Um gato chamado Félix.

Um gato chamado Félix.

Félix era como foi dado o nome aquele lindo gato cinza, seus olhos amarelados e que na noite assustava os incautos.

Muito carinho e no canto do sofá era o seu lugar favorito, não perdia um jogo de futebol, fã do Galvão Bueno. Mau gosto.

Sua dona levantava tarde, dez horas era uma madrugada ele sentia fome e miava embaixo da janela dela.

Dona Margareth o trazia preso dentro da casa, mas qualquer descuido saia e o passeio noturno já não ligavam mais.

Podia ser noite de luz cheia ou chuvosa ele tinha já um hábito formado ficava malocado na casa quase enfrente a sua.

Um canteiro onde florescia uma soca de antúrio vermelha e branca era o seu lugar noturno preferido, pensava na chegada da manhã.

Quando o dia amanhecia os pássaros vinham procurar migalhas e canjiquinha que o senhor Afonso tinha como diversão jogar enfrente ao portão da garagem.

Havia uma linda amendoeira e o safado do Felix quando não estava na espreita na moita de antúrios subia e ficava de tocaia no galho mais baixo e cheio de folhas.

Não media esforço e o seu bote era certeiro, afinal se não caçar o que será de sua vida, ração comprada é muito ruim, dura e seca.Era um casal de mão fechada e comprava M.B. sua marca preferida, "mais barata"

Um belo dia de verão o senhor Afonso estando indisposto não levantou cedo para o alimento jogar e o Félix percebeu que as rolinhas haviam debandado para outro lugar.

Ficou desolado havia naquele dia havia recusado o prato de ração contando com o bote certeiro. Triste ficou.

Qual o jeito? Voltou para a casa da Dona Margareth e embaixo da janela começou a miar desesperado.

O seu miado era escutado a muitos metros e o incomodo despertou uma ira no vizinho da direita da casa onde ele morava.

Era um senhor de uma grande pança e não gostava de animal. A confusão ficou formada esse senhor gordo pegou um tijolo e lançou na direção do Félix e acertando em cheio o bichano veio á óbito.

A dona Margareth e o senhor Afonso indignados ficaram e para a Delegacia foram para resolver a pendenga.

Lá chegando estava de plantão o Delegado Hidelbrando Sarmento, pai do Severino do Ramos. Grande jogador de futebol de várzea.

Tudo foi explicado e nada mais poderia ter sido feito senão um pedido de desculpas e uma promessa, por parte do matador da aquisição de outro bichano.

Ele sabia de um lugar que doavam animais e se comprometeu a conseguir um e pedidos de mil desculpas, estava com uma enxaqueca naquela manhã e arrependido dizia a toda hora que aquilo não deveria nunca ter acontecido. Chegou a chorar baixinho.

Assim foi encerrada a pendenga e a lição que fora dada pelo s.r. Delegado Hidelbrando Sarmento que nunca se deve maltratar um animal por mais incomodo que possa parecer. São irracionais, bradou o doutor delegado.

Salve os protetores de animais desgarrados e abandonados por gente que não tem um bom coração.

Que sirva de lição para os que não tem paciência com os animais.

Prof Erik Saramago
Enviado por Prof Erik Saramago em 14/06/2017
Código do texto: T6027617
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