Pouco tempo depois colocavam esmeraldas e até diamantes numa panela gigantesca. Mas o melhor que tenho a fazer é calar o bico. Senão daqui a pouco um mau fasêjo arromba minha casa tentando me roubar! Ponderou meu avô.

OS: (Imagem do Gppglo)


 
Geraldinho do Engenho
Enviado por Geraldinho do Engenho em 17/03/2021
Reeditado em 17/03/2021
Código do texto: T7208983
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