No trem da vida...

Seria como uma viagem de trem? De repente estou ali parada, passam às estações, pessoas se acomodam ao meu derredor – o que devo fazer? Conviver. Convivências. A vida é feita de mudanças, de adaptações, de conhecimento, sonhos. Maturação.

Nossa vida não é resumo, que se limita. Ou você assume que tudo são experiências, e que tudo há um valor, ou você poderá não resistir e ficar ali, em alguma daquelas estações em que o trem passar. Nossa viagem começa logo quando abrimos os olhos e chegamos então à vida. Absorvo coisas, vejo coisas, apreendemos algumas. Ás vezes vistas como necessárias, outras até postas a nós. E então aprendemos que existem valores a serem respeitados, são estabelecidos. Alguns acatados por nós mesmo; até que chega o momento em que haverá estações em que me sentirei sozinha – que há respostas a serem dadas por mim, e que só por mim serão válidas, porque são decisões, escolhas.

Mas, como um trilho que parece sempre infinito, tudo é finito. A vida pelo menos. No entanto, nela conhecemos coisas que são verdadeiramente infinitos: o amor? Sim, o amor. Ele que nos da a certeza de que se o conhecemos podemos tudo. Mesmo que uma estação brilhe para nós e nos chame para ficar ali e não continuarmos. Poderemos resistir se o temos.

Contudo, há algo bom nestas estações. As chances que elas nos da de conhecer pessoas. Talvez anjos, por assim dizer. Seja qual for o momento, sejam quais forem as diferenças entre nós. As estações nos mostram pessoas que podem até brilhar e nos da algum brilho encantador, ou até mesmo nos mostrar o brilho que temos. E então viveremos momentos inesquecíveis e insubstituíveis com cada um destes. E guardaremos em nossa mala tudo isso. Porque quando aprendemos nesta convivência veremos que ao passar de cada estação, se vai um pouco de mim nestas pessoas, e ficará um pouco delas comigo.

Pois a estação nos vem lembrar que o “pra sempre”, sempre acaba. E então seguiremos com mais determinação ainda, em busca de mais tesouros por este trem da vida.

Elisângela Feitosa
Enviado por Elisângela Feitosa em 29/01/2013
Reeditado em 29/01/2013
Código do texto: T4111702
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