Qual a moral da história ?

Para Refletir...

Certa feita, como toda noite de quarta feira, terminava o culto de uma determinada igreja no centro da cidade. Os fieis se dirigiam até a saída do templo, e entre uma despedida e outra, o pastor cumprimentava educadamente a todos. Com o pensamento elevado a Deus, todas as pessoas que professavam aquela fé retornavam ao lar cheios de esperança e de boa vontade, agradecidos pelo louvor que haviam erguido naquela noite.

Quando poucas pessoas restavam a se despedir, eis que surge cabisbaixa uma mulher de roupas puídas, vestimenta remendada, a costura saltava à vista. A postura era a de uma pessoa triste e descrente, abandonada à sorte, parecia morar na rua.

Dirigindo-se até a entrada da igreja, a mulher tocou de leve o braço de distinta senhora que parecia integrante daquela congregação. Assustada com a aparência desgastada da mulher, de súbito, a elegante senhora que deixava o culto preveniu-se, e não pode disfarçar a preocupação com a sorte de seus pertences. Recompondo-se do susto, perguntou, desconfiadamente, a mulher bem vestida:

- O que deseja a senhora?

E a desafortunada respondeu:

- Eu preciso de ajuda, estou com fome e...

Antes que terminasse o seu apelo, a elegante senhora a interrompeu, e disse:

- Minha senhora eu não posso ajudar-lhe, o dinheiro que trago comigo destina-se ao dízimo da igreja, que por sinal já está atrasado, aguardo o pastor para entregar-lhe o dízimo do mês que não honrei.

Compreensiva e sem pretender incomodar, a humilde senhora dirigiu-se então ao pastor.

Ao ser abordado pela senhora desafortunada, o pastor gesticulou que ela aguardasse até que ele cumprimentasse o ultimo congregante.

Por fim, quando o ultimo fiel deixava a igreja, o pastor virou-se para sua interpelante e disse,

- Em que te posso ser útil mulher?

A Senhorinha já tremendo de frio respondeu:

- Querido pastor, o senhor é um homem de Deus, e confiado por Deus para reger o seu rebanho. Venho pedir-te qualquer tipo de ajuda, pois estou numa situação difícil, eu moro ...

O pastor também a interrompeu. E compadecido da situação daquela senhora disse:

- Minha filha vou lhe ajudar não se preocupe, só lamento por que nesse instante conto apenas com o dízimo dos fieis, e essa importância destina-se à igreja de Deus.

A humilde senhora baixou a cabeça como que perdendo as esperanças. Nesse momento o pastor acrescentou:

Não fique triste, esta noite mesmo vou orar por você, retorne no culto de amanhã à noite, e veremos como Deus lhe ajudará.

Embora abatida, a senhorinha sentiu-se mais esperançada , e sem pretender tomar mais o tempo do pastor, agradeceu-o e desceu rua a baixo.

Na noite seguinte, a senhora humilde regressou àquela igreja, desta vez, o culto estava por começar.

O pastor chegou bem cedo, e fitando-a na porta da igreja, notou que a sua compadecida já o aguardava, desta vez, com aparência mais asseada.

Após cumprimentar alguns fiéis, o pastor dirigiu-se àquela senhora e disse:

- Tu me pediu ajuda, eu orei por ti! Falei com alguns irmãos a teu respeito, tentaremos reunir alguns donativos para teu caso, preciso saber ...

Antes que o pastor terminasse, a senhorinha o interrompeu e deu-lhe um abraço forte, explicando que Deus havia atendido às orações do pastor, e já havia providenciado toda a ajuda que precisava. Sem entender muito, o pastor indagou:

- Mesmo ?! Deus seja louvado, e posso saber quem teve a bondade?

A senhorinha não chegou a responder a pergunta, logo foi interrompida pelo Pastor, que decidiu:

- Já sei, você dará seu testemunho a toda a minha assembleia hoje no final do culto. Terá a honra de testemunhar o poder da oração minha filha!

A senhorinha ficou tímida, mas grata pelas orações que o pastor lhe fizera, aceitou sem vacilar o convite de seu benfeitor.

Após muito louvor e adoração, chegou o culto ao seu término, e conforme já combinado com a senhorinha, o pastor então a convidou a tomar a palavra frente à assembleia:

Muito acanhada, as primeiras palavras de agradecimento saíram com muita dificuldade, mas as restantes seguiram-se assim:

- Amados irmãos, o pastor orou por mim, e Deus ouviu as suas preces.

- Voltei pra casa contente por que o senhor pastor prometeu ontem que iria orar à Deus por mim, pois bem, eu precisava de ajuda, suas orações foram muito bem atendidas! Estou muito feliz! É que recentemente fiquei viúva, estou desempregada, tenho três filhos pequenos que ontem estavam ha dois dias sem comer, já não sabia o que fazer!, os piores pensamentos ja rondavam minha cabeça... moro num bairro pobre muito afastado daqui, e orientada por um amigo protestante ontem, eu resolvi procurar esta igreja, porém, quando cheguei, o culto já estava terminado.

Já emocionada, a Senhora prosseguiu:

- Hoje pela manhã, como que enviado pelas orações que recebi, um modesto senhor grisalho bateu minha porta, e perguntando se alí havia algum filho de Deus precisando de ajuda, expliquei-lhe as minhas aflições. Após ouvir-me carinhosamente, o bondoso senhor proferiu uma suave oração, deixando-me uma sexta básica com a qual pude alimentar meus filhos durante o dia de hoje, e que proverá nosso sustento até o final do mês.

- Deus seja louvado! Disse o pastor!

- Jamais duvide da capacidade e da grandeza de Deus, minha filha!. A oração tem poder, e Deus age, misteriosamente, através dela!

Toda a assembleia extasiada começava a aplaudir e gritar Aleluia! Aleluia!

O pastor então perguntou quem seria o irmão benfeitor que lhe socorreu sem demora naquele momento. Respondeu a senhorinha ainda emocionada!

- Ao certo não sei dizer, ele apenas agradeceu-me pela oportunidade de poder me ajudar. E eu emocionada, vendo o sorriso de meus rebentos, longe imaginei que Deus me ampararia tão rápido e ainda na porta da minha casa!

Um irmão obreiro então perguntou de onde seria o filho de Deus que lhe trouxe aquele oportuno auxílio. Ao que a senhorinha respondeu:

-Bom, a unica coisa que sei é que, a caminho culto, hoje eu o vi novamente, ele caminhava pela rua com um livro nas mãos, notei que fazia por outros lares o mesmo que fez pelo meu. No rosto, ainda carregava a mesma feição leve e desinteressada, fazia-se sereno na pessoa e na presença, vestia-se de forma simples! usava uma camisa em que estava escrito: “Centro Espírita Amor e Caridade”...

Moral da história com vocês...

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Fraterno abraço!

Glauco Medeiros
Enviado por Glauco Medeiros em 07/09/2012
Reeditado em 06/02/2013
Código do texto: T3870130
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