A infância de Zé do Brejo

A INFÂNCIA DE ZE DO BREJO

Zé do brejo nasceu no distrito de Waldelândia município de Rubiataba estado de Goiás. Filho único de Augusto Ferreira lima e Joana Mendonça Lima. Os cabelos castanhos encaracolados, os olhos bem azuis, a cor branca, peso e estatura condizente com a sua idade, o tornava bem atraente aos olhos das garotas que o admiravam. Ficou órfão de pai aos doze anos de idade. Com uma condição financeira abaixo da linha de pobreza, Zé do Brejo foi criado por sua mãe em condições muito precárias, estudou apenas o ensino primário na única escola que existia no distrito. Apesar de muito pobre Zé do brejo nunca deixou a tristeza fazer parte da sua vida. Era um garoto muito extrovertido, contador de piadas e estórias engraçadas. O seu jeito engraçado de narrar seus contos chamava a atenção de todos que fazia parte da sua roda de amigos. Os pais de Zé do Brejo eram mineiros da cidade de Patos, mas a vida difícil onde nasceu, os obrigaram a mudar para o estado de Goiás, região onde nasceu Zé do Brejo. O pai de Zé do Brejo seu Augusto, trabalhou por muito tempo em Minas Gerais em uma fábrica de imagens de santo, mas no Goiás passou a trabalhar como agricultor.

Logo que a família se instalou na nova região cuidou logo de preparar na vazante do rio novo, numa terra macia e muito fértil, uma boa roça de arroz, milho e outras culturas para sua sobrevivência. Tudo estava indo muito bem até que o arroz e o milho começaram a granar. Devido sua roça ter granado primeiro que as demais da região fizeram com que aparecesse uma nuvem de pássaros-pretos, periquitos e curicas em busca de alimentos para comerem. O seu Augusto, pai de Zé do Brejo vendo sua roça em perigo fabricou uma imagem perfeita, do tamanho do seu filho e colocou no meio do arrozal para espantar os pássaros, O menino que não deixava nada sem dar opinião, batizou logo a imagem de Zé do Brejo. A imagem muito idêntica a uma pessoa afastou os pássaros da lavoura, mas, A vida daquela pobre família estava mesmo marcada pelo destino. Quando a bela lavoura já estava próxima de ser colhida, choveu o dia e a noite toda sem parar e deu uma enchente tão grande que destruiu quase toda a roça e ainda levou a estátua do Zé do Brejo rio abaixo.

A vida daquela família já estava muito difícil, mas depois de perder a roça naquela enchente a situação piorou muito mais. Não tinha nem o que comer, por que da roça não sobrou quase nada. A família estava precisando mesmo era de um milagre. Depois de passar alguns meses comendo o pão que o diabo amassou, o pai de Zé do BREJO FICOU SABENDO que na cidade de mundo Novo, que era cortada ao meio pelo rio Novo, que originou o nome da cidade, tinha encontrado um santo que estava fazendo muitos milagres.

- Augusto não pensou duas vezes, chamou o filho e disse: Vamos até lá onde esse santo, fazer um pedido pra ver se ele nos ajuda a ganharmos um dinheirinho, se não a gente vai acabar morrendo de fome. - Acho que o senhor tem toda razão pai. Nós vamos lá fazer um pedido pra esse santo, tem tanta gente contando milagres que ele já fez por aí...

Os dois na primeira romaria viajaram para o Mundo Novo, onde estava o tal santo milagreiro. Quando lá chegou que avistaram o santo rodeado de gente o menino que não tinha papa na língua, gritou logo bem alto. Pai!!! Isso aí não é santo nada nãooo!! É o Zé do brejo que o senhor Fez para espantar os pássaros da nossa roça...

O padre que estava no meio da multidão recebendo muitos donativos, todo feliz da vida, não gostou nada do que ouviu. Chamou logo o menino e o pai dele para uma conversa reservada, antes que os fiéis começassem a interrogar o menino. - que história é essa que você estava dizendo, menino... Que o meu santo não é santo!.. – O senhor Augusto respondeu: o senhor que me perdoe padre, mas o que o menino acabou de dizer é mesmo verdade e contou em detalhes toda historia do Zé do brejo e a péssima situação em que eles se encontravam. Motivo por que estava ali a procura do santo. O padre temendo abalar a fé dos fiéis pelo santo Zé do brejo e também perder a renda que mudou toda estrutura da igrejinha e até da pacata cidade onde morava, decidiu fazer uma proposta para seu Augusto e o menino ficarem calados. O padre ofereceu dinheiro que deu pra família pagar todas as dívidas e passar um bom tempo sem o cruel destino da pobreza que os perseguiam. Ao se despedir do padre o menino disse: Agora padre, até eu já acredito que esse Zé do Brejo é mesmo milagroso. Isto que acabou de acontecer na nossa vida foi mesmo um grande milagre. Depois que seu Augusto e o filho voltaram pra casa muito feliz, com o seu problema resolvido, Os milagres continuaram acontecendo na vida de muitas pessoas, por que, o que realmente vale não é a imagem, mas, a grande fé que as pessoas têm de serem curadas, ou de realizar sonhos difíceis de serem conquistados. Devido o menino ser muito parecido com o santo e sempre contar a história do santo por onde andava, ficou conhecido por Zé do Brejo.

goiano
Enviado por goiano em 11/12/2011
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