Sotaques.

Devido nossas misturas de raças,cada estado tem suas tradições, costumes e pronúncias su generis, acompanhados de sotaques característico de acordo com a região. Adoro sotaque nordestino, o carioca, e o sulista.

Fiz esse preâmbulo para contar uma história hilária. Nos anos 40 e 50 passear ou morar no Rio de Janeiro, seria como ir a passeio ou morar em Londres, Paris ou Nova Yorq como nos dias de hoje .Uma senhora do vilarejo em que morei, tinha uma irmã que morava no Rio. Aconteceu que essa senhora precisou de um sério tratamento de saúde, o vilarejo não tinha recursos médicos, o jeito foi ir pra casa da irmã na Cidade Maravilhosa. Ficou por lá mais de um ano. Ao regressar a terrinha era outra mulher, vistosa, maquiada, cabelo arrumado, trajada na moda, seria nos dias de hoje uma gatona. Era um domingo. Muita gente no vilarejo por causa da santa missa, que era uma vez por mês . Ela causou curiosidade como se fosse uma celebridade e não deixou por menos, caprichou no carioquês. Ao passar por um bode “naquele tempo animais ficavam soltos na rua” pergunta para o marido:- o Xé Barboxa, qui bixo é exe? Ao entrar em uma venda indaga:- tem paxta Sêo Coxta? Sô Costa era um cara muito franco e não aguentou a frescura exibicionista da mulher metida a besta, respondeu: - tem boxta mulher bexta! Foram motivo de muitas piadas e risos no vilarejo por muito tempo.

Lair Estanislau Alves.