Judisclênio

Passos lerdos, sombra de árvores secas, terra rachada, sedento... Calor, isso, tava muito calor e nem sequer uma nuvem que me servisse de sombra, porque tudo oque se via era apenas aquele céu sem algodão cheio de um azul cego e uma estrela tão quente, que para fritar a minha pele nem precisou de um pouquinho de óleo. Bem, foi mais ou menos assim o calor inesquecível.

Estava só, caminhando aos poucos passos sem um ritmo que me desse pressa, porque também com tamanho calor não era de se esperar que eu corresse. Mas mesmo andando a passos lerdos, a terra seca parecia o presságio de um novo Saara, e o meu bronzeamento longe de ser artificial, legitimavam a minha expectativa. As ruas do centro se encontravam completamente vazias. Todos se escondiam do sol tostante, mas com juras de amor eu me encontrava ali, sendo o único a caminhar sob sua luz radiante.

Cheguei a caminhar por quase uma hora e meia até chegar à primeira sombra dessa misteriosa cidade. Foi exatamente numa praça que eu fui encontrar o abrigo de que precisava. Com o decorrer do tempo a gente acaba percebendo que somos feitos mais de água do que qualquer outra substância presente em nosso corpo. Por fim, quando parei para sentar, eu era uma queda d’água com uma nascente longe de secar sua fonte. Nunca me vi assim, tão alagado. Se eu fosse uma cidade, os meus habitantes iriam estranhar uma enchente em pleno sol de rachar. Tudo bem que a terra sua, mas de maneira mais inteligente, porque se o oceano evapora para levar água até as nuvens e depois chover, o meu caso suava um pouco diferente. Enquanto eu, um ser desprovido de nuvens, me senti assim, completamente evaporado, os poros do meu corpo liquefez a ebulição solar e eu me transformei nisso, um ser chovendo em si mesmo.

Sentei-me num banco sombrio às duas horas da tarde, meus olhos de tão claro que era o dia, naquela sombra se fez escuridão. Fiquei esperando uns cinco minutos para mais, até que restabelecesse uns dez por cento da minha visão e eu voltasse com aquele nosso capricho do enxergar. Quando as coisas foram pegando foco, as formas eram mais espantosas que a minha quase insolação, e agora eu já não preferiria tanto assim o tal do capricho. Esfreguei os dedos aos olhos para confirmar a realidade, como se isso realmente ajudasse, oque em vez disso fez-se maior o embaçar das minhas vistas e de novo esperei por mais alguns minutos.

Passado o tempo necessário a realidade me transpôs um quadro surreal do lugar em que me encontrava. Meu primeiro susto foi o travesseiro em meu colo, tampando a única coisa que me fazia diferente àquela situação.

Primeiro, eu estava pelado dos pés a cabeça, e agora mais desesperado do que nunca, porque além de exposto em praça pública como se fosse um recém nascido, o pior de tudo é que eu não era, senão o problema não haveria. Somente o travesseiro em meu colo fazia o papel da censura. Mas isso tudo ainda é o de menos. Primeiro veio pra perto de mim uma turma de meninos totalmente dispostos a me tomarem o travesseiro qualquer que fosse o custo, tanto é que eu mais que de pressa fui obrigado a lhes convencerem do contrário através do suborno. A nossa sociedade é tão capitalista que a garotada sem pensar duas vezes, se venderam por algumas moedinhas que eu trazia ali, em troca de Ter sido por eles arruinado. Existem coisas na vida que o dinheiro realmente não compra e essa pra mim seria uma delas, se não fosse eu o nu com a mão no bolso, eu teria feito daquela figura a minha maior curtição. Enfim, comprei-os.

Como ainda estou no começo da minha situação, os meninos sumiram e junto com o sumiço deles a aparição de todos os outros que de longe me observavam. Eram tantos dedos que me apontavam, tantas eram as gargalhadas, tudo era tão expressivo que a minha alma se escondeu em algum canto do meu ser, e eu fiquei ali, sozinho, sem saber oque fazer ou dizer naquele monólogo.

A sensação fez de mim um abandonado, como se na minha nudez houvesse o estágio zero do ser humano, aquele ao qual não suportamos senão no banho ou no sexo. Nu, era esse o meu estado. Sem referência a zombaria fez de mim o mais intrigante dos seres. As risadas cada vez mais altas transformavam-se em burburinhos vindos de todos os lados, leste, oeste, norte, sul e a minha bússola longe de estar orientada fez dessa criatura a mais perdida. Meus olhos não queriam enxergar ninguém parava de me olhar e agora eu já não cabia em mim mesmo. Ouvia-se perto, e também de longe chegavam os comentários;

— Vejam só aquele cara pelado, parece uma rã se banhando ao sol !

— Ele tá parecendo um abduzido largado no banco da praça, ou será que ele é um et?

— kakakakaka kakakkha a khakakha kakha kakhkaa ª...

— Não! Pra mim ele deve ser alguém que perdeu a cabeça...

— Não, ele não perdeu a cabeça, pois vejam que por mais que ele esconda, a única coisa evidente que ele perdeu foi o juízo.

Uma senhora já em idade avançada e uma pele enrugada que flagrava lá os seus noventa anos, passou por perto e disse:

— Descarado, onde vai chegar esse nosso mundo. Sem vergonha, imundo, bicho desgraçado, parece mais é com o tinhoso... Saravá meu pai...

Ela atravessou a praça e antes que me perdesse de vista lhe rebentou o ar uma rabugenta cusparada acertando-me a carne despida.

Eram duas horas da tarde e quatorze minutos de tortura. Não sabia que dia era aquele e talvez já não lembrasse mais quem eu era. O cuspe da velha era tão gosmento que mais parecia a evasão de uma náusea...

Fora da praça a notícia se espalhava pelas ruas, bares, calçadas, bairros e sem exagero às cidades vizinhas. Os telefones não cessavam com a notícia, a cidade pequena era mais veloz que qualquer jornal via Internet e em pouco tempo a cobertura completa da matéria na região estava praticamente encerrada. Com isso a praça foi aumentando o movimento de curiosos e o nosso amigo já sem saber oque fazer continuava na sombra de sua pequena árvore. Como toda cidade pequena tende a ser tediosa e nunca acontece nada que faça do lugar um palco para entreter as suas criaturas, o nosso anfitrião seria imortalizado nesse espetáculo. O comércio local logo se movimentou pelos cantos da praça e tudo estava entrando em clima de festa. Como era Domingo, esqueçam a polícia. Mal se via nos dias da semana. Carros estacionavam nas ruas que cercavam a praça, o som tão alto quanto as gargalhadas, tudo se misturava num tom sarcástico de euforia. As belas, as velhas, as feias, as netas, as morenas, os imbecis, os artistas, os play boys, os loucos, os sábios, os velhos, os pirralhos, não havia distinção, todos se divertiam. Em uma cidadezinha que tem como o centro de seus acontecimentos uma praça apenas, novidade não seria se eu dissesse que em sua maioria as pessoas vivem a procurar na desgraça do outro os motivos de sua existência. Eis ai, o presente dos céus que todos por ele aclamaram; um desgraçado. Este acontecimento renderia assunto para não somente um ano, mas sim uma eternidade. As gerações iriam sobrepor uma a outra e a estória sobreviveria na imaginação daqueles que por nada nesse mundo deixariam a novela acabar e etcetera.

(...) O calor já não existe mais por não saber nem mais oque estou sentindo, e aliás, a única coisa que agora sinto de verdade é essa minha vontade de mijar. Mas como irei sair daqui e onde é que eu vou mijar, se eu fosse dono de um estabelecimento comercial eu não deixaria que um cara pelado entrasse em minha loja com o seu casulo da humanidade exposto ao ar livre e assim na vista de todos, seria um pouco tentador para as mulheres eu creio, mas, já para os meus concorrentes, seria um atentado ao pundonor. Agora não se sabe na verdade porque é que sentimos pejo de algo que nos dá tanto prazer, parece ser essa a conseqüência da nossa eterna condição humana, punir-nos por aquilo que faz de nós um ser multiprocessador. A barata está zanzando pelas vias do esgoto e eu aqui, pelado em uma praça cheia de gente me olhando, rindo e se divertindo as minhas custas. Nossa, esse lugar tá muito cheio. Oque é que eu vou fazer para mijar?(...)

Enquanto o nosso desolado amigo se entretém com o seu problema eu passarei para um outro quadro, este que se chama Joaquim Timóteo. Todo interior é repleto de personagens cuja filosofia de vida é de extrapolar com a imaginação de qualquer Machado. Joaquim Timóteo é um deles. Na verdade ele mais parecia Ter saído do livro de uma estante do que do ventre de sua mãe, tamanha era o seu talento para ser ele o maior fofoqueiro que a cidade inteira jamais viu em qualquer outra época. Na cidade, todos utilizam o seu nome quando iam se referir a alguém que esteja fazendo fifi ou fofoca da vida de alguém, e não há dúvidas quanto a razão desse sinônimo. Joaquim Timóteo era casado com a Dona Lica, uma senhora muito gorda e de quadris tão largos junto de uma traseira tão grande, que era possível para uma pessoa adulta sentar-se em cima da sua bunda, isso mesmo, como numa bela e espaçosa poltrona. Dona Lica tinha uma filha com o sô Timóteo, a Israeli. Menina pusilânime com o dobro do tamanho de sua mãe sofria de uma infecção no seu canal auditivo, que por mais que jogassem melados de alho junto com muitas outras culturas, não resolviam o seu problema, aliás, talvez seja esse o motivo para que saíssem do ouvido dela leucócitos e bactérias vivas e mortos, o tal do pus. O Joaquim tinha uma quitanda no centro da cidade e os quitutes de sua dona eram uma delícia. O sô Joaquim era de média estatura, moreno turriscado de sol e manco de uma perna oque não tinha nada a ver com sua calvície. Tinha um bigode estampado na cara há mais de vinte anos. Há uns anos atrás o sô Joaquim teve um derrame que o deixou com seu braço esquerdo quase que amarrado às costas, a mão torta e virada para trás foi mais ou menos o efeito do choque que ele levou no dia do derrame. Uma característica interessante na família do sô Joaquim, era que todos eles tinham uma mania curiosa e não se intimidavam com a presença de quem quer que fosse, como se entrassem em um transe profundo e todos os problemas do universo se dissipassem diante de tal momento. A Israeli, gostava de contemplar com bastante prazer os odores provindos da sua infecção auditiva, passava o dedinho mínimo para modes alcançar lugares mais difíceis de chegar com os demais e pelas áreas mais afetadas levava-o ao pé do nariz, oque numa cafungada bastante preliminar examinava o cheiro que devia Ter um olfato de carne podre misturada ao deleite de alguns dentes de alho. E muitas vezes, como ela também cuidava da quitanda do seu pai para ele ir tomar conta da vida dos outros, alguns fregueses ao chegarem na vendinha se deparavam com a cena de agora a pouco, e muito rapidamente embrulhavam para viagem o seu estômago desistindo de comer os irresistíveis quitutes da Dona Lica. Mais quis quitutes deliciosos. Já a Dona Lica tinha uma mania também um tanto curiosa. Já sabemos que ela é enorme e por ai já se imagina o tamanho também das suas cabaças. As cabaças davam numa bela comissão de frente, estampavam a fartura de seus banquetes e talvez seja por isso que sua filha lhe dobrou o tamanho, com tanto leite assim, ela tinha reservas para amamentar um jardim de infância. Como eram muito grandes, com certeza elas deviam dar-lhe uma baita duma coceirinha na parte de baixo, onde o ar era rarefeito, ajudando a proliferar os seres capazes de sobreviver em condições tão precárias de existência. Tanto é que ela vivia com as duas mãos dentro do sutiã, ás vezes apenas as segurando, mas no geral mesmo eram para lhe aliviar as coceirinhas chatas que não lhe abandonavam por nenhum segundo. Mais coçava, coçava e como coçava, fazia isso onde quer que fosse, na rua, no supermercado, na venda e também na sua quitanda. Assim vai ficar difícil comprar quitutes na mão dos Timóteos, já que com uma viria de brinde aquele arzinho de ouvido em reforma, na outra, virão de contra peso o suor das duas cabaças e não tem apetite que sobreviva a esse mar de higiene, não é mesmo? Eu não sei como eles não faliram, porque a mania do sô Timóteo parecia por incrível que pareça ainda mais ousada que as outras duas. O braço esquerdo não tinha utilidade alguma, devido ao derrame como já sabemos, agora só lhe restava a mão direita para fazer qualquer coisa que fosse, como servir na venda, pôr o sapato, vestir uma roupa, mas de menos tomar banho, que eram acontecimentos raros na vida do sô Joaquim. Dentre outras tantas atividades, a única hora em que a sua abençoada mão direita desfrutava de um pouquinho de tempo para um bom descanso, era num dos bolsos que ele convenientemente mantinha furado modes a alcançar-lhe aquela coceirinha que lhe incomodava o casulo da humanidade. Era o verdadeiro coçador de saco. Agora veja você meu despretensioso leitor como era a vida do sô Joaquim; manco de uma perna por causa de um acidente de moto, o braço esquerdo inválido devido ao derrame, um cheiro quase insuportável pela ausência de água em sua vida, uma coceira no saco que não lhe abandonava por nenhum instante, se ele fosse esperto acabaria com ela em único banho mas eu desconfio que ele até que gostava de Ter o bolso furado, era esse o nosso curioso concidadão que não deixava passar nada que fosse assunto do seu interesse, pois todos eram, conquanto que fosse da vida alheia não lhe poupava se quer um instante até que soubesse de tudo nos mínimos detalhes.

Quando alguém da cidade vinha falar de alguém pra você com o intuito de fazer fofoca, e você fosse um daqueles que gosta de usar as três peneiras de Sócrates para remediar esse infortúnio, logo em seguida ouvia-se a expressão:

— Ê Joaquim Timóteo!

A expressão máxima desse interessante comportamento humano, fofocar era esse, o nosso simpático amigo sô Joaquim Timóteo, que ao contrário do filósofo, vive para saber do que se trata a vida dos outros. E como todo bom fofoqueiro é também um bom palpiteiro e sabendo-se que ele procurava por saber de tudo, o sô Joaquim dava palpite em tudo na vida de todos. Ele era de uma perguntação danada, porque como homem inteligente que ele é, e considerando que todo ser humano é capaz de fazer muito bem feito aquilo que mais gosta, logo ele aperfeiçoa oque ele tem de melhor para a sua tarefa e faz de todos uma espécie de cobaia para os seus experimentos. No caso do sô Joaquim, não tinha outra ferramenta mais afiada para os seus desígnios senão a língua. Diziam até na cidade que no dia da sua morte serão necessários dois velórios, um para o corpo e outro para a ferramenta.

O sô Joaquim costumava não Ter muito escrúpulo quanto a seus métodos de escuta da conversa alheia. Segundo reza a lenda, ele costumava ser percebido somente quando já não tinha mais jeito, depois de ouvido tudo, ele sempre simulava a sua presença repentina. Um caso interessante se sucedeu certa vez; duas pessoas conversavam no banco da praça onde está o nosso amigo nesse momento. O sô Joaquim sem que fosse percebido chegou por trás dos dois e ficou ali ouvindo minuciosamente a conversa, detalhe por detalhe. Os dois conversavam tranqüilamente sem nada captar no ar, mas quando um deles tendia a falar mais do que a boca, o outro logo retrucou:

— Ê Joaquim Timóteo!

Como se não bastasse, ele retrucou atrás dos dois;

— Joaquim Timóteo é isso ai que tá entre meio as suas pernas.

Ambos levaram um susto, mas chegava a ser quase rotineiro esses disparates. E foi mais ou menos assim que o sô Joaquim veio a saber da situação do nosso amigo lá na praça, ouvindo a conversa dos outros sem que fosse percebido. Logo se aprontou e foi fazer oque tinha que ser feito, fiscalizar a eventualidade de um provável ocorrido e dar palpites naquilo que lhe convir, tudo.

Enquanto isso a vontade de mijar do Judisclênio já não era mais a mesma, ele já estava quase roxo e havia praticamente esquecido do seu redor. O sô Joaquim chegou por trás e lhe deu uma boa espiada, analisou com uma bisoiada meticulosa e resolveu saber qual era a intenção de um sujeito pelado e cru numa praça pública. Foi sentar-se ao lado do nosso bem-aventurado, disposto a prosear.

Ao sentir a presença de alguém, Judisclênio levantou a cabeça, e quase mijando, segurou mais uma mãozinha para não fazer o serviço logo ali. Logo o sô Joaquim deu a volta no banco, mancando como sempre e com muito cuidado se sentou ao lado do nosso amigo. Embora curioso ficou também preocupado, a criatura estava quase da cor de creolina, de tanta era a força que fazia para segurar o mijo. Sem mais rodeios...

— Ei ocê ai rapaizinho, tu tá passando mal? Pois ocê tá parecendo mais é que tá indo pra lá, pro outro lado...

— O senhor não deve estar muito errado não, veja só em que situação eu me encontro aqui. Estou com a minha bexiga na agulha e falta muito pouco para o disparo. Estou quase mijando na roupa, ops, quero dizer no banco...

— Ué moço, se eu fosse ocê eu simplificaria esse troço ai uai. Tá com vontade de mijá, mija.

— É, mas eu não posso mijar assim em praça pública e ainda por cima pelado do jeito que eu tô, provavelmente ninguém deixaria que eu fizesse o serviço assim, nesse estado...

— Mas é simples rapaizinho, espia só pro ocê vê. Ocê tá com esse travesseiro ai no seu colo modes tampar o seu cumpade, não é ? se eu fosse ocê eu mijaria no meio da praça mesmo. Mas já que ocê não é ieu, porque é que ocê não mija ai mesmo, debaixo desse travesseiro, ninguém vai vê e ocê vai ficá um tantão aliviado.

— Mas não é que o senhor até que me deu uma boa idéia... Ninguém vai ver e eu ficarei mais doque aliviado... Isso mesmo, é isso oque eu vou fazer e que se danem o...

Mais que de pressa ele deu uma olhada em seu redor por causa das muitas fagulhas de desconfiança que reinavam em sua cabeça e logo se aprontou para evacuar. O sô Timóteo continuou ali do seu lado proseando para lhe diminuir a tensão, oque lhe ajudou muito. O gatilho foi disparado e a força do jato foi tamanha, que se ouvia a pressão com muita distinção o sô Timóteo.

— Mais não é que o sinhô tá até mudando de cor, parece inté que a sua alma tá saindo pelo seu cumpade...

Foi necessário uns cinco minutos mais ou menos para que ele mijasse a metade do que ele tinha ainda pra mijar e um detalhe veio logo a lhe perturbar a cabeça, o travesseiro...

— Mais veja só cumpade, e não que ocê tá inté encharcando o travesseiro...

— Acorda Judisclênio, vamo, acorda, vamo vamo vamo, se não você vai perder a aula de novo e hoje eu não vou deixar você ficar ai nessa cama até tarde de jeito nenhum.

— Oque é isso meu filho, pelo amor de Deus, de novo não?!

— Huunm! Oque foi mãe, deixa eu...... ué....cadê o ? .........!?...........ahr............,,,..../ / / .......(...) {...}..........[...]........puta merda .....?....~^.!.%&*$#@ .........aquele velho filho da...