Dizem que foi remorso!

Quem passa por aquela estrada, cheio de curvas e poeirenta, no topo da colina no lado esquerdo, pode vê uma casinha de madeira, pintada de branco, suas telhas apesar de serem vermelhas, tem uma coloração escura, consequência do acumulo sazonal. Ali mora um casal de idoso, já que seu filho, mora na capital, saiu muito novo de casa pra estudar, e por lá ficou, esquecendo dos pais. Dona Filomena, apesar de ter uma aparência de ser muito enérgica e sistemática, é um amor de pessoa, seu marido o Marcão, dizem que agora não, mas uns anos atrás, na chegada da mudança, ainda era sertão, este se fazia ajudar seja quem fosse. Apesar de possuírem um sítio de dez alqueires, vivem da aposentadoria, porque depois do acontecido somente o ganho vinha dos braços de Filomena, esta plantava poucas coisas, lavava roupa por fora, e costurava. Tudo teve início, quando estavam casados a três anos, e tinham dois filhos pequenos, sendo que o caçula completava seis meses de idade. Como naquela região nos meses de janeiro, chovia muito por aquela banda, mas nesse dia a chuva se fazia intermitente, Marcos e Filomena, levou o filho de dois anos, no roçado, deixando o bebe na casa, dormindo no berço, tendo como companhia o maido, este um cachorro de estimação, Marcos disse para esposa, fique tranquila, de onde estamos dá pra ouvi quando o júnior acordar. Quase meio dia e nada de choro, os pais começam ficar preocupados. O Marcos mostrando tranquilidade, foi ver o que se passava, andes de chegar na casa, foi recepcionado pelo cachorro, todo feliz abanando o rabo mas a boca toda suja de sangue, a visão de Marcos ficou turva com os nervos na flor da pele, pegando um pedaço de pau, mirou bem no meio da cabeça só ouviu um gemido, e o cão caído em sua frente. Respirou fundo entrando na casa trêmula correu no quarto, viu a cena, estarreceu ao ver o garoto brincando com as duas mãozinha, e a onça-pintada morta do lado.

Jova
Enviado por Jova em 07/08/2015
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