CACHORRO VIRA LATA

***O CACHORRO VIRA LATA.***

“Causos de Zé Teodoro”

Em um bairro nobre de uma suntuosa cidade, em uma linda mansão, estava ao portão de ferro fechado a cadeado, uma linda cachorrinha de madame, limpinha, cheirosinha, toda perfumada, com roupa de cachorro, tipo sainha, ela estava apreciando o movimento da rua.

Nesse momento passou um cachorro grande, enorme mesmo! E parou no portão, era um cachorro vira lata, olhou para a cachorrinha, e se aproximou da mesma e a cheirou, ele gostou de seu perfume, e abanou seu grande rabo, amigavelmente.

Ela também aproveitou e também o cheirou, a ele, e franziu o seu lindo focinho, deu um ou dois espirros, e falou na linguagem dos cachorros. __Au, au como você esta mal cheiroso, catingudo mesmo! Nunca tomou banho seu cachorrão.

Ele não a respondeu, abanou seu grande rabo e veredou –se para um grande latão de lixo que estava ali perto.

Deu uma patada no latão, e o mesmo caiu, e sua tampa voou longe, e o conteúdo do latão esparramou-se para fora, ele com as patas dianteira, começou a remover todo aquele lixo a procura de comida velha, mas em bom estado, para cachorro comer.

E a cachorrinha lhe chamou sua atenção. __Au, au cachorrão, meu dono não gosta de cachorro vira lata! Que revira seu latão de lixo.

O vira lata parou de fussar o lixo, e voltou até onde estava a cachorrinha, delicada de madame e falou. Uau, uau cachorrinha, eu tenho fome, e é ai nesse latão de lixo, que eu encontro a minha comida, mas se você me arrumar, um ou dois osso eu paro de fussar o lixo de seu dono.

A cachorrinha disse: __Au, au cachorrão, meu nome é Pricilli, e o seu nome cachorrão.

__Uau, uau o meu nome é Sultão uau, uau. __Au, au sultão! Disse lhe; a cachorrinha, com um latido de gozação au, au, au é um nome muito grande para um vira lata.

Sultão encarou a cachorrinha, Pricilla e falou. __Uau, uau e encarando a cachorrinha de frente falou.

__ Eu não sou um vira latas, Pricilla, eu tenho raça e pedigree, meu pai se chamava Dragão e minha mãe se chamava Duquesa, e sou da raça Dog Alemão, e meus donos me compraram quando eu ainda era um filhote e pagaram por mim R$150,00 reais, o que aconteceu é que meu dono me comprou, porque seu filho o queria muito, e eles não pararam para pensar, que eu iria crescer, e muito, e ficar neste tamanho, sou um dos maiores cães do mundo, e meu latido é muito forte, e incomodava todas a vizinhanças do edifício, e por isso os meus donos quiseram, me dar a alguém, mas ninguém me quis ninguém gosta de cachorro grande ai me levaram na casa de um parente, numa chácara lá longe, até que eu me dei bem pelo meu tamanho vivendo na chácara, todos me respeitavam, na ora do rango, eu comia primeiro, para namorar, sempre eu também era o primeiro, bastava um latidão meu e tudo me era servido de bandeja.

Fui criado com ração da boa, ficou um pouco ruim na casa da chácara, porque eles me davam comida de gente para eu comer, e variavam muito e eu vivia com muita dor de barriga.

Mas a gente se acostuma, se acostuma com tudo, e eu acabei me habituando com eles, também sentia falta do meu doninho, mas fazer o que, agora meus donos eram outros, e eu na chácara acabei por pegar três assaltantes, e salvei meus novos donos de serem assaltados, mas um dia entrou um gaiato na chácara, e eu não reconheci nele o fedor dos meus donos, e o ataquei com fúria pensando que era um ladrão, e mordi bastante. Só que esse elemento era parente dos meus novos donos, e ai sujou para mim.

No principio eles queriam me sacrificar (me matar), mas depois acharam melhor, chamarem meus antigos donos, e quando eles chegaram, eu fiquei muito contente, e cheguei até pensar que eles iam me levar de volta para o edifício, mas me enganei, e como me enganei, eles me puseram me no carro, rodaram bastante e depois abriram me a porta, e eu pensei que era só para que eu pudesse fazer meu cuper, e sai correndo! E eles aproveitaram-se disso, e foram embora, me abandonando na rua.

Eu cheguei a ir até o edifício, mas o porteiro não me deixou entrar, ai eu sai para a rua, e hoje você me diz que sou um vira lata, mas eu não sou. Fusso lixo para não morrer de fome.

__Que pena cachorrão, disse a cachorrinha Pricille! Mas que peninha mesmo! Cachorrão me desculpe, au, au, mas hoje teve festa aqui em casa, dos meus donos, me trouxeram muita carne, com ossos suculentos, eu comi as carnes, mas por cima sobrou ainda muita carne e eu vou buscar para você, aguarde ai só um pouquinho, falou isso e sumiu no meio daquele imenso jardim, e logo em seguida ela apareceu com a boca cheia de muito osso, com carne, e ainda fez varias viagens. Trazendo mais e mais carne para o Sultão comer.

Sultão comeu com volúpia, e depois bebeu água que corria no meio fiu, a cachorrinha vendo o que ele fez, sentiu até náuseas. Falando. __au, au aqui para mim é água comprada, se eu beber uma dessas águas, que você bebeu, acho que eu morro, por alguma infecção.

Ele ia responder, mas achou melhor ficar quieto, e retornou ali perto do portão e deitou, e ficou conversando com a cachorrinha Pricilla.

Nisso sua dona saiu a porta da mansão, e a Pricilla foi ate ela e latiu au, au, au e corria até o portão e fez isso varias vezes, até que sua dona foi até o portão para ver o que sucedia e ai percebeu que sua cachorrinha queria adotar o cachorrão, e lhes disse.

__Não Pricilla, nós não queremos cachorro grande, preferimos só você mesmo, mas fique ai conversando com ele até mais tarde, só que não demore a entrar, porque a noite pode lhe fazer mal. Ai a dona se recolheu e eles ficaram ali no portão e Pricilla disse: __Au, au você viu Sultão, eu entendo tudo o que ela fala, se ela me diz saia, eu saio, se ela manda-me sentar para as amigas dela me ver, eu obedeço, e quando eu lhe peço alguma coisa, eles demoram em me entender.

__De fato nos cachorro! Falou Sultão, somos bem mais inteligentes que os nossos donos, eles me abandonaram na rua, e eu não virei ladrão para me sobreviver, falou Sultão, mas se fosse eu que os abandonassem eles na rua, eles se tornariam ladrões para poderem sobreviver. __Au, au é duro ser cachorro meu amigo Sultão falou pricille.

__É isso é verdade mesmo uau falou Sultão, quando eu tinha dono, para pegar um ladrão, eles se armavam com revolver e espingarda, e eu os pegava ladrão sem nenhuma arma.

E você já fazia isso lá no edifício Sultão. Não Pricilla! Eu o fiz na chácara, eu já contei isso lá atrás para você, e você não prestou atenção, meu erro foi pegar um estranho para mim, que não tinha o fedor do meu dono, e o danado era parente, foi ai que ganhei as ruas.

Pricilla ficou um pouco triste, com essa estoria, mas Sultão lhe disse: __Uau, uau não fique triste Pricilla, eu já estou acostumado com a rua.

Nessa conversa eles já estavam em altas madrugadas e nisso dois bandidos gatunos pularam o muro daquela mansão para fazer um assalto. E Pricilla disse. __Au, au estão querendo assaltar minha dona, e eu não posso deixar que isso aconteça, é uma função de cachorro, guardar casa. Sultão ia lhe falar que isso é serviço para cachorro grande, de grande porte, e não para uma cachorrinha que era pouca coisa maior que seu focinho.

Onde ela só tinha beleza, mas não tinha tamanho. Mas a mesma já tinha sumido por aquele imenso jardim, e de fato ela atacou o ladrão, e este lhe deu uma violenta ponta pé que jogou a coitadinha muito longe, e ela caiu saiu gritando, Cauim, cauim, cauim e o Sultão não pensaram duas vezes, pulou o muro e partiu para cima dos dois ladrões, alcançou o primeiro e pulou em suas costa e o mesmo caiu no chão, e ele lhe mordeu no pescoço cortando sua jugular (veia artéria que sai do coração), e enquanto ele se estrebuchava para morrer e a Pricilla lhe mordia a sua perna, mesmo machucada, Ele! O Sultão partiu para cima do segundo bandido, e este lhe deu dois tiros em sua direção, e acertou um tiro na sua anca, e outro em sua orelha e mesmo baleado ele conseguiu derrubar o bandido, e lhe morder com gosto mesmo, daquelas mordidas de balançar, quase lhe arrancando lhe os pedaços de carnes.

Com todo esse alvoroço, os donos da mansão se levantaram e espiaram, e viram os homens no chão, e o cachorrão mordendo, e choqualhando o mesmo, e mais atrás a cachorrinha fazia o mesmo, só que com menos intensidade e ai o Dr. Deduziu que eles deveriam ser bandidos e chamou a policia.

Depois abriu a porta, e gritou para o cachorrão. __ pare de atacar cachorrão, só mantenha ele deitado até a policia chegar, e o Sultão entendeu o que o Dr. Falou, e parou de morder o bandido e ficou ali em cima roncando e lhe mostrando os dente, como a quem quer dizer, não se mexa se não eu te mordo de novo.

Mas quando a policia chegou, e Sultão viu seu trabalho concluído, ele saiu de cima do bandido, que o elemento aproveitou e saiu correndo tentando escapar da policia, mas o soldado gritou: __Pega cachorrão! E lá vai o Sultão de novo, e tornou por o bandido no chão.

E a policia chegou ate ele lhe fez uma cariçia em sua cabeça e o algemou o meliante, trazendo mesmo até onde estavam os demais companheiros, e o graduado lhes disse: __Dr. Porque seu cachorrão matou um deles, o senhor precisa ir até o distrito, para formalizar esta ocorrência, amanha, e o policial que algemou o bandido também falou. __Agora! Hoje ainda, o senhor precisa fazer um curativo em seu cachorro, pois ele deve ter sido alvejado com tiro, pois esta sangrando em dois lugares, o senhor tem um belo exemplar de Dog Alemão, boa raça, estime o.

__Claro que vou estimar soldado, daqui a pouco eu estou levando os dois para um veterinário poder examina-los. Os policiais foram embora levando um preso, e o outro morto e o dono da mansão pegou os dois cachorros, e os levou mesmo num veterinário e lá contou toda a historia, e o Dr. Achou melhor atender primeiro o cachorrão, porque achou que ele por estar sangrando estivesse mais ferido, nas orelhas era só curativo, pois a bala ali entrou, mas também já tinha saído, já na anca precisou-se fazer uma pequena cirurgia, para extração da bala que ficara encravada. Já a cachorrinha nada de mais grave, só um caroço onde lhe deram uma ponta pé, e assim eles voltaram para a mansão, e assim que a porta do carro se abriu os dois saíram correndo e saltitando por aquele imenso jardim, como se nada tivesse acontecido.

No dia seguinte bem cedo mesmo, veio um sujeito duma casa onde se vende ração, e o homem pegou o Sultão, e deu lhe um bom banho deixando todo perfumado, cheirando a fresco, também veio uma pessoa e conversando com a dona, e com o dono da mansão, eles queriam tirar fotografias do cachorrão e da cachorrinha e sua dona falava, que o cachorrão não era deles, ele só entrou porque viu os bandidos atacando o, e também mal tratando a cachorrinha, e as pessoas perguntavam, se agora eles iam ficar com o cachorrão.

E a madame toda empolgada dizia: __É claro! Que vamos ficar com ele, o meu marido já mandou os pedreiros, levantar mais o muro para ele não fugir, pois como ele pulou de fora para dentro, pode muito bem pular de dentro para fora, e nos queremos ficar com esse valoroso cão, e afagava sua cabeça e o Sultão até que estava gostando.

Naquele dia o Sultão ficou por ali e na hora do almoço veio lhe uma boa alimentação, com excelente ração, com restos de carne e suculentos ossos, e Sultão comeu como um rei.

O jantar não foi diferente e na noite lhe deram uma almofada para ele dormir, e uma coberta, e essa regalia foram por mais de uma semana e seus ferimentos se cicatrizaram tudo, e ai ele viu os pedreiros colocando tela de alambrado em cima do muro, e a principio ele pensou que era para ladrão não mais pular ali, e fez até um comentário com sua amiguinha Pricilla, e a cachorrinha muito inteligente lhe falou: __Au, au Sultão essa tela não é para evitar que ladrões não entrem, mas para evitar que você fuja, pois eles pretendem manter você aqui dentro.

Sultão pensou um pouco e falou. __Uau, uau! E eu vou ter que ficar aqui como prisioneiro neste pequeno espaço.

__Au, au disse! A cachorrinha, você fala em pequeno espaço, este imenso jardim, com você limpinho e cheirando a perfume, com boa comida na hora certa, cama almofada para dormir e coberta quentinha, com ossos suculentos, onde lá fora você vai achar tudo isso Sultão.

Ele que estava deitado com o focinho em cima das patas dianteiras colocadas em cruz levantou a cabeçorra e falou: __Uau, uau e quando eu quiser namorar como vou fazer, se estou aqui fechado como um prisioneiro.

__Au, au falou Pricilla, você pode namorar comigo, eu sou uma cachorrinha, e todos dizem que sou muito bonitinha.

Ele olhou para ela e disse: __Uau, uau eu até que concordo com o que os outros falam de você. É de fato muito bonita, mas já reparou no seu tamanho, é um pouco maior do que meu focinho, você deve namorar sim, mas com cachorro do seu tamanho e de sua raça, veja o meu tamanho, nunca ia dar certo um namoro nosso, pensando bem ::: eu prefiro tomar chuva, andar fedendo a cachorro macho, mesmo labutando em encontrar meus ossos para minha refeição, namorar minha diversas cachorras, e ser livre para ir e vir a onde eu quiser, na rua eu sou respeitado, num namoro eu sempre sou o primeiro, nas comidas também todos me respeitam, por isso minha amiga Pricilla, eu vou nessa, antes que esses homens me prendam de vês por aqui, uau, uau abanou o rabo para sua amiguinha e pulou o muro, e ganhou a rua e foi se embora, e lá da rua ele ainda disse: __uau, uau moral da historia pricilla. NADA NESTE MUNDO SUBSTITUI, A LIBERDADE DE IR E VIR.

Nada como a LIBERDADE ser dono do nosso próprio nariz. Experimente você cidadão, se lhe proibirem de você sair da cidade, o quanto o ficara frustrado, prisão de nenhuma espécie é bom.

{todos os personagens desta hestoria são.. Imaginados pelo autor, e não tem qualquer relação com nomes ou pernosonalidades da vida real. Qualquer semelhança é mera coincidência} Causos de Zé Teodoro Tapirai S/P Brasil ESTA É Plicilli e sua dona

FIM

Zé Teodoro
Enviado por Zé Teodoro em 17/05/2011
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