OS TRÊS MENINOS

Eram três meninos, três colegas inseparáveis, moravam no mesmo bairro, eram vizinhos e, quando não estavam na casa de um, estavam na casa de outro e ate mesmo no caminho da escolinha do bairro, iam sempre juntos, os três meninos.

Num final de ano, um dos três teve a felicidade de ganhar de sua madrinha, uma bola de presente de natal, não era um bola oficial, era penas uma colorida bola de plástico mas que veio trazer novo alento as brincadeiras de final de tarde, quando sempre se reuniam para jogar bola que até então eram feitas de meias velhas, mas agora se tornou mais gostoso o esporte, pois tinham uma bola.

Tudo corria bem, mas a alegria durou pouco, certo dia, jogando no campinho improvisado no pequeno espaço do pasto dos animais, um deles chutou a bola com força e que foi se chocar exatamente contra uma farpa pontiaguda do arame farpado que cercava o pequeno espaço e não deu outra, a bola furou e o esporte acabou em uma grande discussão.

Os três meninos começaram acusar um ao outro por tamanho desleixo e a briga se tornou sério, indo cada um para sua casa, jurando por Deus do Céu, que não mais perdoariam um ao outro, nem mesmo inicio o ano letivo e a volta as aulas foi suficiente para voltarem a amizade, nada de um conversar com o outro, iam na escola cada um por um caminho e lá, ate que formavam, cada um o seu reduzido circulo de amizade, mas no retorno e no dia a dia era só solidão, cada um em sua casa, jogando sozinho e sem graça, a sua bolinha de meia, mas nada de fazerem a paz.

Desta forma o ano passou pois o tempo não para e já estava aproximando a época do natal novamente, eis que um deles fica doente e a noticia se espalha pelo bairro que a sua saúde ia de mal a pior, neste momento os outros dois, movidos por um estranho sentimento que não sabiam explicar, mesmo sem combinar nada, foram visitar o colega enfermo, e este foi o santo remédio, o menino recuperou a saúde, pois sua doença nada mais era que solidão.

Mesmo com a pequena idade que tinham, perceberam então que não valia a pena brigar por um coisa tão insignificante, diante da beleza da vida e assim, reataram a amizade, e fizeram o trato de não mais haver contendas entre eles, cresceram juntos e mesmo depois de adulto, quando cada um seguiu o seu caminho, a amizade permaneceu forte entre eles.

Maciel de Lima
Enviado por Maciel de Lima em 02/06/2016
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