Vingança

Foi há muito tempo, eu era ainda jovem não tinha responsabilidade e no fogo da idade foi assim que aconteceu.

Era alta madrugada, eu voltava pra casa depois de um rolê. Tinha tomado todas e algumas mais. Quando ouvi um grito. Caronaaaa! Olhei e espantei-me com um tremendo mulherão. Parei imediatamente, fiquei logo contente com boas intenções. A mulher cambaleava se desequilibrava, eu vi que ela estava mais bêbada que um gambá. Ainda quis ir embora, ela pediu por Nossa Senhora pra mim não lhe deixar. Quando ela entrou no carro e começou logo a chorar. Eu pensei... Agora lascou o que eu fui arrumar. Ela disse eu quero beber e ficar com você até você me abusar. Eu perguntei o que estava acontecendo, ela foi logo respondendo que não era da minha conta e que estava pronta para o que der e o que vier. Fiquei preocupado com aquela confusão. Mas bêbado não tem juízo e quando olhei aquela mulher, pensei com meu umbigo... Seja o que Deus quiser. Nisso vai passando um vendedor ambulante voltando de um comício. Ela perguntou tem cerveja? Ele disse tem. Ela disse traga duas. Tentou pagar mais não consegui abrir a bolsa. Eu pensei; esta pior que eu. Paguei. Fomos brindar, não conseguimos acertar um na lata do outro, acertamos foi na cara. Ela se acabou de sorrir e disse... Tu tá é bêbado porra! E eu falei... E tu também! Mas com a boca conseguimos acertar e começamos a cerveja tomar. Ela foi relaxando e desabafou... Que seu namorado lhe traiu e se vingar dele ela jurou. Que eu era o sortudo que eu fizesse tudo com ela o que ele com a outra fez. Estacionei o carro em um lugar escuro e pelos menos o principal agente fez. Depois ela me agradeceu não perguntou meu nome e nem me disse o seu. Desceu do carro e foi embora e nem me disse adeus!

José Paraguassú
Enviado por José Paraguassú em 03/09/2016
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