Lágrimas

I

A tarde caia para o crepúsculo da noite, sem saber o que fazer Beta resolveu se refugiar na casa da vizinha, sua verdadeira amiga, que mesmo impossibilitada cuidou dos ferimentos,da menina.

Para Sandra aquilo era um absurdo ela bramava raivosamente: _ Se aqui fosse outro lugar ela não faria isso com você, é um absurdo isso!

As dores eram tremendas, o nariz havia sido quebrado e escorria sangue sem parar, o pescoço estava todo rascunhado de unha.

Depois de algum tempo o sangue havia estancado e as feridas ardiam menos que antes.

Na rua a mãe de Beta gritava por ela dizendo coisas feias, jogando um mar de pragas:_Onde está aquela imprestável! Oh menina sei jeito! Merece morrer! A morte não ver uma coisa daquela!

A vizinha empurrou sua cadeira de rodas com dificuldades até a calçada e tentou contornar a situação.

_ O que aconteceu? _ O que fez a menina?

A mãe de Beta com olhos faiscando de raiva respondeu:_ Deixei aquela imprestável em casa e ela passou toda a tarde brincando, não fez nada direito,ainda me disseram que ela foi tomar banho no rio, pode isso?

_Olha brincar ela brincou vizinha, mais antes fez alguma coisa dentro de casa, depois ficou aqui com algumas coleguinhas, não saiu de jeito nenhum isso é mentira.

A velha rabugenta não ficou convencida pois via Sandra como uma protetora de Beta e começou a gritar novamente.

_ Onde ela está! Ou Beta! Ou Beta!

A vizinha pensou: _Devia deixar ela ai preocupada, mais vou dizer onde a menina está, vizinha! Beta chegou aqui sangrando muito eu cuidei dela, limpei os ferimentos e ela adormeceu, não se preocupe que ela já esta bem, quando acordar mando ela pra casa.

A vizinha rabugenta enguliu em seco e respondeu: _ Tudo bem Sandra!

II

Era estranho! Como uma mãe poderia tratar tão mal a sua própria filha, alguém que ela botou no mundo.Dizia as más línguas que tudo isso era fruto de um amor frustrado, Dona Márcia Márcia quando ainda muito jovem, foi trabalhar em Salvador como babá, lá se apaixonou-se perdida mente pelo pai de Beta.

Isso aconteceu no ano de 1965, onde a hipocrisia era tremendamente assustadora.

Os pais do rapaz não aceitava o relacionamento, pois a moça era pobre e sem formação. Enquanto o filho era um recém formado em engenharia, tinha que casa-se com uma moça do mesmo padrão.

Por obra do destino Márcia teve uma repentina gravidez, era uma moça ingenuamente chucra e José Motta era seu primeiro namorado.

Quando ele sobe da situação se afastou da moça por ordem dos seus amáveis pais. Ele sofria com tudo aquilo mais precisava continuar entre família, não se via morando no subúrbio sem dinheiro, passando necessidade então propôs a amada, fazer um aborto, e assim acabaria com aquela situação de uma vez por todas.

Márcia por ingenuidade e amor aceitou a devida proposta do amado, juntos foram a uma clinica fazer o absurdo dos absurdos.

Lá chegando ela se preparou para fazer o combinado, tirou a roupa e deitou-se em uma cama em uma saleta isolada, assustada sentia-se tonta parecia que ali era o seu fim. Ao ver uma aparelhagem enorme na mão do médico começou a tremer e conseqüentemente a gritar, chorar: _ Me tire daqui josé! Eu não vou fazer isso! Não!Não! Não!

O médico não insistiu em concretizar o trabalho já que a moça era contra, então devolveu o dinheiro do rapaz. Ele tinha ódio da situação, pensava que tudo acabaria ali, mais não ela tinha que da pra traz.

Com a maior ignorância começou a esbravejar com ela:

_ E agora o que você vai fazer? Eu não quero esse filho, você vai criar sozinha, você bem que deveria ter acabado com isso e a gente ficava junto numa boa! vou vender o meu carro te da o dinheiro e você vai sumir da minha vida, não quero que meu pai me dizerdes.

As lágrimas de Márcia descia lhe a face, mais ele parecia não se importar com isso.

Após algumas semanas ele conseguiu vender o carro e como havia prometido lhe entregou todo o dinheiro, mandando ela sumir da sua frente, daquela cidade e nunca contasse com ele para nada, melhor que esquecesse que ele existia, e podia fazer o que quisesse com aquela criança que ele pouco se importava.

Márcia chorava com as palavras, jamais esperou que de um lindo amor restaria apenas ódio e rancor, ligou para uma amiga em São Paulo e dirigiu-se pra lá.

A viagem parecia uma eternidade mais enfim chegara ao fim, na rodoviária a sua amiga Morá lhe esperava ansiosa.

III

Naquela grande cidade ela tentou sobreviver, mesmo com a barriga crescendo ela conseguiu um emprego de arrumadeira na casa de um casal, a quem ela se afetuou grandiosamente.

Aquele casal parecia dois anjos em sua vida, fez questão de fazer

todas as compras do bebê. Obviamente eles se tornaram os padrinhos da menina.

Ana a madrinha, tratava Beta como se fosse uma bonequinha, dava banho, trocava roupa e o padrinho assim que chegava do trabalho procurava logo saber da princesa da casa.

A vida ali, pra menina era uma boa era amada como ninguém, crescia na mordomia. Um dia porém sua mãe uma carta recebeu seus irmãos lhe avisava que precisava voltar, pois sua mãe estava agonizando doente preste a morrer.

Os padrinhos ficaram triste, queriam a menina criar, mais a mãe não queria deixar para trás sua semente do amor.

Viajou para Alagoas para junto da família, esteve com sua mãe que por um ano sofreu, morreu e deixou a neta que ainda amou com carinho, fez um pedido a filha:

_ Nunca maltrate ela, eu te peço por favor, parto com muita dor.

A velha partiu de uma dessa pra melhor a filha logo casou com fazendeiro da região teve mais seis filhos dois homens e quatro mulheres que amava com devoção.

Mais o seu casamento no fundo era um tormento, pois faltava amor e por mais que ela fizesse para esquecer sua paixão, não conseguia parecia maldição. A menina crescia e cada vez mais parecia com o pai que a renegou. Era impresionante que todo amor que ela sentia pela filha agora se transformara em ódio. Não aguentava olhar pra guria sem lembrar do amor de sua vida ou seja do pai da Beta.

Isso explicava o que aquela mãe fazia com a filha! Pensou Sandra...

IV

Após algumas horas de sono Beta acordou com o rosto todo inflamado, Sandra a aconselhou ir pra casa ela disse:

_ olha amiga eu estou cansada desta vida e resolvi colocar um fim nisso tudo, assim que eu estiver com uma oportunidade nas mãos eu irei fugir daqui você vai ver amiga.

A amiga engoliu em seco e disse:

_Menina procure ter juízo! pra onde você iria? O mundo é muito cruel eu sei o que falo, pois se estou hoje em uma cadeira de rodas é porque fui empurrada de um ônibus em plena avenida em Aracaju, por um bando de mole cotes bêbados. O mundo é assim meu amor! eu tenho medo que você se vá e aconteça alguma coisa com você.

_ Nada pode ser pior que os mal tratos da minha mãe amiga, ela disse que eu não presto que sou igual ao meu pai, eu vou embora! Já sei que meu pai mora em salvador eu vou pra lá...Vou procurar ele, eu vou achar.

Nada que fosse dito fazia aquela menina mudar de rumo, ela precisava ir, ser livre, mesmo que para isso tivesse que passar por algum apuro. Planejou tudo para sua partida, não tinha dinheiro tinha que contar com a sorte. Os conselhos da amiga já estava tirando sua coragem, já sentia até medo daquelas histórias mais mesmo tendo que enfrentar um batalhão de problemas mudaria seu destino, por que aquilo não era vida.

Sandra já estava com olho grosso de chorar, por mais que implorasse Beta não queria mais ficar ali, tentou com palavras fazer-la desistir: _ Por que você não espera terminar os estudos? Só falta um ano não é? Para você terminar o segundo grau e fazer o vestibular que tanto quer.

Mais aquela moça tinha motivo de sobra para deixar o seu sonho de ser enfermeira de lado.

_ Estou levando transferencia ! Assim que me instalar procuro uma vaga por lá.

Naquele dia a menina trabalhou o dobro do que costumava trabalhar, de fiozinho foi arrumando suas coisas.

V

Não demorou muito, e chegou perto da sua casa um caminhão que fazia entrega de mercadorias, todas as sextas a tarde, quando já estava a ponto de o caminhão se retirar Beta subiu e se escondeu embaixo de umas lonas no fundo do carroçaria ali fechou os olhos com força com medo de ser descoberta.

Durante horas ficou ali escondida trêmula de medo, suava frio, não sabia qual era o seu destino. Sentiu que o carro parava seu corpo esquio tremia, alguém subiu na carroçaria mexeu em algumas cordas bem perto dela só escutou alguém falar:

_ Quer as lonas também?

Naquele momento Beta achava que ia morrer, seu coração batia fortemente acelerado.

_Não deixe as lonas, elas são minhas só quero as cordas pra entregar a Luís.

Ela respirou fundo e ficou ali quieta, esperando uma oportunidade para escapar dali.

Não demorou muito e o carro começou a funcionar, após algumas quadras parou de novo de frente a um bar, todos os homens desceram para beber. Vendo que surgia uma chance de escapar dali sem ser vista ela finalmente saiu devagar de debaixo da lona com sua pequena mochila nas costas e deu um pulo de gato para fora, se escondendo atrás de uma arvore para respirar melhor

Ficou ali intacta sem se mexer por quase uma hora, depois saiu sem destino pelas ruas da cidade. Cansada de caminhar sentou-se em uma calçada para descansar.Sua cabeça parecia que ia estourar eram muitas as lembranças ruins. Sem esperar adormeceu ali mesmo!

VI

_Ai! ai! ai!

Gritou a menina com medo, sentiu que alguém lhe tocava nos ombros e saiu correndo sem olhar para traz.

Correu o quanto pode...Sentia que alguém a seguia, mais não aguentava mais correr e parou exausta em frente a um hospital. Mesmo com medo olhou para traz e não havia mais ninguém, seja lá quem fosse desistiu de seguir-la, precisava tomar mais cuidado, lembrou do que a amiga Sandra havia lhe falado sobre cidade grande. Resolveu então passar a noite ali em frente do hospital, em pensar melhor no que ia fazer no dia seguinte.

Adormeceu ali mesmo, acordou com o baralho do apito das fábricas, assustada assustada com aquele novo som que nunca havia escutado antes. E agora pra onde irei se perguntava?

Andou quase todo o dia, a fome gritava dentro dela, lembrou que Sandra havia posto em sua mochila algum tipo de comida dentro de uma bolsinha de pano amarrada pela boca, sentou-se na praça escondida das pessoas e matou ali quem estava preste a lhe matar "a fome". Os dias se passavam e Beta ficava na rua, já se sentia suja, estava magra de passar fome, não se habituava aquela vida desagradável lembrava dos conselhos da vizinha pensava:

_ É ela tinha razão a vida aqui não é fácil, tenho que me esconder todas as noites naquele banheiro interditado para não ser apanhada por algum malandro. _ Estou cansada dessa vida!

A vida da Sandra não era mais a mesma, ela sonhava todas as noites com a menina, a mãe se arrependeu de tudo que fez com a filha, procurou por todo canto, mais não encontrava.

Cansada de ser taxada pelas pessoas do seu lugar, se refugiou em sua casa, agora andava triste. Como se por obra do destino caiu em sua casa um avião, matando toda a familia, ela não morreu por que estava na delegacia procurando noticia da filha. Isso foi a gota d água para Márcia, aos poucos ela foi se degradando e morreu de tristeza.

Beta não sabia de nada que acontecia na sua casa, ia fazer 15 anos e não tinha ninguém para lhe desejar um feliz aniversário. A vizinha além de ser impossibilitada não sabia onde achar a menina, então só restava a ela rezar e rezar.

VII

Estava ficando difícil a vida daquela garota, ali ela nunca encontraria seu pai a cidade era imensa para uma pessoa sem recurso algum. Sem muita esperança ela resolveu partir daquela cidade para são paulo quem sabe lá não estaria a sua sorte, tinha feito amizade com uma bailarina de circo e junto com eles pegou estrada. O circo era muito pobre, muitas vezes eles passaram fome, fazia muito frio. Em um espetaculo Beta encontrou uma menininha, que como ela não tinha destino. Ela cuidou da garotinha, lhe contou historia e até a pois pra dormir. O espetaculo acabou e nada de ninguém ninguém anunciar o desaparecimento da criança, Beta já estava se desespewrando:

_O que vou fazer para cuidar de uma criança?

_ Não pode ser!

Depois que todo mundo havia ido embora dava para perceber uma familia que morava perto dali em desespero, parecia que procura alguém e Beta aproximou-se e perguntou:

_O que procuram?

Uma moça respondeu:

_Minha filha sumiu daqui da calçada, brincava aqui e sumiu. Ela percebeu que aqueles seriam os familiares daquela bonequinha que estava no circo perdida e disse: _Apareceu uma menininha lá no circo e ainda está lá dormindo agora, pensei que fosse de alguma familia que assistia o shoow.Levou a mãe até a garota que reconheceu a mamãe assim que acordou para a tranquilidade de Beta, a mãe da criança ficou tremendamente agradecida.

VIII

A garotinha ficou super amiga de Beta,mal acordava já queria que a mãezinha fosse chamar-la. Os dias foram passando e o elo entre as duas se fortalecia, mais o dia do circo partir se aproximava rapidamente

entristecia Beta saber que teria que partir dali desde que conheceu a garotinha sua vida havia mudado muito, agora andava limpa, cheirosa e alimentada, aquela criança parecia ser seu anjo da guarda. Dona Julia percebia o bem que aquela moça fazia a sua filhinha, pois ela era meia triste desde que o pai tinha sido transferido pra São Paulo. Então resolveu convidar a moça para ser babá da sua filha.

_Quando Beta recebeu o convite, ficou maravilhada, pois no momento tudo que ela queria era paz e sossego.

Logo ela começou a estudar, estava vivendo uma vida maravilhosa

parecia até um sonho.

Com a cabeça no lugar resolveu escrever para a mãe e a amiga, depois de dois anos não havia mais rancor em seu coração.

Contou a amiga tudo que havia vivido e como havia se defendido, também falou da sua nova vida de como estava feliz, estudando para fazer vestibular para enfermagem. A carta logo teve resposta que por sinal era muito ruim, contava o detalhe do acidente do avião e também da tristeza e morte da sua mãe e como se não bastasse diziam na carta que sua amiga estava entre a vida e a morte. Ela chorou muito ao ler a carta, como podia ter acontecido tanta miséria? As lágrimas rolavam em seu rosto apesar de tudo ela amava a familia e a amiga lembrava dos seus irmãos tão pequenos e chorava ainda mais.

Como podia tudo isso ter acontecido? se perguntava sem parar, se preparou e viajou para sua cidade quem sabe não encontraria sua amiga ainda com vida. Com grande tristeza se despediu daquela familia tão adorada e partiu, para dar o ultimo adeus a Sandra.

Parecia passar um filme na sua mente, seu sofrimento naquele lugar tinha sido tremendo, mais precisava voltar ao passado.

Comprou a passagem e aguardou no desembarque a hora de partir, sentia um frio na espinha:

_ O que espera por mim?

Ela tinha muitas perguntas sem respostas, muitos anseios e tristeza, mais não podia fugir da realidade, precisava ser corajosa e ir de encontro ao seu destino. Finalmente chegou a hora de partir sua volta era muito diferente da sua partida, lembrou daquele dia que sofreu atrás da carroçaria do caminhão.

Depois de oito anos até a estrada era diferente, tentou adormecer, fechou os olhos mais as lembranças gritavam dentro de si.

IX

A viagem parecia uma eternidade, mais enfim o ônibus chegou na cidade de Alagoas,e Beta foi direto ao hospital ver sua estimada amiga Sandra. Foi até a recepção e perguntou por Sandra Alencar uma jovem enfermeira a levou até o quarto de nº 29. A enfermeira passou para Beta que o quadro da moça agora era bem melhor, que ela tinha evoluido muito depois que recebeu uma determinada carta a qual eu mesma li para ela e respostei.Cheia de felicidade Beta abraçou a moça e disse:

_ Sou eu quem mandou a carta!

_É mesmo, puxa eu sinto muito por sua família, e fico feliz por ter vindo visitar sua grande admiradora.

As duas entraram juntas no quarto,Sandra ja estava bem melhor, reconheceu Beta assim que ela entrou e abriu um sorriso. O dia foi pouco para conversarem, em menos de uma semana Sandra recebeu alta e Beta a levou para casa.

Era a primeira vez, que ela voltava a aquele lugar,parecia que o tempo não tinha passado, pois tudo era igual menos sua casa que agora estava destruída com a queda do avião. Era impressionante como nada acontecera a casa da Sandra parecia até um castigo a sua mãe. Ali ela chorou o quanto pode, muita gente se aproximou para dar uma palavra de consolo, umas das pessoas que ali estava gritou:

_ Pelo menos você ficou rica menina! pois a indenização que está no banco a sua espera é muito grande!

Beta respondeu friamente:

Trocaria ela por eles de volta! _ Dinheiro não substitui pessoas, não compra sentimentos!

Aos poucos as pessoas foram se retirando, Beta chorou o quanto pode depois voltou para casa de Sandra ver se ela tinha acordado.

Sim ela tinha acordado, as duas conversaram sobre o dia do acidente, Sandra também explicou sobe a indenização que estava no Banco a espera de Beta, a unica herdeira da familia. Passou para ela todas as documentações.No outro dia Beta colocou venda em tudo que a familia havia deixado, pois queria ir logo embora daquele lugar, levando sua amiga. Não demorou muito e logo vendeu tudo por um preço razoável, até a casa da amiga fora vendida.

X

Assim que resolveu tudo! Beta foi a estação rodoviária e comprou as passagens para São Paulo. Juntas as duas partiram para uma nova vida! A viagem foi tranquila, chegando lá se instalaram em um hotel até comprarem uma casa para viverem. Dinheiro agora não era problema para a moça, pois a indenização que recebeu, sabendo administrar viveria bem o resto da vida. Sandra já dava alguns passos depois de um ano de fisioterapia as duas choravam de emoção. Tudo era tranqüilo na vida de Beta! Infelizmente ela nunca encontrou o pai, fez o vestibular que tanto queria e passou em 1º lugar, as lagrimas descia na sua face de tanta felicidade, parecia um sonho pois depois de tanto sofrimento ela agora era muito, muito feliz.

AldaCristina
Enviado por AldaCristina em 24/06/2009
Reeditado em 05/07/2009
Código do texto: T1665245