Nem sempre tem volta!

Ainda faltam algumas léguas! Desci do meu alazão, sentindo o frescor da sombra daquele arbusto enorme sentei ao lado do velho andarilho que sozinho ali estava, este parecia ter não mais que sessenta anos, apesar da sua aparência ser contestar pelo meu julgamento, logo que aproximei ele queria saber de onde vinha e meu paradeiro, mas antes que eu respondesse foi me dizendo: Seu moço! Eu conheço esta redondeza como a palma de minhas mãos, quando jovem eu era disputado pelas predas da colônia, minha saúde era de “ferro”, piões das fazendas vizinhas não gostavam de medir força comigo, o tempo passou e aqui estou não formei família, ninguém quer ser padrão de um ancião já cansado, não preparei pra velhice, vivo de um lado pra outro, andando sem rumo e pedindo ajuda pra sobreviver, esta traia do saco é que me resta, notei seus olhos marejados fixando algo imaginário no horizonte, sai mançamente sem ser notado, puxando meu cavalo no estradão, o sol á pino fazia muito calor, abafado e sem ventilação me pus á pensar: Esta jornada pode ser cruel, tudo vai depender do que eu “plantar”.

Jova
Enviado por Jova em 08/08/2013
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