Não me reconheceram!

oram muitos anos de espera, ansiedade aumentava gradativamente com a aproximação dos dias, aonde poderia rever meus amigos e, familiares depois de tanto tempo. Muitas vezes pensei com meus botões, tomará que nada venha atrapalhar nesta data. Na véspera aquela noite foi longa, pode-se dizer que pela ansiedade instalada foram fatiadas em inúmeras frações de horas, insônias predominou na companhia dos meus lençóis. Enfim o dia chegou, mas antes quero deixar bem explicado como as imagens do subconsciente emitiam suas mensagens, vejam só: O pé de mangueira, o curral, a casa natal, claro os meus pais, meus irmãos, amigos(a), e por uma força da ingênua lembranças o tempo tinha aderido o comando pausa total. Volto à realidade, na rodoviária começo deparar com as mudanças, o guichê de outrora não exitam mais, fico procurando e nada, sou orientado pelos taxitas, que por aquelas bandas não à linha de ônibus, caso queira podiam me levar. Assim fiz, afinal recordar é viver. Pasmo no trajeto começa cair por terra os sonhos, no ponto final levei um choque, quando o motorista mostrou aquela casinha de madeira, ao lado do canavial, mora filho do antigo proprietário, hoje boia-fria, afinal as usinas comprou essas terras faz muito tempo. Não demostrando espanto, pedi que me esperasse, passei por baixo da cerca de arrame, caminhando no pasto no fim da ladeira, bati palma, uma, duas vezes, quando já ia saindo, a porta abre, um senhor numa cadeira de roda faz a honra da casa dizendo: Meu filho quem és tudo, a diabete me deixou sem visão. Falei com vos rouca: Sou mascate amigo!!!! Chorando retornei.

Jova
Enviado por Jova em 21/08/2015
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