AS AVENTURAS DOS CALANGOS DO CERRADO EM PORTUGAL

A nova Trip, Beto (o Pequeno Coyote), Marcinho (o Boca de Óleo) e Lygia (a Pequena Charmosa), se jogaram em uma emocionante aventura em terras portuguesas. Tudo começou quando o grupo se reuniu no Aeroporto de Guarulhos - São Paulo. Coyote, Boca e Charmosa, queriam levar o maior número possível de pranchas, pra surfar nas temíveis ondas geladas de Cascais. Acontece que a Ibéria, cobra o valor de 60 dólares por prancha, mais 120 dólares por prancha excedente. Conclusão !!! Se o Coyote levasse 2 pranchas teria de pagar o equivalente a R$ 540,00 pratas. O mesmo aconteceria com Boca e Charmosa. E pra economizar dinheiro, a Trip resolveu levar apenas uma prancha pra cada um. O voo partiu de São Paulo rumo a Madri, capital da Espanha. Boca estava apreensivo, pois achava que poderia ser deportado ao pisar em solo espanhol, por ter apenas passaporte brasileiro. Já o Coyote e a Charmosa estavam tranquilos, pois possuem passaporte da Comunidade Européia. Ele, pela origem portuguesa e ela, pela origem italiana. Porém, ao chegarem a Madri, tudo transcorreu bem. Tanto para os decendentes europeus, como para o afrodescendente. Depois de algumas horas, partiram num voo rumo à terra de Camões. Chegaram em Lisboa pela manhã. Ao passar na imigração portuguesa, novamente o Boca ficou apreensivo. Mas tudo correu bem. Segundo ele, não lhe deram nem bom dia. Passou imperceptível aos olhos da alfândega. A Charmosa também não teve problemas. Já o Coyote, quis tirar uma onda de lusitano, e fez uma gracinha com uma "moçoila" ao passar pela imigração, ansioso pra encontrar o amigo Luciano. Só que aquela "rapariga" era uma policial da alfândega e deu-lhe um "pito" (uma reprimenda), pelo seu atrevimento. Ai ele disse: "Oh, raios ... raios que te partam !!!..." Não se pode nem brincar. E saiu cantando uma modinha que aprendeu da sua avó Adelina. "Meninas vamos ao vira, ai que o vira é coisa boa !!! ... E todos caíram na gargalhada. Foi então que o amigo Luciano, radicado em Portugal, apareceu para lavá-los pra Cascais. Beto, Marcinho e Lygia, ficaram fascinados ao percorrem o caminho que os levava à região do Estoril. Onde nos velhos tempos, o piloto Airton Sena, tinha uma casa no local e participava das corridas de "fórmula um". Velhos tempos , belos dias !!! - Depois de percorrerem uns 30 kms, chegaram a um hostel pertencente à Fundação "O Século", de frente para a praia de São Pedro, em Cascais. - Quando os "Calangos" viram as excelentes instalações da hospedagem, ficaram alegres como crianças no jardim de infância. Como estavam com muita fome, colocaram as bagagens no quarto e partiram pra cima de um prato de sopa como entrada e depois se jogaram sobre um prato de peixe com batatas e legumes. Só se ouvia o "ronc ronc" dos dentes, ao mastigar as cenouras, as batatas e o peixe. Pareciam 3 coelhos

esfomeados. Terminado o almoço, correram para a praia, pra sentir o gosto das ondas geladas das terras de Camões. "E se mais mundo houvera lá chegará". Depois de 3 horas de surf, foram pro hostel descansar. E o Beto, feliz como uma criança que ganhou um pirulito, começou a cantar uma outra modinha da sua avó portuguesa. "Fui à fonte pra te ver ... olarê !!! E ao rio pra te falar !!! Canta canta cachopita, que a cantar ficarás mais bonita !!! ..." - E a turma caiu na gargalhada de novo, e depois foram dormir. E como dizia o poeta português Fernando Pessoa. "Navegar é preciso; viver não é preciso." E que naveguem nas ondas do surf pelo mundo afora. Com a graça de Deus. Amém !!!

Beto Art, Márcio Costa e Lygia Carolina Calvet.

Aurélio Enes Patrão
Enviado por Aurélio Enes Patrão em 18/05/2015
Reeditado em 18/05/2015
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