Sobre os mistérios da medicina

Preclaros Irmãos Espíritas,

Com distinta satisfação, dirijo-lhes estas linhas para debulhar reflexões sobre a medicina vibracional, esse campo que, qual fulgurante estrela, deslumbra em sua evolução lenta, porém inexorável. Nele, desvendamos os meandros da energia, das vibrações, e seu intricado bailar junto à estrutura molecular e ao equilíbrio orgânico. Eis, nobres irmãos, a revelação fundamental: energia e matéria entrelaçam-se em íntima unicidade, contrapondo-se ao arcaico paradigma da medicina biomolecular/mecanicista, cuja terapêutica farmacológica e a cirúrgica se revelam como facetas grosseiras de um conhecimento ainda emerso nas sombras do desconhecido.

Ante nós, vislumbra-se o limiar de um novo mundo, repleto de energias invisíveis, capazes não somente de diagnosticar e curar, mas de arrebatar os véus que encobrem os recônditos da consciência. O perispírito, essa envoltura semimaterial que aprisiona o Espírito ao corpo, emerge como uma sutil essência, permeada de mistérios, cujo fluído guarda a etérea aparência da última encarnação.

Nessa epopeia científica, o estudo das energias perispirituais apresenta-se como a jornada rumo ao conhecimento supremo, revelando os segredos da vida e da morte, as origens das enfermidades, bem como os mistérios da própria existência. Compreenderemos que a saúde não reside apenas na matéria tangível, mas na harmonia cósmica entre corpo, mente e espírito.

Ainda que desafiemos conceitos arraigados, eis que se apresenta o fio de Ariadne: a mediunidade, essa faculdade embotada pelo véu da incompreensão, emerge como preciosa ferramenta de investigação científica. O cientista, esse moderno sábio, habitará os domínios do desconhecido, embrenhando-se em estados de consciência sensíveis, onde a realidade material e espiritual se entrelaçam.

Avistamos, assim, um futuro dourado, onde os arcanos da mente humana serão desvelados em toda sua plenitude, permitindo-nos desbravar os recônditos do universo energético. Nesse porvir glorioso, a ciência e a espiritualidade hão de fundir-se em um abraço fraternal, almejando o bem-estar e a harmonia de toda a humanidade.

Que a luz da espiritualidade amiga continue a guiar nossas jornadas e a inspirar nossos corações, enquanto compartilhamos o poder da boa nova com o mundo. Com gratidão e reverência, encerro esta missiva, ansioso pelos caminhos que ainda estão por serem trilhados em comunhão com a inspiração divina.

Respeitosamente,

Miguel de Verona