O Sebo meio ginete

Me criei na campanha domando cavalos e correndo carreira e laçava a campo fora e sei o quê é um corcove de um cavalo e ė difícil ficar em cima, eu tenho um primo que era metido a campeiro e ginete e sempre balaquiava que ele muntava em qualquer cavalo e cagava a laço e eu dizia a ele cara não è bem assim tu nunca muntou num cavalo que corcoveia. O dia que tu montar tu vai ver o que é um corcove de cavalo. Um belo dia ele aparece lá na minha casa e disse peguei uma égua mora para domar, eu disse a ele tu tá louco cara ainda mais mora. Não da nada monto e cago a pau.Disse eu: tá bem. Conversamos um pouco e ele pediu para amadrinhar para ele, no outro dia cedo encilhou a égua e eu fui amadrinhar num cavalo rosilho que eu tinha um baita cavalo, mas meio caborteiro. Ele montou, saímos eu peguei no cabresto e se fomos estrada afora chegamos na entrada num campo de uma fazenda ele disse vamos entrar aí que eu vou passar o laço nesta égua eu peguei entreguei o cabresto para ele e seguimos a trotesito eu do lado dele no crusar uma taipa tinha um toco queimado e esta mora se assustou e baixou o toso com ele eu atropelei o rosilho para agarrar a egua e o rosilho quis velhaquear e gritei para ele: Te agarra Paisano já no segundo corcove ele amoleceu o corpo e no terreiro ficou nas orelhas e no quarto já estava dentro da água porque o campo estava alagado. A mora foi velhaqueando vargedo a fora com os arreios e ele estirado na água, eu atrás da égua e agarrei pelo cabresto e trouxe a égua e disse: Mas tu não era ginete como caiu? Disse ele nãoo é que eu estou com uma perna delorida e não pode me afirmar muito nos arreios mas segura para mim que eu vou montar de novo e cabo a pau, e levemos a égua para beira de um açude e passei o cabresto na chincha do meu cavalo e saimos por a beira do açude e disse a ele passa o laço e ele entrou a égua baixou o toso e atirou ele dentro da água quase afogou-se ,eu disse a ele: Vamos embora que está égua ainda vai te matar. Fomos embora e ele entregou a égua para o dono e nunca mais quis domar.

Pedro Adiles
Enviado por Pedro Adiles em 02/02/2018
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