AH! É É...?

Meu amigo Zé Ruela dizia que admirava as pessoas de raciocínio rápido, com presença de espírito e outras manhas.

Segundo meu amigo, um cantor famoso, que cultivava uma barbicha caprichada, certa vez num show, ouviu alguém da platéia gritar: “Pra bode só falta o chifre!”. O cantor emendou de primeira: “Você só falta a barbicha!”.

Em outro show, uma cantora assumidamente lésbica ouviu um chato de galocha berrar: “Sapatão!” Na maior calma a cantora respondeu: “Eu satisfaço minha mulher e você, satisfaz a sua?”. A platéia foi ao delírio.

Uma outra cantora ao subir ao palco ouviu alguém da platéia dizer: “Piranha!”. A cantora colocou a mão no queixo e tranquilamente devolveu o insulto: “Não começo o show enquanto não encontrar a mãe desse cara!”. O cidadão sumiu na poltrona.

Contam que um ator, personagem de uma peça de Shakespeare, no auge da representação dizia: “Meu reino por um cavalo...”. De novo, da platéia um engraçadinho gritou: “Um burro serve?”. O ator interrompeu a fala e devolveu rapidíssimo: “Serve, pode subir”.

Antonio Marinho, humorista, violeiro e repentista nordestino, ao chegar em uma fazenda do interior de Pernambuco, foi atacado por um cão. A dona da casa gritou forte: “Lobo!”. Na hora o cão meteu o rabo entre as pernas acocorou-se. A dona do cão, procurando tranquilizar o violeiro, explicou: “Pode passar seu moço, o cachorro é capado!”. O humorista disse: “Dona, eu tenho medo é dos dentes”.

Já o Zé Ruela, quando precisa sacar uma resposta rápida, sarcástica ou contundente, só consigue dizer: Ah! É é...?